Muitos comerciantes que tinham as suas rotas terrestres, já faziam negócios com países Asiáticos. Marco Polo tinha ouvido de mercadores chineses que havia uma ilha cheia de riquezas, chamada na altura de Cipango, a ilha do tesouro. Na época, os japoneses viviam isolados, pelo fato do país não ter ligação por terra com nenhum outro, e só tinham contacto com a China e Coreia, de onde receberam fortes influências culturais, como a escrita , o cultivo do arroz e o budismo.
Até 1543, quando uma tempestade envolveu um barco português, fazendo-o desembarcar na ilha de Tanegashima. Nesse barco iam 3 homens : António Peixoto, Francisco Zeimoto e António Mota.
Na sequência deste primeiro encontro que germinou a semente, dando frutos de sabedoria no domínio linguístico, militar, tecnológico, comercial, religioso, artístico e outros.
No plano linguístico, por exemplo, o vocabulário corrente japonês revela palavras de origem portuguesa: pan (pão), kirishitan (cristão), botan (botão), kappa (capa), karuta (carta), shabon (sabão). Igualmente também a língua portuguesa foi influenciada pelo contacto com a civilização Japonesa e, ainda hoje, reconhecemos algumas palavras correntes no nosso vocabulário: biombo e sacana são dois exemplos bem conhecidos.
No plano militar e tecnológico haverá a registar a introdução no Japão, pelos portugueses, das armas de fogo, as teppó que tiveram um importantíssimo impacto na unificação e posterior pacificação do império do sol nascente. Ainda hoje se celebram, todos os anos na ilha de Tanegashima, o Teppó Matsuri (Festival da Espingarda, em Nishinoomote) e o Rocket Matsuri (Festival do Foguetão, em Minamitane).