One Piece Capítulo 829 – “The Yonkou, Charlotte Linlin the Pirate”
A primeira parte do capítulo inicia a viagem dos Mugiwara até à ilha da Big Mom, através do mapa fornecido por Pudding. Por enquanto a viagem continua em tom de aventura leve com algumas peripécias. Pelo meio existe algumas interações interessantes entre as personagens, sobressaindo-se o facto de Pedro confirmar que já se encontrou naquela ilha e que já navegou naquelas águas.
A segunda parte do capítulo recai sobre o tema principal do mesmo – Charlotte Linlin. A Yonko é retratada como alguém de certa forma perturbada, quase como se fosse um Big Baby, em vez de uma Big Mom. Mudanças completas de personalidade, raiva incontrolada, desejos insaciáveis, ações que não reflectem consequências, portanto uma lista de elementos que a caracterizam como personagem.
Adicionando a isto temos ainda um adiantamento sobre o possível poder dela, provavelmente Akuma no Mi. Portanto ela tem a habilidade de sugar a expectativa de vida de um indivíduo se e só se este sentir medo perante a presença dela. Este é um pormenor importante relativamente ao Luffy, uma vez que medo é algo que dificilmente ele sente. Quanto à extensão da sua habilidade, inicialmente considerei que o facto de tudo que a rodeia se encontrar vivo ser o Awakening da Akuma no Mi dela, ou seja, se ela pode retirar a expectativa de vida de algo, também é possível que o consiga acumular, e claro, erradiar para tudo que é objeto inanimado. Porém, se isto realmente fosse verdade deixava de fazer sentido para as plantas por exemplo, pois estas já possuem expectativa de vida e isso não as torna conscientes e comunicadoras. Resumindo e concluindo, é possível que ela consiga acumular expectativa de vida e fornecer da mesma forma que retira, mas duvido que essa seja a razão pela qual tudo que a rodeia tenha vida.
Para salvar o dia chegou Jinbei, que nos confirma que o Poneglyph que o vimos desenterrar e carregar numa das suas viagens pelo mundo, foi entregue à Big Mom e que se encontra de momento na posse desta.
One Piece Capítulo 830 – “He Who Gets Bet On”
Este capítulo de transição entre a abordagem sobre a Big Mom e a aventura dos Mugiwara serve para mergulhar um pouco sobre a personagem de Jinbei, o estado da sua tripulação e as suas intenções para com Luffy e para com a Big Mom.
Antes de Jinbei poder aceitar a proposta de Luffy, existem dois aspetos muito importantes para resolver. Em primeiro lugar e mais importante, está a sua responsabilidade como Capitão dos Sun Pirates. Uma tripulação antiga e com muita história irá sofrer uma mudança significativa com a ausência de Jinbei. Ainda que a tripulação tenha aceite e até encorajado a decisão de Jinbei, surge um entrave pelo qual não esperávamos: Aladine o vice-capitão e em breve capitão dos Sun Pirate está casado com uma filha da Big Mom. Portanto, esta aliança entre Jinbei e a Big Mom não foi uma simples troca de palavras, mas uma aliança oficializada por casamento, o que torna as coisas ainda mais complicadas no que diz respeito à sua ruptura com a Yonko. Ainda que esta filha – Charlotte Praline – se demonstre como uma pura Sun Pirate, não deixa de ser descendente da Yonko. Porém, e segundo Praline, poucos foram os corajosos que tentaram cortar os laços com a Big Mom, sendo que os que realmente a tiveram, não sobreviveram para contar a história. Então, na eventualidade de Jinbei conseguir abandonar com sucesso será o primeiro.
Na segunda parte do capítulo, ficamos logo a conhecer a razão de toda gente ter ficado pelo caminho aquando as suas tentativas para abandonar a Big Mom. Para cortar os laços é necessário jogar um jogo de roleta, onde todo o corpo de Jinbei é a aposta. Dependendo da sua sorte poderá perder uns anitos de vida, um dedo, um braço ou a vida na sua totalidade. Ainda assim, perante toda esta situação o olhar determinado de Jinbei não fraquejou nem por uma milésima de segundo, demonstrando que está preparado para dar a vida por Luffy, mesmo que isso signifique ficar-se apenas pela porta.
Por fim é-nos dado a conhecer um pouco mais sobre Pedro e a sua ligação com estes mares. Num passado distante este e Pekoms estiveram numa jornada para encontrar os Poneglyphs, algo com certeza relacionado com os Minks e o reino de Wano. Porém, algo aconteceu. Ao entrarem no território da Big Mom sofreram uma derrota. E algures por aqui Pekoms decide entrar na tripulação da Big Mom e Pedro decide voltar para Zou. O que levanta a seguinte questão: até onde vai a fidelidade de Pekoms para com a Big Mom? Estará ele aliado a ela apenas para obter os Poneglyphs que esta possui, e indirectamente proteger Zou?
Numa nota final, ainda neste capítulo, Brook tem de novo direito a um misterioso painel e uma fala que revelam que ele sabe mais do que mostra. Que conhecimento sobre o mundo terá Brook? Uma coisa é certa, em breve, muito em breve saberemos…
One Piece Capítulo 831 – “Adventure in a Mysterious Forest”
A primeira vez que observei esta capa, foi passada um pouco à pressa para poder consumir o capítulo, o que me levou a subestimar um pouco o enorme simbolismo que esta carrega. Rusukaina é a ilha que Rayleigh levou Luffy para treinar durante os dois anos de “time skip”. Foi nesta que Luffy desenvolveu o Gear 4th para conseguir derrotar os animais que nela habitam. Após o conseguir, os animais reconheceram-no como o mais forte tendo sido designado como Boss, daí o título – Our Dear Boss, Long Time No See – estar ali presente.
Antes de iniciarem a nova aventura, Brook e Pedro separam-se do grupo com a missão de infiltração de modo a copiar os Poneglyph que Big Mom tem na sua posse. Do outro lado, Luffy, Nami, Chopper e Carrot colocam os pés no destino indicado pela Pudding. E esta separação é provavelmente mais importante do que um simples acaso. Após rever todos os capítulos desde a chegada a Totland até a este momento, as únicas personagens que são mostradas a comer algo da ilha são Luffy, Carrot e Chopper. Precisamente os que se encontram com as ilusões mais fortes. Portanto é possível que a comida seja um dos principais causadores de todos estes distúrbios sensoriais. Daí Pedro e Brook terem sido separados do grupo, sobrando a Nami com os restantes para realizar o contraste entre lucidez e ilusão.
Porém, e ainda que a Nami não tenha visto mais nenhuma das outras ilusões partilhadas, existe uma que ela viu: Luffy Versus Luffy. Esta não me parece que seja uma simples ilusão e poderá na verdade ser algo independente das restantes que foram vistas dentro da ilha. Uma coisa é certa, quanto mais mergulharem neste local, maior será a espiral de confusão. Claro que ainda existe a possibilidade de isto tudo ser criado pela própria ilha, afinal existe uma ilha com animais falantes, porque não uma ilha onde todos os objetos têm vida?
De qualquer das formas, muito provavelmente, a segunda parte deste capítulo é algo que será criticado de forma geral. Oda não conseguiu manter a sua máscara de agradar o público mainstream, de modo a intensificar a confusão das personagens. Este escreveu de forma a colocar-nos nos pés de Nami, representando assim a lucidez e lógica. Conforme a progressão do capítulo o ritmo narrativo é completamente quebrado, ora lento, ora rápido, ora tudo a acontecer de uma só vez. Isto transmite-nos a confusão e incapacidade de acompanhar tudo o que está a acontecer e, tal como a Nami, começamos a sentir a falta de orientação e a ligeira frustração. Para recriar tudo isto Oda teve que largar momentaneamente a máscara que agrada os dois público e, por isso, estamos perante um capítulo que vai com certeza desagradar muita gente.
Quais as vossas teorias?