Nome: One Piece: World Seeker
Produtora: Ganbarion
Distribuidora: Bandai Namco
Plataformas: Playstation 4 / Xbox One / PC
Gênero: Ação / Aventura
One Piece: World Seeker – Análise Playstation 4
One Piece, um manga que dispensa qualquer tipo de apresentações até ao ponto de os vossos avós saberem o que é. E, como tal, uma obra de dimensões colossais acabaria por dar origem a outras formas de entretenimento. Neste caso, a uma adaptação anime, com mais de 800 episódios, vários filmes, uma biblioteca gigante de jogos e até um parque temático. E da pilha de jogos publicados até hoje, eis que surge o mais ambicioso jogo da franquia, One Piece: World Seeker.
Criado através da parceria entre Bandai Namco e Ganbarion, é-nos apresentado um jogo de ação e aventura em mundo aberto, numa nova localização, com novas personagens e com um enredo original escrito por Eiichiro Oda. Com uma premissa destas, qualquer fã da série ficaria em pulgas, mas será que o jogo conseguiu cumprir as expetativas?
Saltem a bordo e venham descobrir!
One Piece: World Seeker | Enredo
A história segue os Mugiwara em Prison Island atrás de um tesouro escondido, que rapidamente se mostra ser uma armadilha para os capturar, feita pelo líder da ilha e oficial da marinha, Isaac. Luffy consegue escapar por pouco, mas acaba por se separar do resto da tripulação. Entretanto, é salvo por Jeanne, líder do grupo contra a marinha da ilha, e aprende sobre a atual situação do local, onde os cidadãos estão divididos entre os apoiantes (Pro-Marine) e opositores (Anti-Marine) da marinha. A partir daí Luffy vai atrás de reunir a tripulação e ajudar a resolver o confronto entre os dois grupos.
O enredo de One Piece: World Seeker facilmente seria visto como um filme ou um pequeno arc na série. A forma como a história encaixa e decorre no universo da obra é bastante natural. As novas personagens estão muito bem escritas, cada uma com os seus objetivos e sentimentos bem definidos. E por isso, somos puxados a querer prosseguir com o jogo até ao fim.
Para além da história principal, as centenas de missões secundárias são uma forma de explorar mais a fundo algumas personagens e algumas partes da história. E também, é onde algumas caras familiares aparecerão, para dar aquela sensação semelhante ao ver o elenco de Super Smash Bros. Ultimate a ser revelado pela primeira vez.
EVERYONE IS HERE!
One Piece: World Seeker – Análise | Jogabilidade
E bem após falar do quão boa a história foi, há agora que falar onde o jogo mais falha. E onde nos faz realmente pensar como um jogo destes passou no play test.
Para começar o jogo é bastante repetitivo, já que, na maior parte das vezes, apenas se fará duas coisas. Ou somos enviados para uma localização para lutar ou para encontrar algo. E é só isso! Temos um fantástico mundo aberto e estamos limitados a fazer apenas as mesmas coisas repetidamente. Mas, sinceramente, essa nem é a pior parte.
Sendo um jogo de One Piece obviamente que haverá muita porrada e este não é exceção. Mas quando se prefere fazer qualquer outra coisa sem ser combater sabemos que há algum problema.
O jogo disponibiliza dois estilos de luta, baseado em Observation Haki e Armament Haki. Cada um dos estilos apenas possuí um combo, que consiste apenas em clicar repetidamente no mesmo botão, e também, dependendo do estilo, ou só podes desviar ou bloquear ataques. Em adição, podemos usar algumas habilidades mais conhecidas da obra, como por exemplo Red Hawk, que sinceramente é a única parte divertida do combate. Mas no fundo, todas as batalhas serão sempre a mesma coisa com a utilização das mesmas habilidades.
E ainda para “melhorar”, existe uma mecânica de lock on nos inimigos, que não faz grande diferença, já que nem funciona realmente da melhor maneira, e até parece estar mais para enfeitar o jogo. Outro ponto negativo e onde acho que estragou mais o combate está na falta de fluidez das batalhas. Muito devido aos atrasos na execução de certos movimentos e da inteligência artificial dos inimigos não ser a mais brilhante.
Mas nem tudo é mau, pois viajar pela ilha é bastante divertido, com a utilização de Gomu Gomu no Rocket. A não ser quanto existe snipers por perto que se lembrem de ser o Sogeking e não falham um tiro, enquanto estamos no ar. Mesmo assim há que dar os parabéns à desenvolvedora por criar uma mecânica simples e bem fluída.
One Piece: World Seeker | Visual e Som
A nível visual, One Piece: World Seeker não desilude, toda a ilha é bastante agradável e colorida. Todas as cidades têm o seu próprio estilo/tema, sendo assim bastante fácil distingui-las e dando até mais personalidade a cada uma delas. Com toda essa beleza e variedade dá realmente gosto de explorar todo o mapa. Principalmente quando se está em locais mais altos onde podemos ver a ilha inteira e é de ficar parvo.
As cutscenes são outro ponto forte, estão muito bem feitas com uma animação suave e dobragem on point, do elenco já habitual. Infelizmente, não há muitas delas, fazendo assim com que maior parte da história seja contada através de diálogos simples e sem vozes.
Quanto à música não há que ficar preocupado, já que Kohei Tanaka, compositor do anime, foi responsável pela parte musical. Sendo assim, qualquer fã do anime sabe que pode contar com uma épica e emocionante banda sonora, mesmo ao estilo de One Piece.
One Piece: World Seeker | Veredito
Sinceramente, não posso dizer que fiquei desiludido a 100% com o jogo. Como fã da série diverti-me em vários momentos, mesmo assim houve aspetos e situações que tornam o jogo apenas frustante. One Piece: World Seeker era capaz de ter sido o melhor jogo da franquia, mas houve muito potencial desperdiçado.
Portanto posso dizer que, como jogo, One Piece: World Seeker falha bastante em vários aspetos, mas mesmo assim não o deixo de recomendar a qualquer fã da obra. Já que irão, de certeza, adorar o enredo, a aparição das várias personagens secundárias, o uso de todas as habilidades especiais de Luffy e até as interações deste com o resto do elenco.
Mas para o resto que não sabe nada sobre a obra, apenas corram e não olhem para trás!
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Análises
One Piece: World Seeker
O mais ambicioso jogo da franquia, com um enredo espetacular e personagens interessantes, mas ainda com muitos aspetos por melhorar.
Os Pros
- Enredo original e interessante
- Visuais espetaculares
- Banda sonora épica
Os Contras
- Repetibilidade das missões
- Combate demasiado simples e aborrecido
- Funcionalidades pouco desenvolvidas