Panorama Cotton | |
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Plataformas | Sega Mega Drive, Nintendo Switch, PlayStation 4 |
Publicadora | ININ Games |
Desenvolvedora | Success |
Género | Shoot ‘em up |
Data de Lançamento | 12 de agosto de 1994 |
Com a chegada dos anos 80, o género shoot ‘em up passava por mais uma onda de inovação começando em 1982 com lançamento do jogo Buck Rogers: Planet of Zoom e mais para a frente em 1985 com Space Harrier, sendo o último mais importante pois foi aquele que estabeleceu a criação do subgénero rail shooter.
Rail shooters são jogos semelhantes aos shoot ‘em ups sendo que a única diferença está na perspetiva, em que, o personagem continua a seguir um caminho predefinido, mas em vez de ver o cenário de lado acaba por ver na perspetiva frontal.
Este novo género dava mais realismo à experiência do jogador ao permitir ver quase na primeira pessoa os obstáculos que o personagem tinha de enfrentar e Cotton tentou aproveitar isso para dar uma nova vida à sua franquia.
Tal como para Cotton 100%, a ININ Games ao lado da Strictly Limited Games lançou o jogo em formato físico e digital para a PlayStation 4 e Nintendo Switch a 29 de outubro de 2021 para o resto do mundo e graças a eles iremos trazer-vos esta análise.
Aqui fica a análise de Panorama Cotton!
Panorama Cotton – Análise ao Jogo (Nintendo Switch)
Panorama Cotton é uma sequela direta de Cotton 100% e foi desenvolvido pela Success e publicado pela Sunsoft a 22 de abril de 1994 no Japão. O jogo segue as aventuras da bruxa Cotton e da fada Silk em busca de respostas pelo comportamento estranho da rainha das fadas e por grandes quantidades do doce Willow aparecerem estragados pelo reino.
Mais uma boa dose do mesmo
Com cada vez mais rail shooters a serem lançados na altura, era normal que a Success iria tentar aproveitar essa onda de popularidade. Mesmo tempo sido um pouco tarde, é claramente visível que houve um investimento em tentar fazer deste jogo algo que iria deixar uma marca nos jogadores.
Começando pela história, esta continua bastante simples ou até mesmo demasiado simples. Normalmente os eventos do jogo eram contados entre cada fase do jogo como forma de o jogador ser informado do progresso das nossas heroínas. Com exceção de uma cena na última fase, a história do jogo só é contada no início e no fim do jogo.
Por um lado, as cutscenes são mais longas acabando por balancear a falta de história entre cada fase, mas mesmo assim sente-se a falta desse pelo elemento. A mais valia é que parece que os desenvolvedores fizeram um esforço para manter a história bastante interessante através do seu estilo anime e característico humor.
O áudio do jogo também continua muito bom o que já é algo esperado da série e cumpre bem o papel de complementar a jogabilidade de Panorama Cotton que mudou imenso a forma como se joga, até mesmo em partes de forma acidental.
Um novo ponto de vista
A mudança de side scroller para rail shooter mudou imenso a forma de se jogar Cotton. Adotando agora esse novo estilo fez com que, como já tinha sido descrito anteriormente, a jogabilidade tivesse um tom mais realístico.
Este novo ponto de vista permitiu um aumento de duração de cada fase e uma maior expansão do espaço a ser jogado. Ao invés de seguirmos um percurso pré-determinado, agora o jogador tinha que chegar de ponto A a B usando o caminho que desejava, uma pequena liberdade que melhorava a forma como jogarmos.
Infelizmente nem tudo é um mar de rosas. Apesar de o jogo ter esta liberdade, o jogo consegue ser difícil em certas partes especialmente quando somos atingidos por algo que não sabemos de onde apareceu. Existe a possibilidade de alterar a velocidade com que nós voamos, mas ainda assim é muito difícil controlar quando nos devemos desviar dos obstáculos.
Outra coisa que prejudica bastante a experiência do jogador são os gráficos do jogo. Os sprites de Cotton continuam bons, mas por causa da mudança de jogabilidade acabam por ficar muito feios e até mesmo enjoativos de se olhar continuamente.
Veredito | Panorama Cotton – Análise ao Jogo (Nintendo Switch)
Apesar dos jogos da série Cotton parecerem muito semelhantes entre si, a Success tentou fazer com que cada jogo tivesse a sua própria identidade para que não fossem lembrados como apenas meras sequelas. Infelizmente para Panorama Cotton, houve demasiada intenção de inovar e tentar acompanhar com os tempos.
O jogo tem boas intenções e consegue ser divertido no início, mas consegue em poucos segundos tornar-se numa dor de cabeça frustrante o que é uma pena porque esta poderia ser o novo rumo da franquia. Ao invés, é apenas um jogo que concluímos apenas uma vez e colocamos de volta na prateleira.
The Review
Panorama Cotton
Um jogo com potencial para ser uma aventura divertida, mas que acaba por ter o efeito oposto em grande parte devido a mudança de perspetiva.
PROS
- História mais interessante
- Jogabilidade inovadora
- Banda sonora continua ótima
CONS
- Gráficos enjoativos
- Jogabilidade acidentalmente difícil
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