#PENTAGONINLISBON: O universo num só espaço.
PENTAGON, o grupo pop sul-coreano que alcançou notoriedade com Shine, teve a sua primeira tour europeia, com paragem em Portugal. O concerto não esgotou, porém transbordou de energia: resultou numa experiência mais íntima e familiar, bem agradável para ambas as partes.
PENTAGON em Portugal – Como correu o Concerto?

19 de outubro de 2019: o dia começou chuvoso, mas acabou solarengo e brilhante, como deveria acontecer na bela e cintilante Lisboa. As filas para VIP1, VIP2 e GA (General Audience) começaram a formar-se logo pela manhã, com a ajuda das fanbases (uma delas já tinha organizado as filas do concerto dos ATEEZ) – sob um céu nublado e tímido de Lisboa, mas que ameaçava chorar, – tendo outra vez encontro marcado às 14h, para fazer contagem. Da parte da tarde, o tempo teve altos e baixos, e iniciou-se assim uma longa espera até à hora marcada.
Na organização do concerto, a MyMusicTaste teve, outra vez, uma pobre performance: houveram imensos atrasos no que toca à recolha das filas (sendo que a fila do bilhete geral ficou perto de 1h30 no dilúvio que inundou a capital pelas 14h); há relatos de pessoas que esperaram na fila errada; o evento especial atrasou-se também, apenas começou as 16h; o concerto começou cerca de 5-10 minutos depois da hora marcada.
Quanto à fila do GA (que era onde eu estava), depois de muito tempo passado à mercê da chuva (e creio que ao esquecimento da entidade organizadora), um membro do staff do LXFACTORY levou-nos para uma tenda minúscula e desapareceu. Ficámos por lá perto de uma hora e decidimos ir ter com a fanbase, para procurar esclarecimentos. Acabamos por permanecer num café, à espera que a chuva passasse e que chegasse as 17h, que seria a hora de fazer fila, já com os números distribuídos, para finalmente entrar no recinto. A partir daí, foi só esperar por algum membro do staff nos orientasse para dentro do local do concerto. Só tenho a agradecer à fanbase, que já tinha tido este tipo de experiência de organização da multidão, no concerto dos ATEEZ, e que não desapontou no passado sábado.
[ ] 2019 PENTAGON WORLD TOUR ‘PRISM’ IN LISBON
LISBON Just do it yo!!
#펜타곤 #PENTAGON
#2019_PENTAGON_WORLDTOUR #PRISM pic.twitter.com/otqu1kcVyq— PENTAGON·펜타곤 (@CUBE_PTG) October 19, 2019
O concerto por fim começou. Teve lugar no LXFACTORY, uma ilha criativa em formato de ruínas industriais. Um espaço que testemunhou uma descolagem espacial às 19h e onde coube o universo inteiro (há uma razão para o fandom dos PENTAGON ter o nome de UNIVERSE).
Antes de o grupo entrar no palco, visualizou-se um vídeo promocional da entidade organizadora da tour, a MyMusicTaste, e também uma intro promocional da tour do grupo – inicia-se assim a paragem em terras lusas, em letras garrafais “PENTAGON WORLD TOUR – PRISM”.
Começando com o primeiro comeback do ano, Sha La La, os oito agitaram a multidão. Apresentaram-se enquanto grupo e enquanto individuais, as suas frases em coreano rapidamente traduzidas pela MC em voz off (um imprescindível trabalho!) e expressaram felicidade em vir a Portugal e ver os UNIVERSE portugueses. Canções como Runaway, Gorilla, e Can you feel it, canções cheias de adrenalina, que foram tocadas posteriormente, ferveram o sangue e deixaram o público ao rubro.
Seguiram-se músicas mais suaves, tais como a versão acústica de Like This (obrigada por me fazerem chorar) e Beautiful, na qual o público levantou banners que diziam “PENTAGON e UNIVERSE – Together, we can shine” – o que é indubitavelmente verdade, um sem o outro, não é ninguém, uma bela simbiose musical na sua essência.
O grupo depois dividiu-se em outros dois: Hui, Kino, Yeo One (a revelação da noite) e Yuto fizeram um cover da Bad Guy, da Billie Eilish, e Jinho, Hongseok, Shinwon e Wooseok apresentaram a Best Song Ever, dos One Direction. O grupo reorganizou-se depois em ballad unit para cantar a Till e hiphop unit para cantar a Lost Paradise.
Nos intervalos entre performances, os membros esforçaram-se por mostrar que aprenderam palavras na nossa língua e interagiram bastante com o público.
Houve ainda tempo para jogar um jogo cuja interatividade se baseava no som: o público gritava “HEY!” para ajudar os membros a saltar por cima de obstáculos e “HO!” para derrotar os adversários. Houve uma inovação: houve background graphics durante os momentos de performance (ao contrário do que se passou no concerto dos ATEEZ, por exemplo).
Acabaram o concerto de 2h com as Naughty Boy e Shine, músicas bastante upbeat mas já com um sabor a nostalgia – existiram alguns percalços (a queda do Kino na parte inicial do concerto), mas o grupo nunca em qualquer momento se mostrou cansado – verdadeiro profissionalismo.
Wooseok, o membro mais novo do grupo, pediu ao público para levantarem a mão e baixarem os 4 dedos dessa mesma mão, ficando apenas o mindinho no ar – é o gesto da promessa de que o grupo regressará em breve ao país. Bem subtil, Wooseok. Em seguida, todos os membros expressaram gratitude (para muitos, foi um sonho concretizado) pelo momento proporcionado e uma enorme vontade de voltar a ver o público português.
Depois das palmas, dos bis, e dos gritos por mais, os rapazes regressaram ao palco com roupas confortáveis e cantaram as energéticas Spectacular e a Thumbs Up, para nos oferecer um último momento de êxtase.
Neste dia, o céu escuro brilhou à luz das estrelas e Lisboa foi por umas horas um micro-universo cheio de luz. Fizemos uma receção ótima ao grupo. Acredito que os deixamos tão felizes quanto eles nos deixaram, e prometeram regressar. Cá os esperamos.
E vocês, o que acharam do concerto?
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