Phoenix Wright: Ace Attorney | |
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Plataformas | Game Boy Advance, Nintendo DS, Nintendo Wii |
Publicadora | Capcom |
Desenvolvedora | Capcom |
Género | Visual Novel |
Data de Lançamento | 12 de outubro de 2001 |
Quando olhamos para muitas das franquias da Capcom, conseguimos ver uma variedade de conteúdo apesar de muitas partilharem o mesmo género de ação e aventura. Mas, existem alturas, em que um produtor acaba por ter uma ideia tão diferente que leva à criação de um jogo incrível.
Isso foi algo que aconteceu no ano 2000 quando, após ter acabado o seu trabalho em Dino Crisis 2, Shu Takumi recebeu uma oportunidade de Shinji Mikami de que teria 6 meses para criar o jogo que ele quisesse e este aproveitou ao máximo para deixar a sua marca como criador.
Takumi tinha-se juntado à Capcom com a intenção de criar jogos de mistério e aventura e, com esta oportunidade, decidiu criar um jogo que fosse engraçado e simples ao ponto de até a sua mãe ser capaz de o jogar.
A principio, a sua criação gerou algum receio, mas veio a tornar-se numa das franquias mais originais e icónicas da Capcom, ao colocar o jogador no papel de um advogado de defesa que tenta defender os inocentes em tribunal.
Aqui fica a análise de Phoenix Wright: Ace Attorney.
Phoenix Wright: Ace Attorney – Análise
Phoenix Wright: Ace Attorney é um visual novel desenvolvido e publicado pela Capcom e conta as aventuras de Phoenix Wright, um advogado de defesa que é colocado em vários casos judicias, tentando sempre encontrar o verdadeiro culpado.
O jogo foi originalmente lançado no Japão em 2001 para o Game Boy Advance, mas em 2005 foi lançado para todo o mundo para a Nintendo DS, com um episódio extra e novas mecânicas de análise para esse episódio.
Uma paródia do sistema judicial japonês
Quando se escreve uma história episódica, o primeiro episódio é normalmente o mais importante, pois, é aquele que tem a tarefa de agarrar a atenção do espectador enquanto que o segundo episódio tenta manter esse interesse.
Takumi utilizou essa filosofia para desenvolver a história de Ace Attorney, o qual consegue manter a atenção e intriga, especialmente nos momentos em que pensamos saber a direção da história, mas somos imediatamente surpreendidos com uma reviravolta que estava claramente a nossa frente.
Um detalhe que todos os episódios têm em comum é a ideia de que o acusado é “culpado até prova contrária”, algo que vemos presente do sistema judicial japonês, que tem uma percentagem de condenação de 99,9%.
A história acaba por não representar fielmente o sistema judicial japonês, mas cumpre muito bem o papel de parodiar, numa forma bastante engraçada, o quão severo é esse tipo de sistema e acabando por estabelecer como funciona o mundo de Ace Attorney.
Investigar e defender
A jogabilidade dos jogos da série Ace Attorney está dividida em 2 partes, cada uma com os seus pontos altos e baixos, mas que combinadas conseguem criar uma experiência única repleta de mistério e surpresa para os jogadores.
A primeira parte do jogo é focada em investigação, para dar a oportunidade ao jogador de perceber o que aconteceu e quem é o verdadeiro culpado através de procura de provas e interrogação de testemunhas.
Esta parte é bastante interessante de se jogar, mas também frustrante, pois existem alturas em que a história só avança quando realizamos uma certa ação.
Para balancear isto, o episódio 5 inclui mecânicas novas, como leitura de impressões digitais e puzzles mais robustos, a fim de dar mais vida ao episódio.
A segunda parte foca-se no julgamento em si. A acusação vai chamar uma testemunha para contar a sua versão da história e nós temos de encontrar contradições para provar a inocência do acusado, dizendo a mítica palavra “OBJECTION!”.
Existem alturas em que o testemunho é pouco claro e temos de pressionar a testemunha a divulgar mais informações e é nesses momentos em que encontramos a contradição necessária para desmantelar a história e descobrir a verdade.
Esta parte é sem dúvida a mais divertida e espetacular de se jogar e nunca se torna cansativa pois está sempre a colocar o jogador num cenário diferente e, muitas vezes, temos de pensar de forma diferente para descobrir uma contradição.
A arte de julgar um acusado
Com o curto espaço de tempo para desenvolver o jogo e o foco mais virado para a história e jogabilidade, não é de admirar que tenha havido falta de investimento na arte e som de Ace Attorney. Ainda assim, conseguimos ser surpreendidos nessa parte.
A arte de Ace Attorney parece bastante simples, mas contrasta com as exageradas e hilariantes expressões dos personagens, permitindo ao jogador perceber facilmente a personalidade de cada um deles.
O som também não fica atrás, com uma trilha sonora repleta de músicas originais utilizadas na altura certa, para identificar os momentos de tensão e triunfo, ou até quando o jogador está certo ou errado.
Estes dois elementos ajudam a criar uma experiência nunca antes vista e passam informação ao jogador de que está a seguir o caminho certo, ou de que deve tentar outra abordagem, enquanto tenta descobrir a verdade.
Veredito final
Se tivesse de descrever Phoenix Wright: Ace Attorney diria que é um jogo que toda a gente conhece, mas poucos experimentaram e, quando o fazem, ficam logo viciados numa experiência diferente e original que se consegue manter relevante até nos dias de hoje.
As histórias podem ser lineares, mas têm tantas surpresas e revelações que roubam a atenção do jogador imediatamente. A jogabilidade é muito divertida e faz-nos sentir como um verdadeiro advogado de defesa. E a arte está repleta de sprites memoráreis e cheios de personalidade.
Se tiverem a oportunidade de jogar este jogo, dêm uma olhadela e experimentem pelo menos o primeiro episódio. Irão perceber de imediato porque é que Ace Attorney é tão bom como as outras franquias da Capcom.
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Análises
Phoenix Wright: Ace Attorney
Uma aventura jurídica repleta de surpresas, choque, mistério e diversão, que goza com a justiça japonesa e fará qualquer um ficar colado ao ecrã.
Os Pros
- História misteriosa e surpreendente
- Jogabilidade divertida
- Arte hilariante
Os Contras
- História bastante linear