Esta temporada teve algumas obras que me chamaram a atenção. Aqui estão as minhas primeiras impressões sobre elas!
Primeiras impressões da Temporada de Primavera 2022
Tomodachi Game
Realizador: Hirofumi Ogura
Estúdio: Okuruto Noboru
Género: Mistério
Sinopse: Yuuichi Katagiri lutou contra dificuldades financeiras toda a sua vida, mas aprendeu a permanecer contente e positivo graças ao seu círculo próximo de amigos. Para manter uma promessa que lhes fez, Yuuichi economiza dinheiro suficiente para se juntar a eles na viagem escolar. Mas quando o dinheiro recolhido desaparece misteriosamente, a suspeita recai sobre dois amigos de Yuuichi: Shiho Sawaragi e Makoto Shibe, que estavam encarregados de recolher os pagamentos. Embora inocentes, Shiho e Makoto assumem a responsabilidade pela falha em proteger o dinheiro quando ninguém mais se apresenta.
Alguns dias depois, Yuuichi e os seus amigos recebem cartas misteriosas que enganam cada um deles, fazendo com que se encontrem. À chegada, eles são emboscados e ficam inconscientes. Eles acordam numa sala misteriosa na presença de “Manabu-kun“, um personagem de um controverso programa infantil que parou de ir para o ar devido ao seu conteúdo malicioso. Ele informa ao grupo que um deles os reuniu indiretamente para saldar uma grande dívida. Eles devem jogar um “jogo de amizade“: uma série de jogos que testará a força do seu vínculo e a confiança uns nos outros. À medida que a fé do grupo vacila devido ao crescente número de segredos e traições, Yuuichi deve descobrir em quem dos seus “amigos” ele pode realmente confiar e, finalmente, descobrir a identidade do traidor.
Este foi o primeiro a sair, e por consequência, o primeiro que vi.
Tomodachi Game intrigou-me por ser um death game com uma mascote que aparenta controlar tudo, à la Danganronpa. Infelizmente, o início deixa a desejar.
Infelizmente, o início deixa a desejar.
O primeiro episódio foi bastante medíocre. Para uma obra deste tipo, o esperado é que a realização seja apropriada. Penso que não é o caso deste anime. O modo como as falas são ditas ou como a câmara mostra as personagens faz de tudo bastante óbvio. Além disso, este fator trabalha em conjunto com o argumento para entregar ao espectador a maioria das informações de um modo muito expositivo, o que seria uma escolha questionável para um trabalho cujo público alvo é mais maduro.
Apesar dos tudo, o primeiro episódio fez um bom trabalho em construir curiosidade. Há muitas perguntas por responder ali. Infelizmente, para cada pergunta, há um indício de que a resolução não será satisfatória.
Por fim, a caraterização das personagens foi fraca. Não só encaixam-se todas num estereótipo, como no único momento em que uma delas se afasta do seu, o diálogo torna-se deveras artificial.
Como referi no início, achei o episódio medíocre. Porém, as esperanças que me deu para o restante da série foram abaixo disso.
Aharen-san wa Hakarenai
Realizador: Yasutaka Yamamoto
Estúdio: Felix Film
Género: Comédia
Sinopse: Com o início do seu primeiro ano no secundário, tudo o que Matsuboshi Raidou quer é fazer amigos – começando com a fofa, pequena e de voz suave Reina Aharen, que se senta logo ao lado dele na sala de aula. Sem o conhecimento de Raidou, Reina compartilha o mesmo sentimento, mas ela tem um problema. Desajeitada e tímida, Reina é incapaz de determinar o quão amigável deve ser ao aproximar-se de uma pessoa.
Devido à completa incapacidade de Reina de avaliar o espaço pessoal, os dois lutam para despertar a sua improvável amizade, já que até as tarefas mais simples, como conversar, parecem impossíveis para eles. Mas, apesar dos inúmeros desafios inúteis que atrapalham o par, o excessivamente imaginativo Raidou fará o que for preciso para fazer amizade com a indecifrável Reina.
Uma surpresa não muito positiva
Eu esperava uma comédia descontraída e ela foi-me entregue… Mas com muitas ressalvas.
Esta obra até tem momentos agradáveis, porém tem uma das premissas menos originais que eu conheço. Novamente, já foi executada antes.
E digo mais: eu não li a sinopse, só vi a capa. Julguei que seria um slice of life de um pai e a sua filha, mas infelizmente, estava errado. Não entendo no que é que fazer da heroína uma criança de 6 anos fisicamente agrega à narrativa.
Quanto à produção, não tenho muito a comentar. Para o estilo de anime que é, não é nada de muito exigente. Porém, a realização só fez o mínimo. Não é má, mas ver o episódio é como ver apenas uma animação do manga, quando podia ser algo mais, como por exemplo Kaguya-sama.
O episódio teve uns quantos momentos engraçados, é uma série que aparenta ser agradável. Porém, as personagens mal têm caracterização e a obra não tem lá muita identidade. Há pouca qualidade textual.
Paripi Koumei
Realizador: Osamu Honma
Estúdio: P.A. Works
Género: Comédia
Sinopse: General dos Três Reinos, Kongming, lutou toda a sua vida, enfrentando inúmeras batalhas que o transformaram no estrategista talentoso que era. Então, no seu leito de morte, ele desejava apenas renascer num mundo pacífico… e foi diretamente enviado para o centro de festas moderno, Tóquio! Poderá até mesmo um estrategista brilhante como Kongming adaptar-se às batidas selvagens e às pessoas festeiras ainda mais selvagens?!
Eu vi a capa, li a sinopse e optei por nem tentar vê-lo. Só o fiz porque pedi recomendações da season a um amigo meu, uma vez que previ que iria dropar Aharen-san cedo. Ou seja, as minhas expectativas eram nulas. Felizmente, eu estava enganado… Estava perante um dos melhores da temporada.
A surpresa da temporada!
Paripi Koumei não traz nada de particularmente inovador, porém propõe-se a ser engraçado e divertido e até agora tem cumprido com isso. O facto de Kongming estar nos dias de hoje dá asas a momentos cómicos bastante eficientes criados pelo facto das situações em que ele se encontra serem bastante ortodoxas, mas deixarem de ser com a abordagem dele às mesmas.
A dinâmica da personagem já mencionada com Eiko (jovem cantora que Kongming conhece quando renasce na Tóquio atual) também é divertida. Os dois têm formas de pensar bastante distintas, no entanto, isso também é aquilo que faz com que se aproximem mais. Por sinal, a Eiko também é uma personagem um pouco interessante individualmente. Gostaria que fosse ligeiramente mais proativa, no entanto as suas inseguranças já fazem com que exista um desejo de vê-la a tornar-se bem sucedida.
A abertura é excelente, porém, é o único elemento técnico que tem destaque a meu ver. A produção é bastante simples e até agora a realização nada mais fez que o seu trabalho.
Devo acompanhar até ao fim. Não espero grandes melhorias, mas é um anime divertido.
Spy X Family
Realizador: yuuichi Fukushima
Estúdios: Wit Studio e CloverWorks
Géneros: Ação e Comédia
Sinopse: Para o agente conhecido como “Twilight”, nenhuma ordem é demasiado se for pelo bem da paz. Operando como espião mestre de Westalis, Twilight trabalha incansavelmente para evitar que extremistas iniciem uma guerra com o país vizinho Ostania. Como sua última missão, ele deve investigar o político ostaniano Donovan Desmond infiltrando-se na escola de seu filho: a prestigiosa Eden Academy. Assim, o agente enfrenta a tarefa mais difícil de toda a sua carreira: casar, ter um filho e brincar às famílias.
Twilight, ou “Loid Forger”, rapidamente adota a órfã despretensiosa Anya para fazer o papel de uma filha de seis anos e futura aluna da Eden Academy. Como esposa, ele depara-se com Yor Briar, uma trabalhadora de escritório distraída que precisa de um parceiro fingido para impressionar as suas amigas. No entanto, Loid não é o único com uma natureza oculta. Yor brilha como a assassina letal “Princesa Thorn”. Para ela, casar com Loid cria a cobertura perfeita. Enquanto isso, Anya não é a menina comum que parece ser; ela é uma esper, o produto de experimentos secretos que lhe permitem ler mentes. Embora ela saiba das suas verdadeiras identidades, Anya está emocionada pelo facto dos seus novos pais serem agentes secretos incríveis! Ela nunca lhes diria, é claro. Isso estragaria a sua diversão.
Sob o disfarce de “The Forgers”, o espião, a assassina e a esper devem agir como uma família enquanto realizam as suas próprias agendas. Embora esses mentirosos e desajustados estejam apenas a desempenhar papéis, eles rapidamente descobrem que família é muito mais do que relações de sangue.
O mais aguardado da temporada
Finalmente, cheguei ao hype da temporada. Esta estreia colocou rapidamente o anime na boca das pessoas, e os episódios novos vão continuar a fazê-lo. Quanto a mim… Penso que é merecido.
Eu diria que o primeiro episódio teve dois momentos um tanto quanto artificiais ao abordar os passados das personagens. Felizmente, excluindo isso, não tenho muito a reclamar.
Spy x Family trata-se de uma obra extremamente aprazível. Há um cuidado enorme na caraterização das personagens para que as suas interações e o desenvolvimento das suas relações (que, espero eu, irá acontecer no futuro) seja bastante reconfortante.
Nos primeiros minutos do primeiro episódio, somos rapidamente apresentados a Twilight, um espião. Mesmo não admitindo, ele tem alguns problemas com a identidade própria, mas dadas as circunstâncias em que se encontra na série, provavelmente isso irá melhorar. Aliás, Anya é a personagem perfeita para tal, devido às suas duas caraterísticas mais importantes: é inocente e consegue ler mentes. Mais ninguém compreende tão bem Twilight e, ao mesmo tempo, ela deseja de facto ser filha dele, uma vez que o admira muito.
A realização, pelo menos no primeiro episódio, foi boa. Houve um bom trabalho em transmitir o manga para os ecrãs. Porém, dada a escala de popularidade do trabalho original, confesso que esperava um pouco mais.
Estou ansioso por aquilo que os próximos episódios me irão trazer.
Kaguya-sama wa Kokurasetai: Ultra Romantic
Realizador: Shinichi Omata
Estúdio: A-1 Pictures
Género: Comédia
Sinopse: Na renomada Academia Shuchiin, Miyuki Shirogane e Kaguya Shinomiya são os principais representantes do grupo estudantil. Classificado como o melhor aluno do país e respeitado por colegas e mentores, Miyuki atua como presidente do conselho estudantil. Ao lado dele, a vice-presidente Kaguya – filha mais velha da rica família Shinomiya – destaca-se em todos os campos imagináveis. Eles são a inveja de todos os estudantes, considerados o casal perfeito.
No entanto, apesar de ambos já terem desenvolvido sentimentos um pelo outro, nenhum deles está disposto a admiti-los. O primeiro a confessar perde, será desprezado e considerado o menor. Com a sua honra e orgulho em jogo, Miyuki e Kaguya estão igualmente determinados a sair vitoriosos no campo de batalha do amor!
Eu achei a primeira temporada de Kaguya-sama boa. Já a segunda, achei excelente. Portanto, estava com uma certa expectativa para esta nova temporada. Até agora, não fui desiludido.
Tal como de costume, este primeiro episódio trouxe-nos algumas situações cómicas, consistentemente eficientes na sua proposta: fazer o espectador rir. Claro, ainda não foi trabalhado nada muito sério, mas não vou exigir que o façam logo no primeiro.
De qualquer forma, mesmo não se focando no lado sério da narrativa, certas partes cómicas começam a dar pistas acerca do futuro desenvolvimento da relação entre diversas personagens.
Quanto à parte técnica, eu estou extremamente feliz. Como mencionei nos animes anteriores, penso que nenhum teve uma realização de destaque. Quanto a esta temporada de Kaguya-sama… Não foi o caso. A franquia nunca teve uma produção propriamente incrível, porém, as temporadas anteriores contavam com uma realização estelar. Até agora, esta não está a ser diferente.
Algo que contribui imenso para a comédia deste anime, e penso que devia haver mais gente a comentar tal elemento, é o trabalho do realizador. Reparem como a música da segunda abertura se repete vezes sem conta para mostrar o braço da Kaguya, enaltecendo a força dela em relação ao Ishigami. Pequenas escolhas como esta beneficiam bastante as piadas, mesmo tratando-se de questões que não estão presentes no manga.
Eu acho Kaguya-sama uma série divertida e estou ansioso para acompanhar os próximos episódios. Questiono-me, preocupado, até quando é que Kaguya e Shirogane vão ficar no “jogo” deles. Eventualmente vão ter que dar um passo além. Eu diria que o ideal seria no fim desta temporada. De qualquer forma, recomendo!
Summertime Render
Realizador: Ayumu Watanabe
Estúdio: OLM
Géneros: Mistério, Sobrenatural e Suspense
Sinopse: Depois dos seus pais morrerem, Shinpei Ajiro viveu com as irmãs Kofune, Mio e Ushio, mas desde então ele mudou-se para morar sozinho em Tóquio. Porém, depois de Ushio se afogar enquanto tenta salvar a jovem Shiori Kobayakawa, ele volta para casa para lamentar a sua partida. No entanto, hematomas no pescoço de Ushio originam questionamentos sobre a causa da sua morte.
Dando um passo para trás, Shinpei convence-se de que deve haver outra explicação. Entidades perigosas vagam entre os ilhéus, e uma visão da falecida Ushio pede-lhe para “salvar Mio” como o seu pedido final. Ele tem a certeza de que algo está a acontecer – e a morte de Ushio é apenas uma peça do quebra-cabeças.
Com a ajuda de Mio e vários outros, Shinpei luta para forjar um futuro no qual ele, os seus amigos e familiares possam permanecer vivos. Mas quanto mais ele investiga, mais impossível esse futuro parece. Essa escuridão infiltra-se na sua ilha natal. Quanto mais terá ele de sofrer antes de encontrar o caminho certo para salvar tudo?
Vamos por partes…
Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar que este era o anime para o qual mais tinha expectativas. Não li a sinopse toda, pois quis descobrir os detalhes do que se tratava apenas quando fosse ver o primeiro episódio. A razão para tal foi o seu realizador, Ayumu Watanabe. Para quem não o conhece, foi o responsável por trazer ao mundo a adaptação para filme de Kaijuu no Kodomo que é uma das obras audiovisuais mais bem dirigidas que já experienciei.
Posto isto, no que toca à realização, o episódio foi absolutamente fantástico. É notório que cada pequeno corte foi pensado com extremo cuidado para poder fazer da experiência o mais imersiva possível. Para minha alegria, a produção não ficou atrás. Desde animação fluida a cenários cheios de detalhe, este foi de longe o primeiro episódio mais bem concebido da temporada.
Agora… Quanto ao argumento.
A introdução das personagens não foi incrível, porém foi eficaz. Sabemos bastante sobre cada uma delas. No entanto, penso que a realização ajudou imenso a dar-lhes um toque mais genuíno, pois poderiam facilmente ter caído num grupo mais genérico. Vejo potencial de bom desenvolvimento em todas.
A narrativa é extremamente intrigante. Surgiram no mínimo umas três perguntas já neste episódio. Como em princípio todo o manga será adaptado, conto com respostas concretas e satisfatórias às mesmas.
Recomendo imenso a darem uma vista de olhos, nem que seja por o quão lindo visualmente o episódio é.
Pequeno spoiler do fim do episódio:
O elemento de viagem no tempo preocupa-me um pouco. Torço sempre o nariz para obras desse tipo, pois costuma ser um elemento responsável por se originarem alguns furos na história. De qualquer forma, não tive grandes ressalvas.
Dance Dance Danseur
Realizador: Munehisa Sakai
Estúdio: MAPPA
Género: Drama
Sinopse: Junpei está feliz a dormir durante o recital de ballet de sua irmã, quando um bailarino de ballet entra no palco. Movido pela força e habilidade que o dançarino exibe, o menino descobre o seu amor por essa arte.
Mas depois de uma certa tragédia acontecer, ele promete deixar o seu passado para trás e se tornar o epítome da masculinidade! O que fará ele quando o seu amor pelo ballet reacender?!
Junto com Paripi Koumei, para mim, isto foi a surpresa da temporada. Tal como esse anime, inicialmente, eu nem ia tentar ver Dance Dance Danseur. Apenas o fiz à última da hora por causa de um vídeo que vi. E… Ainda bem que voltei atrás.
Em primeiro lugar, se Summertime Render não existisse, este seria o anime mais bem feito da season. De longe. Tanto em realização como produção. Há algumas tomadas mais secas, mas no geral estamos perante uma obra bem projetada em questões técnicas.
A narrativa não aparenta ser nada de muito ousado, porém o adequado dentro da sua proposta. Além disso, o episódio deu-nos uma introdução muito eficiente àquilo que irá trabalhar no que toca aos sonhos do protagonista e da relação dele com os demais. Também achei a abordagem do tema de função de género interessante. Aliás, gostaria que fosse comentado em mais obras.
Tudo até agora me leva a crer que se trata de um character driven, portanto, a introdução das personagens deve ser boa. Mas neste caso, não acho que a introdução do protagonista tenha sido boa… Acho que foi excelente. A atitude dele quando se quer enquadrar socialmente rapidamente contrasta com os sentimentos no que toca ao ballet e as atitudes nos momentos a sós. Isto faz dele relacionável, bem como desperta no espetador interesse para o acompanhar.
Estou ansioso para os próximos episódios e acredito que se derem uma chance ao anime, também vão ficar!
Kakkou no Iinazuke
Realizador: Hiroaki Akagi
Estúdios: SynergySP e Shin-Ei Animation
Géneros: Comédia e Romance
Sinopse: O super-estudante Nagi Umino, de 16 anos, aluno do segundo ano da escola secundária Meguro River Academy, foi trocado no nascimento. A caminho de um jantar para conhecer os seus pais biológicos, ele acidentalmente conhece a impetuosa e sincera Erika Amano, que está determinada em fazer de Nagi o seu namorado falso, pois não se quer casar. Mas assim que Nagi chega ao jantar, ele descobre que os seus pais decidiram resolver a mudança no hospital convenientemente, fazendo com que este se casasse com a filha que os seus pais biológicos criaram… que se trata de ninguém mais ninguém menos que a própria Erika!
Por fim, temos o pior primeiro episódio da temporada. Eu tinha uma certa expectativa para esta obra, posto que o manga é da autoria de Miki Yoshikawa, responsável por Yamada-kun no 7-nin no Majo, que é um anime do meu agrado. No entanto, não me deparei sequer com uma fração da qualidade dessa obra.
Se eu tivesse que definir estes 20 minutos com uma palavra, seria “artificial”. Em primeiro lugar, deparei-me com a realização mais vazia desta temporada. Como se o argumento já não fosse expositivo que chegue, o espetador é bombardeado com dicas visuais nada subtis acerca dos sentimentos das personagens, das relações entre elas, das interações que praticam, etc. Não respeita a inteligência de quem está por trás do ecrã.
Além disto, a escrita dos diálogos é muito pobre. Praticamente todas as conversas são muito pouco naturais, ninguém falaria como aquelas personagens falam… Simplesmente foi assim escrito para as informações chegarem ao espetador, mesmo que de uma forma bastante forçada.
Por fim, temos a narrativa. Eu gostaria de apontar para o plot twist do final do episódio, que além de ser extremamente óbvio para quem prestou atenção ao primeiro minuto, trata-se de uma situação inacreditavelmente conveniente.
Este episódio foi simplesmente calamitoso, de longe o pior da temporada. Não recomendo, de todo.
Primeiras Impressões da Temporada de Primavera 2022 – Conclusão
Apesar dos pesares, estou a gostar bastante da temporada de Primavera. Há algum tempo que não acompanhava tantos animes bons em simultâneo, portanto estou a contar que as próximas semanas sejam bastante proveitosas.
Obrigado por lerem até aqui!