Título: Re: Hamatora
Produtoras: DAX Production, Lerche, NAZ, DIVE II Entertainment
Géneros: Shounen, Mistério, Comédia
Re: Hamatora | Opening
“Sen no Tsubasa”– Livetune com a colaboração de Takuro Sugawara (dos 9mm Parabellum Bullet)
Enredo
Re:Hamatora surge no seguimento dos acontecimentos finais de Hamatora. A continuação da sequela mantém a premissa em torno dos portadores de minimum e a sua guerra social contra os não-portadores. “Minimum” é a denominação dada à anomalia genética que confere ao seu portador poderes e caraterísticas paranormais, desde a exacerbação de qualidades humanas, como velocidade, força, ou aquisição de aspetos e formas animais, entre outros. Os acontecimentos do último episódio de Hamatora remontam ao assassinato de Nice efetuado por Art. Após a perda do fundador a agência de detetives Hamatora reergue-se lentamente. Ainda abalados com os recentes acontecimentos, vêm-se obrigados a enfrentar uma sociedade em construção, sem bases nem regras em que ambos os lados desta guerra se encontram sem aparente resolução.
Ambiente
As qualidades visuais e técnicas evoluíram em relação à primeira temporada. Se já era considerada uma produção de excelência e referencia nas qualidades gráficas, a fasquia conseguiu subir mais ainda com esta produção. Os cenários continuam a ser descritos com o pormenor necessário, enquadrando-se na perfeição com todo o enredo citadino e atual da premissa. Os protagonistas surgem novamente muito bem definidos e caraterizados com personalidades fortes, e coerentes com a sua apresentação.
As mudanças são mais significativas no que diz respeito à manifestação do minimum. Vemos rapidez de imagem, banda sonora coincidente e mais efeitos no decorrer da ação. O apogeu técnico é atingido com a libertação minimum dos protagonistas.
Potencial
A obra antecedente detinha como defeitos a rapidez das ações e a construção pouco coerente de cada episódio, com efeito averiguamos que tal defetividade continua patente. Vemos, assim um capítulo construído à base de um caso aparentemente simples que se torna em algo mais profundo e perigoso do que se supunha. Com lições de moral e epifanias aleatórias, o capítulo é mais uma vez construído de forma pouco significativa e coerente.
Como ponto forte, e realço, bem forte, temos a presença ativa de Hajime. O elemento mais misterioso da agência toma participação ativa e decisiva neste primeiro contato com a série, o que, para delírio dos fãs, consegue suprimir grande parte das lacunas desta produção.
É, sem dúvida, necessário assistir a mais episódios desta controversa narrativa que de tão espetacular premissa e personagens merece, pelo menos, uma tentativa.