Nao Hirasawa (produtor da série de filmes Broken Blade), trabalha na Ultra Super Pictures (empresa responsável pela produção de algumas obras dos estúdios Trigger como Uchuu Patrol Luluco, Darling in the FranXX e Little Witch Academia), foi entrevistado nos inícios de março em contexto do programa online NewsX, pelo crítico de cultura Tsunehiro Uno.
Os dois conversaram tanto sobre as tendências atuais como do futuro da indústria anime.
Produtor de Anime fala sobre o Declínio das vendas de DVDs
Um dos principais tópicos de discussão foi o declínio das vendas nacionais (Japão) no que diz respeito a DVDs.
Hirasawa mencionou que, em 2000, as vendas estavam num dos seus topos, mas que a meio da década começaram a diminuir consideravelmente. Isto resultou na obrigatória mudança daquilo que se considera ser o “número de referência” que indica se as vendas estão a correr bem, ou não.
Durante a Era de Ouro de vendas, o primeiro volume de uma série venderia à volta de 100,000 cópias. Muito recentemente, Yuri!!! on Ice vendeu esse número de DVDs. Nessa época de ouro, se uma série vende-se à volta de 4000-5000 unidades, seria considerado um flop.
Porém, se atualmente se atingir 5000 unidades vendidas, já é considerado um sucesso. Aquilo que mais mudou é: dantes, se uma série não vendesse DVD’s suficientes, significaria que estariam perante um desastre financeiro. Isto atualmente não é tão dramático.
Esta mudança começou a desenvolver-se por volta de 2005-2006.
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Hirasawa mencionou ainda que por volta de 2007-2008, muitas séries começaram a vender em média 1000 unidades, por volume.
Os números são atualmente tão baixos que toda gente que comprou uma série poderá juntar-se facilmente numa aula de Educação Física.
Existem alguns casos que são dadas mais cópias de demonstração, a pessoas da equipa por exemplo, do que são vendidas unidades ao público.
Mas nem tudo está condenado e nem tudo é negativo, porque as vendas de DVDs deixaram de ser a única forma de rendimento de uma série.
Atualmente existem muitas outras formas que se encontram em crescimento, nomeadamente os serviços de streaming Nacionais e Internacionais como a Netflix e a Crunchyroll.
Hirasawa prevê que a indústria anime vá sofrendo alterações conforme vão surgindo novas formas de rendimento.
Por exemplo, o tempo por cada episódio poderá ficar mais curto. É possível, também, que conforme a popularidade dos telefones cresce, se comece a desenvolver cada vez mais anime a ter em conta as dimensões deste tipo de ecrãs.
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Fonte: Anime News Network