Desde o primeiro anúncio de que Scarlett Johansson tinha sido escolhida para ser a estrela do novo filme live-action Ghost in the Shell dos estúdios Paramount Pictures e Dreamworks Pictures, que alguns dos fãs têm pedido um novo casting. A revelação da primeira imagem de Johansson no papel principal apenas veio dar mais força a esse pedido.
Muitos lamentaram o facto deste filme ser mais um caso de whitewashing (lavagem a branco) de Hollywood, onde uma personagem não-ocidental é substituída por um ator ocidental, quando já poucos são os papéis desempenhados por atores asiáticos em Hollywood.
Produtor de Ghost in the Shell comenta controvérsia | Live action
O produtor Steven Paul falou acerca desta controvérsia numa entrevista com a BuzzFeed. “Toda a gente vai acabar por ficar muito contente com isto”, disse ele. “Eles vão ficar muito, muito contentes quando virem o que conseguimos produzir, e acho que ninguém ficará desapontado”.
Steven Paul adicionou:
Eu não acredito que se trate apenas de uma história japonesa. Ghost in the Shell é uma história internacional, que não se foca apenas no Japão, é suposto ser no mundo inteiro. Por isso é que afirmo que a abordagem internacional é, no meu ver, a maneira certa de se fazer as coisas.
Paul afirmou ainda que o criador da manga original Masamune Shirow e a Kodansha têm dado um grande apoio ao filme.
“Temos sido bastante cuidadosos. Obviamente que há coisas novas, pois claro. Com isto quero dizer que como em tudo, quando fazes um filme tens que acrescentar as tuas ideias à medida que o produzes, torná-lo teu”.
Paul clarificou que o nome completo da personagem não será “Major Kunasagi”, e que o filme não terá lugar numa cidade japonesa. Ela será chamada simplesmente por “Major”, e o filme terá lugar num “mundo internacional”.
Paul encontra-se neste momento a produzir também a adaptação live-action de Kozure Ookami (Lone Wolf and Cub) de Goseki Kojima, mas esta história, tal como admitiu, trata-se de uma história muito japonesa e como tal deve ter atores japoneses nos papéis principais.
Sam Yoshiba, o diretor do departamento internacional de negócios da Kodansha, na sua sede em Tóquio, já tinha afirmado que concordava com a escolha de Johansson para o papel principal.
O inquérito no site Anime News Network demonstrou que cerca de metade dos inquiridos (52.0%) considera ver o filme com base na qualidade da obra original e pela sua popularidade, enquanto que 18.9% afirmaram que não vão ver o filme devido ao casting de atores selecionados, e 18,8% afirmaram que assistirão ao filme para que Hollywood continue a produzir adaptações cinematográficas de anime e manga.
Um artigo de autoria da ScreenCrush, citando fontes anónimas próximas da produção, revela que através da técnica CGI (imagens geradas por computador) foi alterado em pós-produção, um pouco da “etnia” de Johansson de modo a que a mesma se assemelhasse a uma mulher asiática. A Paramount Pictures negou que tivesse feito tal coisa, e afirmou que apenas fora feito um teste a uma personagem secundária e que não seria utilizada no filme.
O filme tem a sua data de estreia no dia 31 de março de 2017. Outros atores que fazem parte do elenco são Pilou Asbæk como Batou, Michael Pitt como Laughing Man, Beat Takeshi (igualmente conhecido como Takeshi Kitano) como Daisuke Aramaki, Juliete Binoche como Dr. Quetel, e Kaori Momoi como a mãe da personagem interpretada por Johansson.
> Artigos Relacionados: Ghost in the Shell
Fonte: Anime News Network