Os jogos roguelike sempre foram um género de jogo que me intrigou porque em muitos jogos é possível desenvolver uma estratégia de como os completar, mas como os roguelike são muito imprevisíveis, desenvolver uma estratégia acaba por ser mais complicado.
Este género nasceu do jogo Rogue, um dungeon crawler desenvolvido em 1980. A partir daí tivemos vários jogos que pegaram na fórmula do original, mas modificaram parte para criar uma ideia nova.
Um desses jogos é Rising Hell, um jogo roguelike com dungeons geradas na vertical para dar um aspeto de platformer, o qual, graças à Toge Productions tivemos a oportunidade de experimentar.
Aqui ficam as minhas primeiras impressões.
Rising Hell (Early Access) – Primeiras Impressões
Rising Hell é um jogo desenvolvido pela Tahoc Games e publicado pela Toge Productions que está em Early Access na Steam.
Apesar do jogo não estar completo, os desenvolvedores estão constantemente a fazer atualizações que incluem novos mundos, habilidades e inimigos, estando o seu lançamento final previsto para maio de 2020.
A viciante jornada de fugir do inferno
Muitos dos jogos roguelike acabam sempre por ter um conjunto de elementos idênticos entre si e, apesar do elemento plataforma não ser algo novo, acaba sempre por proporcionar o seu próprio desafio na jogabilidade e é com essa mentalidade que se encontra estruturada a de Rising Hell.
O jogo decorre num ambiente em que temos de escalar uma masmorra enquanto combatemos contra os vários inimigos que aparecem no nível, num estilo de luta bastante arcade e frenético que mistura muito bem as habilidades do jogador e o elemento de sorte através dos vários itens que encontramos.
Outro elemento interessante de Rising Hell é na forma como o jogador é recompensado mesmo quando morre.
O jogo tem implementado um sistema de níveis em que, por cada vez que morremos ou completamos o jogo, ganhamos experiência. Esta pode ser usada para fazer level up e ganhar itens que podem ser utilizados no reiniciar do jogo, o que ajuda bastante, mas que não retira o desafio.
Mas a dificuldade não pára no modo campanha, pois para aqueles de procuram algo mais difícil (ou específico) podem experimentar o Modo Challenge, com vários níveis repletos de desafios que conseguem deixar qualquer um viciado.
Um inferno repleto de pixeis
Se eu tivesse de apontar a alguém aquilo que eu considero ser o ponto mais forte de Rising Hell, teria de ser sem dúvida a sua arte.
O jogo é apresentado em pixel art e, apesar de esse estilo de arte não ser bastante detalhado, ainda assim conseguimos ver alguns detalhes interessantes nos sprites e sentirmos-nos um bocado desconfortáveis com a violência.
Outro ponto forte de Rising Hell é a sua banda sonora rica em gothic metal que encaixa perfeitamente no ambiente que o jogo proporciona, mas que pode muitas vezes tornar-se repetitiva.
No fundo, a arte e a música de Rising Hell combinam muito bem para diferenciar os vários níveis e desafios que acompanham o jogador.
Opinião Final
Quando ouvi falar neste jogo tive as minhas dúvidas sobre se seria realmente bom, especialmente quando sabemos que não é um jogo completo. Contudo, posso confirmar que as minhas dúvidas foram substituídas por elogios.
A jogabilidade é viciante ao ponto de dar valor ao doce sabor da glória e a arte é soberba, fazendo-nos arrepiar, e apesar da música ser bastante repetitiva, ainda conseguimos abanar a cabeça quando o metal começa a tocar.
Estão a pensar adquirir o jogo? Acham que vale a pena experimentar? Ou será apenas mais um roguelike? Deixem as vossas opiniões nos comentários.
Se estiverem interessados em saber mais sobre Rising Hell poderão clicar aqui para verem alguns vídeos que publiquei sobre o jogo.
Até uma próxima oportunidade.
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