Título: Rokka no Yuusha
Adaptação: Light Novel
Estúdio: Passione (Rail Wars!)
Géneros: Fantasia, Ação, Magia
Rokka no Yuusha | Enredo
Um demónio, seis guerreiros, uma lenda milenar. Este mundo de fantasia é praticado sobre uma estrutura completamente típica, no entanto isto pode não ser (à partida) algo necessáriamente mau, se ocorrerem as mudanças certas de modo a quebrar o possível cliché.
Estas quebras estruturais podem, devem e já existem em certas personagens, e em certos momentos de desenvolvimento e de exposição narrativa. Porém ao passo que já existem estas características que podem conduzir a história num sentido mais inovador, é-nos entregue personagens estereotipadas e gatilhos narrativos repetitivos, que permitem avançar o enredo de forma mais rápida.
Ainda assim, o ritmo de toda a desenvoltura fez-se sentir (na sua maioria) correto, tirando algumas exceções que se mostraram repetitivas e posteriormente cansativas, o que levou a um primeiro episódio fácil de ver e aproveitar. Não obstante, este deixa um gosto de incerteza, ficando por mostrar se terá progressão evolutiva para que os próximos episódios valham o nosso investimento temporal.
Rokka no Yuusha | Ambiente
Teve que surgir um pequeno novo estúdio das sombras para nos mostrar que é possível criar um nível de animação 2D mediano com força. Atualmente muitos dos detalhes mais pequenos – mas que fazem a diferença – são moldados e animados em 3D, como por exemplo a construção de uma cena com multidões. Estas técnicas têm custos monetários de produção baixos, o que justifica o seu uso mais frequente. Em contrapartida, a não ser que seja muito bem feito, retira-nos sempre imersão do mundo no qual nos estão a tentar imergir. No entanto, no primeiro episódio de Rokka no Yuusha, os estúdios Passione brindam-nos com multidões 2D orgânicas e mais realistas.
Fomos então mergulhados numa era medieval longínqua, revestida por uma plausível construção cénica em que os elementos que lhe dão génese, como por exemplo a coloração, design e arquitetura se encontram em harmonia. Existem algumas quebras no que diz respeito à fluidez e coesão da animação em alguns momentos, mas por enquanto não se mostram significativos para que ocorra destruição do aproveitamento da experiência visual que nos é fornecida.
A banda sonora está bem enquadrada, mas teremos que ver mais para poder analisar com mais precisão a qualidade da mesma.
Rokka no Yuusha | Potencial
O potencial que a obra segura encontra-se na “corda bamba”, na medida em que se o equilíbrio for mantido e até melhorado, poderá dar origem a uma maravilhosa fantasia da qual vamos obter muita diversão. Contudo, um pequeno deslize, e é a morte do artista.
Se devem começar a ver? Se gostarem de fantasia, sim sem dúvida, o primeiro episódio é suficiente para entenderem se vão querer ver o segundo. Se não gostam de fantasia, e esperam encontrar aqui o vosso chamariz para se introduzirem no género, penso que não será o melhor ponto de partida.
Na eventualidade de quererem iniciar a vossa jornada numa obra de fantasia medieval e que tenha um tom leve com alguns contornos mais pesados, sugiro Fullmetal Alchemist de 2003, Magi, ou se quiserem algo desta temporada é melhor saltarem para Akagami no Shirayuki-hime.
Análises
Rokka no Yuusha
O potencial que a obra segura encontra-se na “corda bamba”.
Os Pros
- Produção visual.
Os Contras
- Premissa generalista, facilmente pode ser conduzido pelo caminho errado.