Título: Servamp
Adaptação: Manga
Produtora: Brains Base
Géneros & Demografia: Ação, Sobrenatural, Comédia, Vampiros, Josei, Drama
Primeiras Impressões: Disponível
Servamp | Opening
“Deal with” – OLDCODEX
https://www.youtube.com/watch?v=iFdPzs8aEMw
Servamp | Sinopse
Servamp narra a história de Mahiru Shirota, um rapaz de 15 anos que vive aparentemente sozinho à guarda do tio. Após a morte da mãe, Mahiru aprendeu da melhor forma a conjugar o motto do tio, “viver de forma simplificada, longe de complicações”, com a sua natureza altruísta.
Um dia encontra um pequeno gato preto abandonado e decide adotá-lo, chamando-o de Kuro. Desde esse dia a vida de Mahiru dá uma reviravolta, o jovem rapaz tinha acabado de se tornar mestre de um Servamp.
Servamp | Enredo
Mais um título de anime com um protagonista com um senso de justiça e ideologias desmesuradas e completamente irrealistas. Como em tantas outras obras, estes mesmos ideais entram em confronto com a própria narrativa, criando incoerências. A mais frequente e óbvia é a inevitável discussão interna do protagonista, que se não resolvida culmina na criação de situações bastante convenientes e por vezes sem qualquer sentido dentro da história.
Desde o primeiro episódio que ficou patente o objetivo da obra: agradar ao público-alvo pouco exigente em questões de enredo, facilmente deslumbrado por estratégias de animação e exposição narrativa programadas para impingir drama e confusão onde não existem.
Como tal, não é novidade dizer que 12 episódios foram insuficientes para satisfazer as necessidades de quem tenta compreender o pouco de sumo que resta desta obra. Em suma, chega a ser, inclusive, desesperante assistir ao desfilar ininterrupto de novas personagens e conceitos de um universo pouco ou nada desenvolvido.
E para piorar…
O enredo é confuso, extenso, e… completamente aleatório! Resumidamente, façam uma lista do que deve existir dentro de uma série sobre vampiros, coloquem isso de forma alternada, apimentem com gargalhadas parvas do pseudo-vilão e…
BOOM – Servamp!
O enredo de Servamp envolve a história de 7 seres criados sob a representação de um pecado mortal, que necessitam do “reflexo” do seu “pecado” em forma humana para serem derradeiros servamps. A juntar à conturbada sub-espécie de vampiros superpoderosos temos ainda a criação de subordinados, a política por detrás da criação de vampiros, e como se não bastasse… um estranho inimigo com atitudes e objetivos bastante duvidosos. Enfim, temos o leque completo do que uma obra sobre vampiros pode oferecer (alguns dos tópicos não referi para não “spoilar” o óbvio!).
Nada é explorado com profundidade suficiente para compreendermos o mínimo daquele universo, nem mesmo a linha narrativa principal entre Kuro e Mahiro. O que vemos de bom, infelizmente é efémero e tardio. De um momento para o outro somos embrenhados em substância, história com pés e cabeça – que começa e termina de forma coerente – e ainda é exposta de uma forma adequada com o tipo de narrativa. Enfim, quase que pensamos que valeu a pena o sacrifício de mais de metade do anime! Infelizmente, tudo acaba e o tempo foi bastante limitante. Talvez… mas só talvez, se seguissem o último método de tratamento do enredo, a obra conseguisse surpreender pela positiva e ser algo bom!
Servamp | Ambiente
Numa obra onde pouco se pode salvar do enredo, o ganha pão só poderia ser o ambiente! Do ponto de vista da fluidez da animação não foi nada de extraordinário, em boa verdade manteve-se na média. Contudo, a conjugação do jogo de cores, sons e imagens para criarem frenesim foi relativamente bem conseguida. Claro que não há milagres quando a história não ajuda, mas ainda assim Servamp possuiu momentos muito bonitos e a criação de um ambiente original.
O character design apesar de não ser muito original em determinadas personagens (bastante parecidas com tantas outras do universo anime), foram revestidas de características únicas que deram um toque bastante positivo. Quanto à fotografia, sem dúvida que Servamp possui boas imagens e criações. Se conseguimos considerar esta obra suportável, foi muito graças a este quesito.
Quanto à banda sonora, à exceção da gargalhada do pseudo-vilão, o voice acting foi muito bem conseguido. A banda sonora no início passou muito despercebida, mas à medida que nos aproximávamos do clímax, foram adicionadas músicas originais, algumas interpretadas pelos protagonistas, de alguma qualidade. O cuidado com a colocação das faixas foi aprimorado, criando momentos bastante agradáveis de visualização.
Servamp | Juízo Final
Não há dúvida de que se trata de uma obra criada para um público alvo bastante específico. Aqui encontramos de tudo para entreter e nada que nos desafie enquanto espetadores. Podemos assistir sem qualquer comprometimento mental, com a garantia de que o que há para perceber será entendido… o que não entenderem, garanto que mesmo que quisessem muito não entenderiam porque simplesmente não é explicado.
É uma obra para assistir, usufruir das batalhas, dos momentos de conflito interno, da animação e imagem, e mais nada. As expetativas devem ser comedidas e se as vossas preferências recaírem por algo mais complexo, completo e estruturado, Servamp não deve constar no vosso reportório.
Se fores inexperiente em animação japonesa, se gostares e/ou quiseres algo vistoso mas que não seja exigente, esta obra é para ti! A animação é agradável, tem coisas boas, e de resto, dá para entreter.
Análises
Servamp
O anime de vampiros deste verão foi Servamp. Da Brains Base, terá esta obra conquistado o público, ou não terá passado de mais uma?
Os Pros
- Ambiente
Os Contras
- Gestão narrativa