Título: Shirobako
Adaptação: Original
Produtora: P.A. Works, Warner Bros.
Géneros: Comédia, Slice of Life
Shirobako – Opening
COLORFUL BOX – Yoko Ishida
Shirobako – Enredo
Esta história começa nos tempos de estudante de cinco raparigas que pertencem ao clube de animação e dão vida a uma pequena-metragem de nome: “Shinbatsu Konkou: The Seven Lucky Battle Gods“. Após a conclusão do projeto, mais propriamente no dia da graduação de três elementos deste grupo feminino, todas elas combinam encontrar-se no futuro para criarem e desenvolverem um anime de sucesso.
O tempo passa e, dois anos e meio depois, Aoi Miyamori surge em destaque e assume-se como personagem principal de Shirobako. A trabalhar na Musashino Animation, o foco da trama vira-se para os problemas e tarefas diárias desta produtora que conseguiu recentemente colocar em exibição um dos seus projetos chamado “Exodus“.
Numa produção totalmente original, fica a dúvida sobre o sucesso de Aoi na empresa atual e o que será feito das quatro amigas com quem se comprometeu a trabalhar no futuro.
Confuso e atrativo. Assim se pode definir o enredo de Shirobako, que sinceramente estava mais explícito apenas com a sinopse oficial do que após o seu primeiro episódio ir para o ar. Os primeiros 20 minutos não permitem confirmar se realmente irá ser Aoi Miyamori a grande protagonista durante toda a série, com as restantes quatro amigas a aparecerem com o avançar dos episódios, ou se teremos um paralelismo entre os cinco membros do grupo que acabarão por se reencontrar no futuro.
O melhor será mesmo fazer de Aoi a personagem principal e girar tudo à sua volta, do que tornar este enredo ainda mais complexo, caso se fique a conhecer detalhadamente as vidas das outras raparigas. Digo isto porque em termos de apresentação de personagens este capítulo inicial foi bastante confuso. Na altura da estreia do “Exodus”, toda a equipa de produção foi apresentada. Em causa estão cerca de 20 personagens cujos nomes são impossíveis de fixar no momento. Só mesmo com o desenrolar da história é que se poderá ir conhecendo este e aquele. Foi realmente uma dose muito grande. Este processo devia ter sido encarado de outra forma e espera-se que não volte a acontecer, daí o desejo em haver apenas uma personagem principal e não cinco!
Como já deu para perceber, Shirobako tem como objetivo dar a conhecer aos interessados alguns dos procedimentos pelos quais um projeto de anime passa. Desde o desenho à edição de vídeo, da atribuição de cores aos planos de fundo e às personagens até à criação de movimentos para estes, enfim, uma panóplia de processos tão grande que até se torna difícil de os conhecer a todos.
É tão simples quanto isto, pelo que ou vos interessa ou não! A mim faz-me lembrar Bakuman, só que desta vez com o centro das atenções a cair sobre o Anime e não a Manga. Ah, e o romance também parece estar ausente, sendo compensado pela parte da comédia que os responsáveis da obra não esqueceram. Pelo menos eu já soltei umas boas gargalhas à custa da personagem Tarou Takanashi. Que cromo!!!
Shirobako – Ambiente
Estou otimista em relação à parte do enredo no futuro da série, embora não tenha sido o melhor na estreia. No entanto, se houve algo que me fascinou já nesta apresentação foram os desenhos das personagens. Não sei se os responsáveis da P.A. Works se sentiram pressionados por fazerem o melhor possível, visto estarem a trabalhar numa série que retrata os processos de criação de um anime. Agora, o que é facto é que este aspeto de Shirobako está muito bom e a interligação com a animação é perfeita. Esta foi a conclusão a que cheguei logo que o Opening da série passou, que neste caso foi já na parte final da transmissão. Parabéns à produção pelo excelente trabalho!
No que diz respeito à banda sonora, esta é mais uma série que ainda não mostrou aquilo que é capaz de fazer nesse campo. Música a avaliar só mesmo a “COLORFUL BOX” do Opening, que se pode qualificar como alegre e bem ritmada, e a do estilo idol nipónico que passou logo no início da trama. Esta segunda música, apesar de demasiado feminina, enquadra-se perfeitamente na trama, pois está diretamente relacionada com o tal projeto “Exodus”, cuja história se centra em três raparigas mágicas.
Já que falei na dita música idol, note-se que ela tocou durante uma inesperada e desenquadrada corrida de carros protagonizada por Aoi e um outro colega de profissão. Embora tenha ridicularizado a cena, não pude deixar de apreciar a fluidez dos movimentos dos objetos, neste caso dos carros e da mudança dos cenários (estradas, casas à volta, etc …), tendo sido nesta altura que a série começou a despertar a minha atenção na parte da animação.
Shirobako – Potencial
A meu ver, o sucesso de Shirobako depende muito da tomada de decisão da série em relação aos próximos episódios. Iremos ter sempre o foco em Aoi Miyamori? Ou será feito o paralelismo já mencionado em cima entre as cinco amigas que sonham um dia reencontrarem-se para construírem um projeto de anime de sucesso? Vejo com bons olhos a primeira alternativa, enquanto que a segunda terá que ser muito bem feita, independentemente do número de episódios que a série possa ter, ou o espetador nunca sairá de uma confusão como aquela que surgiu na estreia em que de um momento para o outro foi “bombardeado” com nomes de muitas personagens novas. Muitas mesmo!
A animação e os desenhos são de extrema qualidade e são a maior razão (no tempo presente!) para a série merecer uma oportunidade, juntamente com o tema característico selecionado que visa dar a conhecer todo o processo de criação de uma série de anime. Com argumentos destes e um enredo que poderá “dar cartas” daqui em diante, não podes deixar de espreitar “Shirobako”. Fica o trailer.
Shirobako – Trailer
Análises
Shirobako
Uma série que visa dar a conhecer o processo de criação e desenvolvimento pelo qual passa uma produção anime até chegar ao ecrã para ser vista pelo espectador.
Os Pros
- A arte.
- A animação.
Os Contras
- O número elevado de personagens é, neste momento, uma ameaça à qualidade da série