Este episódio foi extremamente wholesome. Mesmo no meio do típico drama adolescente, Skip to Loafer tem uma abordagem cativante dos sentimentos das personagens.
Podes ler aqui todas as análises semanais de Skip to Loafer
Skip to Loafer Episódio 2 – Opinião
Sete cães a um osso
Após rebaixar a turma inteira sem querer durante a sua apresentação, a Mitsumi (cronicamente desprivada de sono) e o Shima tornam-se delegados de turma. Gostei muito da comédia neste segmento, com o Shima a reconhecer que gostava de ter a Mitsumi como boss, porque sinceramente eu também. Porém, este momento serve essencialmente para reforçar duas ideias: a de que Shima está um beca perdido na vida, e de que a vida dele não é assim tão fácil quando tem as raparigas todas obcecadas por ele.
Eu suspeito que a relação super adorável do Shima e da Mitsumi venha exatamente do facto dela o tratar como uma pessoa, e não um objeto de adoração, tentando conhecê-lo aos poucos. Ele claramente sente-se muito mais confortável ao pé dela, e a turma inteira começa a sentir isso. O problema é que isso também significa que a Mitsumi é agora o alvo predileto da inveja de todas as raparigas da turma.
Miga, que tóxica
A Mika é mesmo aquela sujeita tóxica dos filmes americanos que não olha a meios para se aproximar do Shima. Ela achou que fazer pouco da Mitsumi ia afastá-la do nosso Golden Retriever boy, para que pudesse tê-lo só para si. Felizmente, durante a secção de Karaoke, Mitsumi recebe o apoio de Yuzuki, que tem 0 paciência para estes joguinhos de inveja, tal como eu.
Contudo, esta parte do episódio foi extremamente gratificante, já que Mitsumi conseguiu superar o mau estar que a Mika lhe causou, dando um show absolutamente épico com a música do desenho animado Tokojiro (provavelmente o equivalente nostálgico japonês do Oliver e Benji aqui em Portugal).
Colocando as cantorias à parte, o que mais gostei neste segmento foi a reflexão que Mitsumi tece sobre o processo de fazer amizades. O conflito entre aquilo que nós somos, o que os outros acham de nós, e o que comunicamos ser, é deveras angustiante. Analisar os outros é inevitável e dá-nos um sentido de segurança mas, às vezes, é importante ver que os outros são mais complexos que os rótulos que lhes tentamos colocar.
Festinhas e teatros
Depois da Mika ter sido abafada por toda a gente, a cereja no topo do bolo foi claramente o momento mais fofinho do episódio inteiro, e eu praticamente derreti. Se ter chamado o Shima pelo nome do cão dela (por engano) não fosse suficiente, a Mitsumi ainda enterrou as mãos da nuca dele sem cerimónias, originando um momento estranhamente íntimo e muito carinhoso entre os dois. Para mim, o mais especial deste momento é o facto dele estar envolto numa certa aura de amizade, e a amizade é o melhor ponto de partida para tudo.
Agora lançada na vida social escolar, Mitsumi dá-se de caras com Narumi, o típico aluno de teatro, uma espécie caracterizada por uma excentricidade vibrante e quantidades anormais de motivação escolar. Quem não parece gostar nada desta agitação toda é o Shima que, mais uma vez, revela a sua capacidade de insultar a malta na cara com o melhor dos sorrisos.
Para mim, existe algo de assustador na forma como as palavras de Shima não têm nada que ver com a sua expressão facial, revelando a artificialidade da sua simpatia. Tal como a Mitsumi, notei uma certa tristeza associada à desmotivação e desconexão que o Shima parece ter com as pessoas e o mundo à sua volta. Ele parece estar a representar um papel social que o deixa desconfortável, e a Mitsumi parece ser a única pessoa capaz de entender tal incongruência.
Por isso mesmo, estou muito curiosa para ver como o Shima irá interagir com a Mitsumi. Será que o Shima irá deixá-la ver para além da máscara social que ele construiu para agradar a toda a gente?
E vocês? O que acharam de Skip to Loafer Episódio 2? Comentem abaixo a vossa opinião!