Se pudesse resumir as minhas primeiras impressões deste anime seria: meninas kawaii a pescar e a serem fofinhas umas com as outras.
Captei a tua atenção? Então este anime poderá ser para ti. Não és fã deste subgénero – se é que “cute girls doing cute things” seja considerado um – então desafio-te na mesma a leres as minhas primeiras impressões!
Slow Loop – Primeiras Impressões
Vamos ser sinceros aqui: não é que seja fã de séries com meninas fofinhas a fazer coisas mas depois de Girls’ Last Tour passei a ver com outros olhos o design fofinho e infantil das protagonistas e ver o “além da aparência” deste estilo. “Dar uma oportunidade”, assim trocando por miúdos.
Claro que os padrões mantêm-se nas personagens:
- uma tímida, muito sensata e com algum problema por resolver – que normalmente é a protagonista;
- uma com mamas substancialmente grandes, personalidade animada e um pouco lerda cujo objetivo é levar a protagonista a sair da zona de conforto e criar momentos de comic relief;
- e uma personagem secundária potenciadora de experiências e que descreve/explica as situações com que a narrativa se vai cruzando.
Em termos de personagens é isso e pouco mais que espero deste anime, se me surpreender melhor, mas mantenho as expectativas baixas quanto a este quesito.
Todavia, ter personagens-tipo não invalida a qualidade narrativa. Não faltam obras que usam as personagens-tipo como recurso na arte do contar uma boa história ou de criar interações incríveis dentro de uma temática. Acredito que aqui seja o caso – mas com qualidade mediana.
Slow Loop – História
Acompanhamos Hiyori, uma jovem estudante do primeiro ano do ensino secundário que perdeu o pai há 3 anos, vítima de uma doença. A mãe decide casar de novo com alguém que a nossa protagonista não conhece e que se irá mudar para casa delas – coisas modernas do Japão, conheces a tua futura nova família quando se mudam, basicamente. xD
Como é claro, a estranha e animada rapariga que conhece no paredão enquanto pescava é a filha do novo marido da mãe.
Apesar de ainda estar a lidar com a perda do pai e com todas as suas memórias na casa e na pesca, Hiyori esforça-se dia após dia para receber na sua casa e no seu coração estes dois novos elementos da sua família.
A história é simples, durante os dois episódios que assisti antes de escrever este artigo nada de muito marcante aconteceu. O que me leva a pensar que o registo seja, tal como aparece no MAL, um derradeiro Slice of Life onde “apenas” acompanhamos o dia a dia destas jovens enquanto desfrutam do seu hobby.
E a pesca?
Supostamente é um anime com desporto e… até ver não tenho nada de negativo a apontar! Ok, não sou nenhuma especialista, o que sei restringe-se a memórias de acompanhar o meu pai na pesca lúdica enquanto criança. Ah e de falhar miseravelmente a atirar o anzol! Pelo que só com estes dois episódios fiquei muito contente por se debruçarem em algo tão importante quanto o atirar o anzol! xD
Isto porquê? Porque aqui as aventuras de “Raquel a pescadora” em criança acabaram muito mal porque… o meu pai não era lá muito bom instrutor na arte de atirar anzol…
O resultado foi desastroso: naqueles loops que a Hiyori tanto insistiu para a Koharu fazer – e muito bem – não fiz os pequenos “abanares de cana de pesca” da forma certa – como explicado na série – e ao atirar o anzol ele prendeu-me na mão… e adivinhei, o isco era vivo =’) e mais não conto para não ferir susceptibilidades.
Posto isto, já estão a imaginar a minha cara de alegria por obter a confirmação, totalmente fundamentada por parte desta série, de que a culpa não foi da minha falta de jeito mas sim porque não me ensinaram a fazer atirar direito (deixem-me acreditar nisto, por favor!). =’)
Do que vi do resto tudo me pareceu muito fidedigno. As lojas de pesca, os vários tipos de iscos, os vários tipos de fios de pesca, até o nó! Claro que são pormenores mas se o anime cumprir ao que se compromete – anime de desporto – e conseguir abordar bem esta modalidade, quem sabe não adiciona alguma informação interessante a quem o vê?
Slow Loop – Primeiras impressões e Potencial
Em suma, achei muito interessante o plot de uma menina orfã de pai que ainda lida com o luto através da pesca. É uma modalidade desportiva e lúdica que não costumamos ver a ser adaptada a anime e que também não é tão falada, aqui, em Portugal. Acredito que veremos algumas diferenças sobretudo nas zonas coutadas e nos tipos de licenças que os dois países praticam contudo, dado que até disso falam – ainda que ao de leve – leva-me a crer numa tentativa de demonstrarem seriedade na abordagem deste tema.
Não é um anime para todos contudo, para fãs de slice of life poderá interessar se tivermos ainda como bónus uma boa descrição da pesca lúdica (e quiçá de competição!) no Japão, melhor ainda!
Análises
Slow Loop
Acompanhamos Hiyori, uma jovem estudante do primeiro ano do ensino secundário que perdeu o pai há 3 anos, vítima de uma doença. A mãe decide casar de novo e com essa união a jovem protagonista ganha uma irmã: Koharu. Juntas vão explorar o hobby antigo de Hiyori, a pesca.
Os Pros
- Aparente rigor técnico
- Tema interessante
- Muito relaxante
Os Contras
- Poderá ser aborrecido se não tivermos no mood
- Personagens-tipo
- Anime super específico que não agradará a todos