Quando o planeta Terra é atacado por criaturas misteriosas e abandonado pela raça humana que se vê forçada a refugiar-se numa Colónia espacial, a guerreira EVE, do 7.º Esquadrão Aéreo, aterra num planeta desolado, com apenas uma missão: salvar a humanidade.
Esta é a premissa de um dos jogos mais esperados de 2024 em exclusivo para a PlayStation 5, Stellar Blade. Conhecido anteriormente como Project EVE, o jogo foi ganhando muito interesse pelo público sempre que um novo trailer era lançado e quando a demo acabou por chegar os jogadores tiveram a oportunidade de saber se o jogo seria assim tão bom.
A demo não falhou em mostrar o quão frenético e incrível a experiência iria ser e isso elevou ainda mais as expectativas naquele que seria o primeiro grande lançamento da Shift Up.
Com o jogo agora lançado, muitas pessoas tiveram agora a oportunidade de experimentar a experiência completa de Stellar Blade. Será então que o jogo conseguiu corresponder às expectativas ou falhou redondamente no que tinha prometido?
Um agradecimento especial à PlayStation Portugal por nos ter dado a oportunidade de analisar este jogo e sem mais demoras, aqui fica a análise de Stellar Blade!
Stellar Blade – Análise ao Jogo
Stellar Blade é um jogo exclusivo para a PlayStation 5 desenvolvido pela Shift Up e publicado pela Sony lançado no dia 26 de abril de 2024.
O jogo coloca-nos no papel de EVE que aterra no planeta Terra com a missão de salvar a humanidade e reconquistar a Terra aos Naytiba.
O esforço merecido no realismo do jogo
Ao contrário de muitos dos grandes AAA que temos no mercado hoje em dia, quando olhamos para Stellar Blade conseguimos sentir que o que estamos a ver é real e isto vai desde os modelos até ao ambiente que consegue passar uma mensagem clara do que ocorre ao seu redor.
Os ambientes estão uma verdadeira refeição visual que nos deixam completamente boquiabertos com o que vemos. Apesar de não ser totalmente aberto, o mundo é grande e interessante o suficiente para nos querer fazer explorar cada canto e descobrir que segredos poderemos encontrar.
Quero também dar o merecido destaque aos inimigos do jogo, os Naytiba, que são possivelmente dos designs mais originais que já vi, com uma estética variada desde o inimigo mais básico até ao mais temível dos bosses.
O único negativo que vejo infelizmente é que dá para reparar em certas situações que o modelo de uma personagem foi reutilizado para outra mudando apenas certas roupas que usam, mas como são poucas as vezes que isso acontece acaba por ser um problema menor.
Um Dark Souls acessível a todos os jogadores
Quando se vê os primeiros trailers de Stellar Blade parece que o combate será outro estilo genérico inspirado em Dark Souls só que mais rápido. Felizmente para o jogador, essa dúvida desapareceu rapidamente quando experimentamos a demo e esse sentimento ficou ainda mais assegurado na versão final do jogo.
Para mim uma das coisas que se destacou bastante foi o quão acessível é a jogabilidade, pois as habilidades que são dadas não só melhoram apenas o protagonista, mas fornecem também ferramentas para auxiliar o jogador quando este tem dificuldades com o combate.
Outro elemento fascinante do jogo foi como conseguiu criar um rumo para o jogador seguir a história que consegue ser variada em termos de missões e que traz conteúdo novo no momento em que achamos que o jogo está a ficar aborrecido.
Um exemplo disso é quando temos de fazer umas missões onde só podemos usar a nossa pistola e essa parte ocorre numa espécie de laboratório subterrâneo e abandonado repleto de inimigos.
Se isto vos parece familiar, é porque, sim, o jogo muda de uma aventura cheia de ação para uma experiência de sobrevivência e terror muito semelhante a Resident Evil. Isso é algo que gostei bastante em Stellar Blade que é a sua capacidade de trazer um pouco de cada género de jogo para criar uma experiência única para o jogador.
Para aqueles que acham que o jogo pode não ter conteúdo suficiente, apesar de o mundo ter bastante para oferecer, podem ficar descansados, pois o jogo vem com um modo New Game+ que traz ainda mais habilidades e acessórios para o jogador colecionar.
Os segredos por trás da queda da humanidade
Quando olhamos para Stellar Blade e para o mundo que este nos proporciona, ficamos logo com uma vontade de querer explorar todos os cantos e de querer saber o que levou à queda da humanidade.
Não irei dar spoilers da história do jogo, mas irei dizer que este jogo teve muita inspiração em NieR: Automata e toca bastante em elementos adultos e filosóficos que nos levam a tomar decisões críticas e a questionar se o que estamos a fazer é o mais correto.
O jogo obviamente tem uma história linear e dá-nos as respostas a alguns dos eventos, mas para termos a experiência completa devemos jogar as missões secundárias, pois acabam por nos abrir os olhos sobre a verdade do que se tem passado.
Algumas das missões não dão logo a resposta ao jogador e faz com que tenhamos de ter a nossa própria interpretação e isso é algo incrível, por mostrar que o mundo onde estamos não é tão preto e branco como achávamos.
Infelizmente a história de algumas personagens poderia ter sido explorada de uma forma melhor, ao acabar de uma forma muito súbita ou precisava de mais tempo para se estender, mas ainda assim conseguem expandir o mundo que Stellar Blade fornece.
Veredito Final
Apesar de o jogo parecer um pouco difícil ao início, Stellar Blade não deixa de ser uma experiência magnífica que traz consigo um mundo e uma história para entreter os jogadores durante horas a fio.
Os gráficos realistas também devem ser louvados, pois conseguem fazer o jogador acreditar que o que está a ver pode vir a acontecer num futuro distante e passam muito bem a mensagem do que está a acontecer no mundo.
Num início de ano em que tivemos grandes lançamentos no mercado, Stellar Blade conseguiu destacar-se pela positiva e deixar uma marca única na memória dos jogadores, colocando-se assim no patamar de um dos melhores jogos de sempre da PlayStation 5.
Análises
Stellar Blade
Um jogo incrível com gráficos impressionantes e que nos leva a questionar as nossas morais a cada decisão que tomamos.
Os Pros
- Grafismo realista;
- Variedade na jogabilidade;
- Combate acessível;
- Mundo que incentiva a exploração.
Os Contras
- Histórias secundárias mereciam ser mais exploradas.