The King of Fighters (oficialmente abreviado para KOF) é uma série de videojogos de luta criada pela SNK, mais conhecida pelo seu catálogo enorme de personagens e pela sua jogabilidade baseada em equipas.
O primeiro jogo foi lançado em 1994 e depois de várias sequelas (as primeiras sendo lançamentos anuais), o mais recente da franquia, The King of Fighters XIV, saiu como exclusivo da PlayStation 4 em Agosto de 2016. No ano seguinte, teve versões nas arcades e nos computadores via Steam.
The King of Fighter XIV – Análise
As Sagas de KOF
The King of Fighters sempre foi um jogo de luta em duas dimensões com visuais baseados em mangá, protagonizado pela sua jogabilidade de equipas de três.
A história de KOF é neste momento dividida por quatro sagas (o primeiro jogo, KOF ’94, conta como prólogo): a saga Orochi, a saga NESTS Chronicles, a saga Tales of Ash e a mais recente quarta saga ainda por ser nomeada.
Esta nova saga começou com o lançamento de KOF XIV e foca-se numa nova personagem, Shun’ei da China Team, como a sua protagonista.
Nesta análise, falarei de vários pontos do jogo, portanto Ready?! Go!
Jogabilidade
KOF XIV é um jogo de luta de quatro botões: soco fraco, soco forte, pontapé fraco e pontapé forte, excelente para consolas onde os comandos têm normalmente quatro botões face.
Em certas personagens, estes botões premidos ao mesmo tempo que uma direção, pode causar um ataque diferente. Um exemplo disto vê-se na Kula Diamond com o seu ataque de espirro, premindo no soco forte enquanto se prime para a frente.
E a falar de personagens, The King of Fighters XIV quebra o recorde da franquia de mais personagens novos com 21 personagens completamente novas na franquia! Com 16 equipas no jogo base e mais o sub-boss e o final boss, o jogo totaliza um elenco de 50 personagens jogáveis. Um número completamente ridículo!
Além disso, KOF XIV teve dois Season Pass com 4 personagens cada. Com isso, o jogo e os seus extras contêm 58 personagens jogáveis.
A jogabilidade de equipas
A jogabilidade de equipas de KOF não funciona da mesma maneira que Assist Fighters como o Marvel Vs. CAPCOM ou DragonBall FighterZ. Cada lado tem três lutadores e quando um lutador perde, o segundo lutador da equipa entra em jogo. A personagem vencedora não recupera a vida toda, mas apenas parte dela.
Ao contrário dos outros títulos principais da série, que usavam animação com sprites desenhados à mão, KOF XIV usa modelos 3D para as personagens, tornando o jogo num título 2.5D.
Existem mecânicas no jogo fáceis de aprender, mas difíceis de aprimorar como o Max Mode, Climax Desperation Move e os cancels (do Super Cancel ao mais avançado Neo MAX Cancel).
De maneira a tornar o jogo mais acessível a iniciantes, se o jogador premir o botão do soco leve repetidamente, ele executará uma combinação de golpes automática intitulada de Rush Mode. Isto fará menos dano que se o combo tivesse sido feito com os inputs normais.
Conteúdo Offline
KOF XIV mantém a tradição dos lutadores nipónicos contendo um modo arcade (que funciona como história), um modo versus, um practice (contém também desafios e Combo Trials), um online e uma galeria. Nada de muito especial em qualquer um dos modos, mas tenho de dizer que o menu é super intuitivo!
O jogo contém vários níveis de dificuldade que são caracterizados numericamente, entre o 1 (o computador mal se mexe) e o 5 (o computador fará de tudo para fazer o jogador chorar e formatar a consola).
Para me manter o mais informado possível, eu passei a arcade em TODAS as dificuldades. Esta foi a minha experiência.
Dificuldade
Das dificuldades 1 à 3, não existiram problemas. A 1 e a 2 os computadores parecem o estereótipo do irmão mais novo que não sabe jogar, enquanto que o 3 já é a dificuldade normal de um KOF, sendo que o final boss (Verse) pode vir a dar problemas a iniciantes.
A dificuldade 4 já começa a ser desafiante, mas os mais confiantes nas suas habilidades ficaram bem. O problema é a quinta e última dificuldade.
Preparei-me mentalmente, escolhi a minha melhor equipa e comecei. Nesta dificuldade, o computador torna-se no estereótipo completo de um asiático a jogar. Tudo o que a personagem dele pode fazer melhor, ele fará.
Começando esta minha arcade por volta da uma da tarde, eu cheguei à batalha com o Verse uns minutos depois, apesar de alguns problemas.
Esta foi a luta mais esgotante da minha vida.
O Verse fez de tudo para me mandar abaixo, espezinhar-me, rir-se na minha cara e ainda me cuspir no processo.
Foi provavelmente o desafio mais horrível que passei na minha vida inteira. Quando o Verse finalmente caiu, por volta das seis da tarde, eu gritei de alegria. Atirei os meus braços no ar e senti a humanidade toda a bater palmas por eu os ter salvo de tal ameaça.
Voltava a repetir? Hahahaha, NÃO.
Bem, vamos lá acabar esta análise antes que o meu cérebro derreta depois desta.
Conteúdo Online
O palco online do KOF XIV contém os básicos modos de lobby, ranked e até de criação de salas privadas para se jogar com os amigos, mas já não há quase nenhum jogador online, devido à idade do jogo.
Apesar disso, arranjei uns jogadores e consegui ver que a netcode não é má, apesar de me lembrar de problemas graves nas versões iniciais do jogo.
Os lobbies não só contêm um chat de texto e voz integrados como também contêm uma opção de Crowd SE que permite aos espetadores torcerem, aplaudirem ou reclamarem com um dos jogadores na luta.
Outros detalhes interessantes também incluem colocar o perfil online como privado e um modo de treino online.
The King of Fighter XIV – Análise | Juízo Final
The King of Fighters XIV já não é um jogo recente mas, apesar disso, não deixa de ser um jogo de luta sólido para se jogar, seja sozinho ou acompanhado.
Com o enorme placar de personagens, o jogador não terá de se preocupar com falta de táticas ou planeamento, visto que se podem fazer milhares de equipas e formações diferentes.
Análises
The King of Fighter XIV
Apesar do quão bom o KOF XIV é, ele não passa disso. Não há nada no jogo que seja inovador ou fora do normal nem dentro do género, nem na franquia. Apesar disto, volto a repetir que o jogo não deixa de ser bom.
Os Pros
- Visuais dos especiais incríveis, com bom trabalho de câmera
- Jogabilidade fácil de aprender com apenas 4 botões e um combo automático
- 50 personagens base que criam milhares de equipas e formações
Os Contras
- Online quase vazio
- Pico na dificuldade fica mais aparente à medida que se vai aumentando