Em comparação com outras forma de media, a animação japonesa sempre teve uma propensão para animar histórias com protagonistas adolescentes, o que aliado à crescente popularidade do género slice of life permitiu transmitir várias séries, em cada temporada de anime japonesas, sobre personagens num ambiente escolar ostensivamente normal.
Contudo, anime e realidade às vezes podem ser bastantes diferentes e isso também é verdade no que toca a escolas do anime e do mundo real!
O site My Navi Gakusei no Madoguchi questionou recentemente 114 fãs de anime que se encontram atualmente na faculdade (o que significa que todos eles tiveram uma experiência completa do ensino secundário japonês). Os investigadores perguntaram aos participantes que cenários eles costumam ver nas secundárias de anime que não vêem nas da vida real.
Os dados foram agrupados em quatro categorias. Vejam abaixo!
Top Diferenças entre Escolas em Anime e Escolas Japonesas
#1 – Alunos do Ensino Secundário que Vivem Sozinhos
Ou porque os pais morreram, casaram novamente ou se mudaram para o exterior a trabalho, muitos protagonistas de animes possuem a sua própria residência particular (o que facilita nas visitas regulares clandestinas do sexo oposto). Mas na realidade, é tão improvável encontrar um estudante japonês a viver sozinho como nos Estados Unidos da América ou qualquer outro país desenvolvido do Ocidente.
Confirmou um entrevistado:
A não ser que seja num dormitório estilo internato, eu nunca vi ou ouvi falar de um aluno do ensino secundário da vida real a viver por contra própria.
#2 – A Associação de Estudantes Possui um Poder Inacreditável
Enquanto a juventude é idolatrada na sociedade japonesa, a autoridade quase sempre repousa com aqueles com maior experiência (logo, mais idade). Isto é reforçado na administração da escola, já que os alunos mais velhos encontram-se na preparação para os exames de admissão na universidade (que são extremamente importante num país onde os empregadores atribuem um grande valor ao prestígio da faculdade onde o candidato se formou).
Então, realmente, a situação apresentada por muitos animes – em que a associação de estudantes tem a capacidade de tomar decisões significativas sobre as regras da escola e outras operações – é bastante ridícula.
Eu era um membro da associação de estudantes e não tínhamos muita autoridade real.
#3 – As Escapadelas para o Telhado da Escola
Desenvolver uma história numa escola é uma faca de dois gumes para os criadores de animação japonesa. Por um lado, ter todos os personagens no mesmo lugar torna mais fácil criar um ambiente ou fazer um personagem “chocar” num outro ou simplesmente realizar uma reunião entre eles. Mas, por outro lado, também torna impossível dar privacidade aos personagens para uma reflexão solitária, conversas íntimas ou outros momentos importantes da história.
A solução é então ir colocando as tais cenas no telhado da escola. Isto até oferece o bónus de poder usar as cores, condições do céu e o ambiente à volta para destacar o que lhes convém, fazendo uso de flores de cerejeira para um romance ou nuvens de tempestade para mostrar a existência de problemas.
Contudo, algo que as cenas no telhado não oferecem é realismo extra.
Muitas vezes tu vês personagens a correr para o telhado quando estão chateados com alguma coisa, mas na minha escola nós não tínhamos autorização para subir até lá.
Mas bem.. os adolescentes quebram regras o tempo todo, certo? Claro, mas isso não vai ajudar em nada quando “as escolas fecharem as portas que dão acesso ao telhado”.
#4 – A Escola está cheia de Rapazes e Raparigas Muito Bonitos
Não existem assim tantas pessoas bonitas na escola real.
Se vocês julgarem apenas a partir dos personagens de anime são induzidos em erro ao pensar que a escola está cheia de pessoas extremamente bem parecidas, com cabelos perfeitos, peles impecáveis, atletas profissionais ou raparigas com corpo de modelo.
A verdade, no entanto, é de que nas escolas japonesas vocês verão acne, gordura, cabelo penteado à pressa depois de adormecerem e todos os outros aspetos embaraçosos da passagem do ser humano pela adolescência até à fase adulta.
É claro que embora essa estranheza visual seja uma parte mais ou menos universal do processo de crescimento, não é necessariamente agradável. Ao trabalhar num meio em que os criadores têm controlo total sobre o visual dos personagens, não é difícil de imaginar o porquê de os artistas quererem suavizar estes aspetos mais desagradáveis (ajudando a promover uma atmosfera mais “fixe” para os telespetadores adolescentes e fornecendo uma nostalgia feliz aos telespetadores mais velhos).
Praticamente a mesma coisa pode ser dita sobre tudo o resto desta lista, como cada um serve para aumentar a carga dramática ou para dar um controlo mais imediato aos personagens dos seus próprios destinos. O que torna uma narrativa mais satisfatória, mas não necessariamente mais realista.
E vocês, que mais diferenças encontram entre Escolas em Animes e Escolas Japonesas?
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Fonte: Rocket News 24