O episódio 2 de Trigun Stampede não desiludiu. É tão action packed quanto o primeiro, e a animação mantem-se consistente. E o melhor de tudo é que tem momentos de partir a rir!
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Trigun Stampede Episódio 2 – Opinião
Lágrimas de crocodilo
O episódio abre de forma muito curiosa. Vemos Vash a fazer a manutenção da sua arma com uma foto de Rem e do seu irmão ao lado, enquanto um pequeno rádio reforça o quão importante as Plants são. Adorei este pormenor, especialmente porque tem uma aura muito intimista (já que é raro vermos Vash completamente sozinho) e porque nos expõe informação de forma subtil e interessante.
Cortando diretamente para a entrevista de Meryl, o argumento de Vash ter um irmão gémeo que anda a sujar o seu nome por ter uma cara igual à sua parece uma desculpa saída de uma telenovela (mesmo sendo, de facto, verdade). Nem as lágrimas de crocodilo serviram para provar a Roberto e a Meryl que ele é mesmo só um tipo (muito) fofinho.
Run Vash Run!
Tal como tinha especulado, não foi surpreendente ver a cidade inteira a tentar matar Vash enquanto ele corre desenfreadamente. Aliás, esta sequência é muito familiar para os fãs de Trigun, já que é sempre hilariante ver Vash a pular e a malhar a torto e a direito. Agora, com a nova animação 3D, a coisa ganha nova vida, com rotações de câmara estonteantes… no bom sentido!
No meio de tanta peripécia, Vash lá consegue escapar, mas é apanhado em flagrante à porta da cidade. Sem surpresas, Vash não oferece resistência, pois compreende as motivações dos cidadãos, oferecendo-lhes um sorrio triste. Esta sua expressão é especialmente heartbreaking para mim, porque ele nunca fica ressentido, e essa falta de rancor impressiona até os amigos que agora lhe apontam armas.
Olhem só quem voltou…
Nunca esperei rever a família Nebraska neste remake! Especialmente por o pai parece o Rick (do Rick and Morty) e o filho Gofsef, uma criação do Frankenstein. De facto, a família Nebraska é um dos fenómenos mais bizarros de Trigun que ninguém questiona, porque nem vale apena. Ironicamente, são eles que “salvam” Vash de ser capturado, mas arranjam-lhe ainda mais problemas. Contudo, o maior problema é quando pai e filho se apercebem que nem vale apena correr atrás de Vash, quando têm uma Plant de igual valor ali mesmo ao lado.
Digamos que a estratégia da população da cidade saiu pela culatra. Numa questão de minutos, ficaram sem Vash e sem Plant. E eu até diria “bem feita!”, mas não posso, porque o Vash ia-me dar na cabeça e dizer que o mais importante é ajudar as pessoas. E com isto, ele dá meia volta, e regressa à cidade para salvar outra vez o dia.
O mestre do bailado
Trigun Stampede decidiu mesmo arranjar uma fight icónica para cada episódio! Já em 1998, o episódio em que Vash se esquiva do punho intimidante de Gofsef é um dos pontos de viragem mais importantes na história. Neste contexto, a cena tem uma carga emocional menor, é mais goofy, mas isso não significa que seja pior. Acho que é apenas diferente.
Aliás, agora é impossível sair-me da cabeça o Vash a fazer um breakdance que termina em pontas, como a bailarina delicada que ele é. Vocês nem sabem o quanto eu me ri! E foi assim, com uma dance fight, que Vash conseguiu converter a família Nebraska ao amor e à paz, acabando até por ajudar Gofsef. Ok, eu fiz isto soar demasiado fácil… é claro que antes de tudo isto, Vash foi forçado a ter ainda mais momentos cool, porque ser um bailarino digno de Lago de Cisnes só não chega. Disparar a bala dele contra a do inimigo… isso sim, é algo com uma probabilidade de sucesso de 1 em 10000.
Chiff hanging ilegal
O final do episódio é… cruel. Vash tenta bazar sem dizer nada a ninguém (como sempre), mas é intercetado por Roberto, uma personagem cujo prepósito eu ainda não entendi muito bem. Ele parece entender que o Vash é um homem com muitas angústias, talvez porque este Vash é menos bom a esconder a sua melancolia que o de 1988 mas, mesmo assim, eu acho que ele continua a ser uma pessoa difícil de ler. Porém, Roberto parece ser especialista em pessoas com stress pós-traumático (quem sabe?).
Já Meryl, reage de forma mais sensata e espectável à moralidade de Vash. Ela não entende as suas motivações e acusa-o de cobardia, até ele a questionar acerca das consequências de escolher a violência. De certo modo, ela tem uma atitude mais plausível do que Roberto, e depois de testemunhar Vash a revolver conflitos com dance fights, surge-lhe um certo brilho de encanto e curiosidade nos olhos.
Já eu, não fico encantada por ter de esperar uma semana para saber o que raio são aquelas aranhas robô da “tecnologia perdida” que explodiram com o Gofsef. Eu bem me parecia que isto estava demasiado feliz, mas tal como o Vash, eu tinha esperanças. Tenho quase a certeza que isto é coisa do Knifes… só pode ser. Qual a razão para escolher Gofsef como vítima? Terá sido algo aleatório? O que é que Knifes pretende obter com tudo isto? É mesmo ele o culpado? Sábado… vem depressa T-T
E vocês? O que acharam de Trigun Stampede Episódio 2? Comentem abaixo a vossa opinião!
Até para a semana!