Título: Trinity Seven
Adaptação: Manga
Produtora: Seven Arcs
Géneros: Comédia, Romance, Magia, Fantasia, Harem
Trinity Seven | Enredo
Esta comédia romântica gira em torno da vida de Arata Kasuga. Tudo começa com o incidente que ficou conhecido por “Breakdown Phenomenon“, que causou a destruição do mundo e levou a prima de Arata, Hijiri Kasuga, para outra dimensão. Decidido a trazer a rapariga de volta, e em resultado de alguns acontecimentos que inclusive explicam o Sol Preto que agora paira no céu, Arata alista-se na Royal Biblia Academy, um local repleto de raparigas mágicas com particular destaque para um grupo de nome: “Trinity Seven“. Com tanta beleza feminina à sua volta, será o raparz capaz de dar seguimento às intenções que o levaram àquele estabelecimento de ensino mágico?
Se pelo elenco é fácil perceber que o harem é o género predominante desta série, quem por aí não chegou a essa conclusão teve oportunidade de conferir isso mesmo logo no arranque da série, quando o protagonista Arata acordou para mais um dia da sua vida com a mão num dos seios da prima Hijiri. Eu faço parte do grupo dos despercebidos e, talvez por isso, não seja da mesma opinião dos grandes elogios que por aí têm surgido em relação a Trinity Seven.
Começando por espreitar o grupo de personagens principais, todas elas – e aqui estou-me a referir às sete raparigas que dão nome à obra em conjunto com Arata – deverão ser o grande centro das atenções e aparentam ter arcaboiço para isso, pelo menos as mais exploradas até à data: Arin Kannazuki, Levi Kazama, Lilith Asami. A personalidade única de cada uma delas será a chave do sucesso, visto que não há cá repetições ou maneiras de pensar comuns, algo que poderá resultar nas mais ricas e variadas discussões, peripécias e atos cometidos quando menos se esperam.
Se o ponto referido no parágrafo anterior parece estar bem construído, as coisas poderão não correr tão bem nos momentos conjuntos deste grupo de personagens, particularmente no que à parte sensual e ecchi diz respeito. Os comentários de Arata demonstram descontração e sinceridade por parte do jovem nos momentos mais perversos, quer em termos teóricos como práticos, dando lugar a cenas cómicas muito caraterísticas. No entanto, e chamo à atenção que esta é apenas uma primeira impressão, quando se juntam mais de duas raparigas do grupo feminino de sucesso as ideias criadas denotam falta de originalidade e de bom senso. Veja-se o segundo episódio, quando Arata se vê aprisionado num quarto com três das protagonistas e o caos despoleta porque Lilith começa a ter urgência em urinar, problema esse que se mostra contagioso e rapidamente chega às outras duas estudantes. Rídiculo! Vontade de urinar? Sim, estou mesmo a falar a sério. Uma escolha pior é mesmo difícil de imaginar, o que faz Trinity Seven perder uma parte considerável da sua boa cotação. Afinal, depois disto qual é o momento caricato que virá a seguir? Dá que pensar!
Trinity Seven | Ambiente
O desenho está muito bem conseguido, algo fundamental para uma série cujos momentos de maior interesse obrigam a que a sensualidade dos corpos femininos esteja no seu máximo potencial. Diria mesmo que a exibição ecchi de Trinity Seven é feita com mais classe e caráter do que em algumas produções, por não se preocupar em aumentar desmesuradamente os corpos esculturais das raparigas. O exagero também tem os seus limites.
Se não me falha a memória, esta é a primeira série da temporada que vejo e cujo primeiro episódio arranca diretamente com o opening do anime e não com uma cena introdutória. Seja como for, tanto esta abertura de que falo como o ending da trama demonstram qualidade, tanto a nível musical como de vídeo. Ainda que o destaque propriamente dito vá para o opening que está realmente bem sincronizado com a história criada. A banda sonora, pelo menos para já, passa sem ninguém dar por ela.
Trinity Seven | Potencial
Como já disse, o harem e o ecchi juntam-se à magia e à comédia para tentarem fazer desta adaptação uma obra marcante. Quem não se enquadra nestes géneros só vai olhar para isto como uma perda de tempo, enquanto que os que aqui se identificam poderão apreciar bastante este anime bem alicerçado. A grande questão que se coloca é se as peripécias seguintes terão mais interesse que a do segundo episódio, e como será o levantar do véu pousado sobre as cenas de ação inevitáveis, mas que até agora ficaram guardadas?
Até à data, Trinity Seven revela-se uma produção mais elegante e comedida do que, por exemplo, High School DxD, fator este que poderá dividir muitas opiniões. O ponto forte da obra reside nas personagens criadas, nos diálogos dos protagonistas que misturam a sinceridadade com a perversidade e no desenho bem elaborado e bem tonificado. No entanto, ainda que sejam vários os fatores positivos, a história terá que enveredar por melhores caminhos para a série subir de nível, ou este será um projeto desperdiçado.
Análises
Trinity Seven
Uma produção que para já se destaca pelas personagens bem construídas que apresenta e pelo aspeto visual. A qualidade da história inerente virá a ser determinante para a conquista de mais adeptos.
Os Pros
- Produção Visual
- Personagens
- Enredo
Os Contras
- Banda Sonora