Título: Tsurune | Tsurune: Kazemai Koukou Kyuudoubu
Adaptação: Light novel
Estúdio: Kyoto Animation
Demografia | Género: Drama, Vida Escolar, Desporto
Tsurune | Opening
“Naru” – Luck Life
Tsurune – Primeiras Impressões
Esta temporada não estou a acompanhar muitas séries, decidi dar uma pausa e tentar ver tudo o que deixei em lista de espera. Todavia, houve uma série que não consegui negar: Tsurune.
Muitos podem pensar que escolhi assistir e analisar por ser um original de Kyoto Animation, estúdio responsável por algumas das minhas obras preferidas tais como Free!, Hibike! Euphonium, Munto, Kyoukai no Kanata, entre outras. Contudo, ser adaptado por este foi apenas um saboroso bónus.
Durante o 2º ciclo e mais tarde na universidade pratiquei tiro com arco. Uma vertente diferente da abordada em Tsurune, uma vez que em Portugal o arco mais usado é o recurvo (também chamado de arco olímpico) e o arco compound.
Em Tsurune, a modalidade abordada é o Kyudo, uma arte marcial japonesa de tiro com arco. É bastante diferente da modalidade que pratiquei, possui um ritual próprio com um arco e flechas adequados a esta arte ancestral.
A quantidade de detalhes que distingue as modalidades japonesa e ocidental é tal que o nome Kyudo raramente se encontra associado à modalidade de “tiro com arco”, sendo considerado algo à parte. Porque o é. E poderão ter percepção disso nos primeiros momentos do anime.
Não possuo – ainda – muito conhecimento sobre Kyudo, pelo que não poderei nestas primeiras impressões comentar o rigor da adaptação. Contudo, farei os possíveis para vos dar o melhor feedback possível enquanto fã de anime e do desporto em si.
Tsurune – O novo Free! de Kyoani
Um dos primeiros comentários que li em relação a este anime é que seria um novo Free!, e digo isto no sentido pejorativo: uma salada de fanservice, para um público de fujoshis apaixonadas.
Admito que o primeiro episódio deixou-me pensativa dada as semelhanças com algumas das personagens. Temos um Nagisa womanizer (oh ironia…) e um Makoto versão mais dark.
Todavia, e felizmente, o segundo episódio abriu o leque para um desenvolvimento mais reconfortante dos protagonistas e personagens secundárias. Acabei por ficar mais descansada no que diz respeito à não repetição do “drama queen style” de Free!.
Tsurune – Animação ao estilo Kyoto Animation
Algo que se manteve relativamente a Free! e Hibike! foi a estrondosa animação. É um estúdio de excelência, dos melhores estúdios japoneses de animação e, damn, eles não falham!
A animação é fluída, orgânica, com os movimentos corporais do arqueiro em perfeita sintonia. Os cenários são harmoniosos, claro que existem cenas de perder a respiração, mas não a toda a hora. São consistente de uma forma geral, abusando na excelência nos clímax narrativos.
A banda sonora suave preenche os espaços vazios sem se sobrepor. Ela está presente mas consegue passar despercebida, quando a ouvimos confirmamos que são melodias orquestradas com qualidade.
O que podemos esperar de Tsurune?
Honestamente, estou a adorar o anime! Após o segundo episódio senti uma frustração que há muito não sentia de não existir mais episódios – nem manga! – para absorver. A história parece consistente e sem fantasias ou super poderes na arte de Kyudo. O protagonista tem um obstáculo a ultrapassar que não será um milagre que o fará vencer. Gostei desse toque final do segundo episódio e, se continuar assim, poderá tornar-se num anime de culto.
Não acredito que possua a fórmula para ser tão popular quanto Free! – apesar de se notar uma necessidade parva de puxar o fanservice no opening. O que não é mau! Quem sabe esse desvio da linha mais populista transforme Tsurune num Hibike do Tiro com arco (ok, continua a não ser um bom exemplo! KyoAni, não podes criar nada sem fanservice?!).
Tsurune | Trailer
https://www.youtube.com/watch?v=iNLsVen71QI