Mais um excelente episódio de The Promised Neverland! Sei que o pessoal do manga tem achado que tudo está a acontecer muito rápido (e realmente a parte de encontrarem o esconderijo foi num pulo), no entanto contar as coisas ao passo do manga não sei o quanto daria para adaptar. Saiu há uns dias uma notícia de que o anime terá “enredo original” por parte da própria mangaká e há quem especule que será a partir do próximo episódio. Ninguém sabe realmente se será uma mudança drástica na história ou apenas informações extra não reveladas na obra original. Teremos de esperar para ver.
Mas vamos ao que interessa: à análise do episódio 3, da 2ª temporada de Yakusoku no Neverland. Afinal nem tudo é aquilo que parece, né?
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Yakusoku no Neverland 2ª Temporada – Episódio 3 | Opinião
Sonju, o naturista
Então não é que o senhor padre afinal gosta de comer umas criancinhas? (pun intended) Nós a pensar que ele era puro do coração e da boca e, no final de contas, só não é adepto de comida transgénica, gostando de tudo ao natural – se é natural e selvagem pode ser comido. A atitude dele parece aquelas beatas que bem conhecemos que são muito devotas da igreja, mas depois andam a dizer mal das aldeias todas – mas nosso senhor tudo perdoa se lá formos de joelhos. Ai ai Sonju, bela beata me saíste.
Mesmo sendo cruel, a ideia dele é mais ou menos… “justa”. Ajudo-te a escapar e depois como os teus filhos. Epa, se calhar precipitei-me, mas aqui há um paralelismo com a promessa que foi feita inicialmente entre demónios e humanos para que houvesse paz: sacrifica-se alguns para que todos os outros possam viver. Neste caso, a ideia do Sonju é que a Emma e restantes sacrifiquem os seus descendentes para que possam continuar vivos. E no entretanto ele ajuda-os matando os demónios que possam estragar o seu plano. Olhem que bom moço de igreja.
Pelo menos a Mujika parece realmente ter-se afeiçoado às crianças e segue a sua religião a sério, seja a carne fabricada ou não. Não me parece que ela vá entrar na onda do Sonju e petiscar uns humanos, mas já se percebeu que em Neverland nada é assim tão linear. Aliás, o amuleto que ela ofereceu à Emma não está com muita cara de ser um localizador? O anime focou no objecto e detalhou-o, pelo que me parece ser algo que terá destaque futuramente. Se é um localizador ou não é aquilo que temos de descobrir e avisar a Emma que o enterre.
Sobre estes demónios foi interessante perceber que para desencorajar a população dali (ou da mesma religião) a salvar ou ajudar humanos que escapem das quintas, é oferecida uma recompensa tal que permite a quem entregue os fugitivos viver descansadamente durante seis meses. Se vos oferecessem uma recompensa do mesmo género vocês também entregariam uns bebés para o abate? Digam-me lá a verdade.
Bom demais para ser verdade
A maior parte deste episódio foi um: isto está a ser tudo bom demais para ser verdade. Aliás, o facto de tudo estar a correr tão bem até me estava a deixar ansiosa, porque sabemos que quando assim é alguma merda acontece.
Agora falta ir para as especulações sobre o que poderá ter sido aquele búnquer. Tenho três possibilidades:
- Ou aquilo é uma quinta abandonada, tal e qual como a de onde eles fugiram, já que possui todos os meios necessários à subsistência – no entanto, achei estranho o facto de ser debaixo de terra. Qual a necessidade? Seria uma quinta “ilegal” antes de existir a tal promessa entre demónios e humanos? Caso contrário porquê construí-la abaixo da superfície?;
- Ou é um esconderijo preparado pelos humanos, aka da laia do William Minerva, para ajudar aqueles que, como eles, conseguiram fugir dos matadouros. Contudo, se o mundo está dividido há 1000 anos e a quinta parece ser “recente” não estou a ver ser isto possível;
- Ou, e tendo em atenção o “help room“, era o local onde as futuras mães/irmãs estavam confinadas. Lembram-se que a Isabella quando engravidou estava num sítio escuro fechada? Podia ser algo do género (se bem que ela tinha uma janela e este não – fica a ideia), ou então onde estavam os médicos ou pessoal necessário nessa altura.
Qualquer que seja o caso é possível afirmar que já alguém ali passou antes e há bastante tempo (isto vendo pelos biscoitos podres que estavam na sala dos monitores). Também pelo quarto onde estava escrito “help” em todo o lado depreende-se que quem ali estava, estava contra a sua vontade, seja por terem descoberto que aquilo era uma quinta de criação de humanos ou porque outros, como eles, começaram a dar em malucos ali fechados muitos dias.
Ou então seria engraçado se este quarto fosse tipo aqueles locais dos reality shows onde os concorrentes vão lá bater com a cabeça nas paredes.
A perda está para breve e… chegada do William Minerva?
Seis dias fora da quinta e ainda ninguém morreu? As crianças que ninguém dava atenção agora têm tempo de antena e nomes? Bem, algum deles vai falecer em breve. Qual a vossa aposta? Eu diria o Phil (estou a brincar, quem leu as minhas opiniões à temporada 1 de The Promised Neverland entende a birra), mas podia ser algum dos miúdos chatos que estão sempre a berrar, os meus ouvidos agradeciam.
Para além de alguém ir morrer, outros personagens irão entrar. Será o William Minerva? Eu diria que não. A chamada no final pareceu-me ser algo que foi activado com a caneta na porta e não que ele soubesse de alguma forma que eles estariam ali. Também poderá ser possível que ele (ou outro) ligue para lá todos os dias à mesma hora com esperança que alguém lá chegue, mas continuo a achar que foi tudo activado pela caneta, para não correrem riscos. Se tiver sido activado pela caneta então é sinal que existe no mundo dos demónios várias destas espalhadas pelas quintas, à espera que algumas das crianças mais inteligentes entendam como usar – o que leva a considerar que a Krone ter encontrado a tal caneta não tenha sido por mero acaso.
Ainda sobre o William Minerva fica a questão: amigo ou inimigo? Eu diria amigo. Ele, ou quem esteja por detrás do nome dele (uma organização por exemplo), não acredito que esteja do lado dos demónios (ou seja um). Para bem da narrativa nunca seria possível irem de um lugar mau (a quinta) para um ainda pior, sem qualquer chance de sobreviverem. O William Minerva é a tábua de salvação deles e cortarem-lhes as pernas aqui iria fazer com que acabassem por morrer mais cedo ou mais tarde – ou que terminassem por simplesmente viver ali para sempre e nós não queremos que o resto da temporada vire um slice of life ranhoso.
A verdade é que este episódio para além de terminar, novamente e como já esperado num belo cliffhanger, deixa várias pontas soltas a serem respondidas:
- O que é o “amuleto” que a Mujika deu?
- Aquele búnquer era uma antiga quinta?
- Era mesmo William Minerva no telefone?
- O que se passou naquele quarto?
- Quem será o primeiro a bater as botas?
- Onde está o Norman?!
Várias perguntas e nenhuma resposta. O que vocês acham?
Pensamentos Finais:
- Olhem crianças, o sítio onde podem procriar carninha para eu comer
- Será esta a cruz da religião do Sonju?
- Este mini Norman tem as expressões mais engraçadas de sempre
- Finalmente o Ray voltou a ser o emo de sempre! Bem-vindo emo-chan
- Eu, no Inverno, com a água nos 45 graus
- Tu outra vez Phil? Nem comecemos de novo o jogo (」°ロ°)」
- Até para a semana!
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