O que raio querem fazer com o meu Norman? Se ele morre eu deixo as análises a meio! Era só o que mais faltava.
O episódio 7 de The Promised Neverland abrandou um pouco, felizmente, e voltou a dar ênfase às conversas mais profundas entre os personagens. Isto só tem um óbvio senão: parece que não aconteceu nada durante 20 minutos… Eu mesma não sei sobre o que falar para que fique uma opinião em condições. Acho que vou descobrindo à medida que for escrevendo. Acompanhem-me.
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Desiste Emma | Yakusoku no Neverland 2ª Temporada Episódio 7
Os poderes da Mujika
Ok, então a Mujika não tem sangue real nem nada do género, mas sim “poderes” como o Norman disse. Isto está-me a cheirar que vai virar Fairy Tail e tudo se resumirá ao poder da amizade.
Pensei que iam mostrar mais da história dela, mas parece que não – tal como não mostraram do Norman. Pode ser que isso aconteça quando eles os encontrarem e forçosamente tenham de dar mais informações ao espectador. Não sei se este é um dos detalhes que os leitores do manga não gostaram, porém acho bastante conveniente existir um demónio assim, cujo sangue permite transformar demónios racionais e selvagens em espécies que não necessitam de consumir carne humana para continuarem a ter intelecto. Aliás, os que consomem uma gota do seu sangue acabam por ficar com esses tais “poderes” também e a conseguir fazer o mesmo que ela.
Não é demasiado? Está-se mesmo a ver que o final da obra será tornar todos os demónios em não comedores de humanos, na união dos dois mundos e a viverem todos felizes para sempre enquanto comem churrasco. É isto que eles pretendem fazer, sinceramente? Eu entendo a parte de os demónios se adaptarem ao que consomem e tal, mas é possível o sangue da Mujika ser assim tãooooooooooo especial que só uma gotinha de sangue faça tamanha transformação? É um exagero alguém passar de um nada para um tudo. Se fossem descendentes dela que iam aumentando esse pormenor, até que faria mais sentido. Ser ela assim do nada… Não existe mais nenhum em todo o mundo dos demónios que tenha iguais características? Parece uma forma fácil de resolver tudo, simplesmente, e é disso que não gosto. Criam um mundo super interessante com várias camadas (já dizia o Shrek) e depois a solução é tão fácil que crianças (inteligentes sim, mas crianças) facilmente resolvem.
Outro questionamento que este episódio me deu, e nunca tinha pensado nele, foi:
Afinal quantos anos vivem os demónios?
A Mujika já percebemos que é especial porque parece ter 12 anos e tem pelo menos 700 (quem me dera estar assim quando chegar aos meus 700). Mas e os outros? Têm uma esperança média de vida igual à dos humanos? Será que eles vivem o mesmo tempo da espécie que comem? Dessa forma, o plano da Emma não vai acabar por dar porcaria na mesma? Pensem comigo.
De momento temos demónios que se alimentam de humanos e que se reproduzem de forma, penso eu, igual a estes. Eles deverão viver até aos 80/90 anos por esta ordem de ideia. A Mujika tem 700 anos. Uma pessoa não come em 90 anos a mesma quantidade do que aquela que vive 700. Se for ideia a Mujika (e o Sonju, presumo) transformar todos os demónios, quer dizer que estes demónios também vão viver centenas de anos (ou milhares, sei lá)? Se esses demónios se reproduzirem normalmente e os filhos seguirem o mesmo caminho, quantos anos serão precisos até não haver mais espaço nem alimento para tanto demónio que não morre? Terão que se comer uns aos outros na mesma? Terão que invadir o mundo humano e, aí, voltar tudo ao que estava antes e iniciar outra guerra?
No final tudo será igual com o plano da Emma. Emma, desiste.
A ideologia irritante da Emma
Quem está comigo que já não aguenta o optimismo desta pirralha? Já todos entendemos que ela faz parte do PAN e quer salvar o mundo todo porque os demónios também têm crianças, velhos e famílias. Estamos em guerra, cabeça de caramelo! Achas correcto seres egoísta ao ponto de colocares as crianças que tens sobre a tua alçada em perigo? É mais importante salvar o inimigo do que a tua família? Deixa-me que te diga que tens as prioridades bem trocadas. Podes querer salvar os demónios, tudo muito bem, é lá contigo, mas não tens o direito de pôr em risco as crianças que tiraste da quinta. Não tens direito sobre a vida deles e o que tu estás a fazer é brincar com elas. Se morrerem que se lixe, aconteceu. Queres saber mais da Mujika e do Sonju que dos miúdos com quem passaste a tua vida toda?
Olhem que tolinha, estou eu a falar para a Emma como se ela fosse ler esta análise. Pelo menos nisso tiro o chapéu ao anime, a Emma está bem escrita ao ponto de me irritar. É porque acredito na estupidez dela.
O que me chateia nisto tudo é que o Norman se vai lixar por causa das ideias dela.
Somos todos egoístas
Tirando o egoísmo da menina Emma que está muito bem assente, o mundo de The Promised Neverland é igual ao que bem conhecemos. Cada um olha bem para o seu umbigo e os outros que se amanhem. Os nobres demónios sabiam da existência da Mujika e do seu potencial, mas escolheram eliminá-la (ou foi o Norman?) e a todos aqueles que ela já havia transformado. Os humanos podiam também ter tentado fazer alguma coisa (ou pelo menos não fazer nada), e mataram o Minerva e todos os seus apoiantes, mostrando bem de que lado estão.
Os governantes demónios conseguem controlar a sociedade e continuar no poder e os humanos conseguem manter a sua vida pacata e, decididamente, ganhar muito dinheiro com isso.
É triste, no entanto um mundo como a Emma imagina não existe nem tem possibilidades de tal. O egoísmo vence sempre e o dinheiro também.
O meu pobre Norman
Sempre que falo no Norman não é para mais nada que dizer mal do que estão a fazer com ele. Alguém me explica o que foi aquela parte final que só se salvou a música da Isabella? Para quê mostrar de novo imagens do que se passou na primeira temporada e depois 5 segundos com uma frase nova? O estúdio está assim tão atrasado que precisou de ganhar uns minutos ali? Já não basta a animação estar mais “pobre” em termos de técnicas usadas, depois usam minutos preciosos para repetir o que já foi animado… Deverá ser isto, mas o que podemos descobrir aqui? É a voz do Minerva? De um demónio? Sei lá!
O Norman está diferente e essas diferenças têm um motivo: o que passou na outra quinta. Seria muito importante ver o que ele viveu para entendermos na perfeição as suas ações, motivos e nova forma de ser. Aquilo que passámos na vida molda-nos profundamente e esse foi o caso dele também. Infelizmente, acho que não teremos nenhum cheirinho do que o fez tornar-se mais calculista e frio.
Por outro lado, o Norman continua a ser o Norman. Ele está a fazer tudo para que a Emma, o Ray e todos os outros não tenham problemas e consigam estar bem. Ele assumiu toda a responsabilidade e carrega o peso de milhares de vidas nas costas. Aliás, nota-se bem quando no final percebemos que mentiu sobre não ter sido testado na Lambda. O Norman está a morrer – 🙁 – e os seus companheiros também, é por isso que eles têm tanta pressa para colocar os planos a andar. O Norman não deu 10 dias à Emma para procurar a Mujika e o Sonju só porque sim (com sorte só têm mais esse tempo de vida).
O que me parece no meio disto tudo é que o único que vai sofrer é ele e por pensar tanto nos outros.
Onde está a Isabella?
Já passou quanto tempo desde que a Isabella entrou nesta aventura e ia “ajudar” a procurar as crianças. Não é estranho não termos tido mais nenhuma informação dela e sobre o que está a fazer? Será que o facto de o portão para o mundo dos humanos ser na sua quinta seja uma armadilha, em colaboração com o Norman (ou não)? Só saberemos dela quando eles chegarem de novo à casa? Faz algum sentido introduzirem de novo a personagem e depois puff, voltas a vê-la no último episódio e já vais com sorte.
Gostei da ideia de termos de novo a Isabella porque as batalhas psicológicas entre eles eram bastante interessantes, mas se ela não aparece para que serviu? Não entendo estas escolhas da realização.
Além disto, o quão conveniente é o facto do último portão apenas existir lá na casa? Assim não têm de tirar as crianças dali, nem andar com elas atrás, olhem que sorte – ainda estou à espera que alguma bata a bota.
Pensamentos finais:
- Estes aqui parecem aquela mulher que foi ao cabeleireiro a Lisboa durante 5 dias e deixou as crianças em casa sozinhas. Faz algum sentido todas as crianças mais velhas irem embora e os miúdos ficarem ali desamparados?
- A minha cara a ver esta segunda temporada
- Afinal existem várias canetas, tudo arquitectado pelo Minerva (e seus ajudantes). Faz sentido, a Krone recebeu aquela caneta propositadamente e não por mero acaso
- Engraçado que o Ray está sentado no local certo: ao pé da candeia, já que está “a servir de vela” na dinâmica deles os dois e em todas as decisões
- Vamos normalizar sair de casa assim. Preciso!
- O Norman: Meu deus, nunca mais vou lavar a mão
Não vos faz lembrar este meme? :p
- Alguém se esqueceu de dar a vacina da raiva lá no centro de testes a esta moça
- Será que estes são demónios que eles mataram para fazer experiências ou são os demónios “modificados” com o sangue da Mujika?
- E este demónio gigante? Serviu também apenas para experimentos?
O que acharam deste episódio? Contem-me tudo nos comentários!
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