Skip to Loafer Episódio 11 – Opinião

Neste clássico episódio do Festival Cultural, acho que finalmente vi algo que é minimamente realista pela primeira vez. No meio de tanta coisa a acontecer, ouve espaço para as subtilezas psicológicas das nossas personagens.

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Skip to Loafer Episódio 11 – Opinião

A correria total

Este episódio deixou-me com um sentimento um pouco estranho: parece que aconteceu muita coisa mas parece que não aconteceu nada ao mesmo tempo. Talvez porque este episódio é feito de micro-momentos e interações entre as personagens. Contudo, isto não é necessariamente negativo. O musical da Música no Coração correu bem, a Mitsumi lá deu o seu melhor e mais além para garantir que a organização não falhava, e ainda teve algum tempo para conviver com as amigas.

Um pormenor que gostei foi o realce na “deslocalização” da Mitsumi. Como ela não é de Tokyo ela não tem nenhuns amigos para a visitar, ao contrário das suas amigas. Como a Mitsumi é sempre tão positiva, convêm não esquecer que ela tem momentos em que se sente à parte ou bastante sozinha.

Sensibilidade de Artista

O segundo momento subtil que este episódio nos oferece foi muito pessoal para mim. A Yuzuki aparentemente é artista e só quer que alguém aprecie os quadros dela com atenção, sem segundas intenções. Enquanto artista, eu sei o quão frustrante é quando as pessoas não sabem apreciar a nossa arte, ou pelo menos gastar 2 minutos do tempo delas para tecer algum comentário que mostre uma observação mais cuidada. Afinal de contas, a nossa arte é parte integrar de quem somos.

Por isso, é claro que a Yuzuki ficou para morrer de felicidade quando a Makoto elogiou o quadro dela em frente das amigas, explicando alguns pormenores da composição. Para mim este foi o momento mais satisfatório do episódio. Eu senti a felicidade genuína da Yuzuki nos ossos. Mais uma vez, este momento serve o propósito de mostrar que não devemos julgar o livro pela capa, e que as raparigas bonitas e populares nem sempre são superficiais e obcecadas em serem o centro das atenções.

O nosso outro artista, o Kanechika-senpai teve um grande spotlight neste episódio, com mais um regular stalking no Shima e mais uma peça de qualidade um pouco duvidosa. Porém, conseguimos entender que a confiança que ele deita cá para fora é bastante instável, ou até mesmo uma imagem que ele quer passar que não é exatamente real. O Shima acaba por ver isso em primeira mão.

Apesar de não termos conhecimento do que o Shima estava a pensar nestes momentos, acho que ele devia estar a pensar que a própria vida é um palco e todos nós desempenhamos um papel que, muitas vezes, não corresponde à realidade. Por detrás de uma pessoa confiante à sempre algo de humano e frágil.

Os dramas de família

O final do episódio é dedicado aos problemas familiares de Shima. A sua mãe decidiu visitar o festival acompanhada do meio-irmão de Shima, um puto de 3 anos bem fofinho que, à boa moda infantil, perdeu-se e causou um pânico geral entre os alunos por uns sólidos 10 minutos ou mais. Contudo, tudo ficou bem quando os colegas do Shima o foram resgatar do Kanechika-senpai.

A relação do Shima com o irmão é interessante: o Shima parece gostar de manter a distância, já que tem a ideia que o irmão não gosta lá muito dele. No entanto, os seus amigos conseguem dizer em três tempos que o Keiri adora o Shima e que eles são os dois muitos parecidos. Ambos não gostam de incomodar os outros, mesmo que isso signifique fabricar uma strong front. O facto do Keiri só chorar ao pé do irmão revela exatamente que, para ele, o seu lado mais vulnerável é um lado “exclusivo” para o Shima. Infelizmente, o Shima tem uma inteligência emocional bastante fraquinha e só entendeu isso agora.

Apesar de não termos visto muito da relação do Shima com a mãe dele, ela aparenta ser uma pessoa simpática, o que me deixa ainda mais curiosa para saber de que forma é que ela contribuiu para o Shima ser o maior people pleaser de todos os tempos, com claros problemas emocionais. Por falar em problemas emocionais… parece-me que não vão faltar no próximo episódio. A Ririka, uma red flag andante que emana toxicidade apareceu novamente. Que problemas irá ela causar desta vez?

E vocês? O que acharam de Skip to Loafer Episódio 11? Comentem abaixo a vossa opinião!