Como resultado de uma reunião entre os dois países, nos finais de 2024, os ministros de negócios estrangeiros do Japão e da China delinearam 10 acordos chave para criar laços culturais, com destaque na produção colaborativa de obras audiovisuais.
Entre os diversos planos, sobressai-se o acordo que prevê a promoção e criação conjunta de anime, séries live-action e documentários para transmissão e distribuição.
Estes acordos têm ainda o objectivo de resolver problemas comuns relacionados com a política cultural, como é caso da transparência na distribuição de conteúdos japoneses na China, medidas antipirataria e a criação de ambientes seguros para os criadores dos dois países.
Japão e China unem-se para produzir mais anime
Esta colaboração promete benefícios significativos para ambos.
O Japão pretende, deste modo, explorar as oportunidades que o gigante mercado chinês poderá proporcionar, um dos maiores em todo o mundo, beneficiando de uma colaboração que priorize as suas produções. Os filmes que estiverem registados sob o acordo Japão-China não estão incluídos na restrita quota de filmes estrangeiros com permissão para estrear nos cinemas da China, o que representa uma grande vantagem económica para as produtoras japonesas.
Filmes como Detective Conan: Black Iron Submarine e The First Slam Dunk, demostraram já o enorme potencial lucrativo que a indústria de anime pode alcançar no mercado chinês.
Nem tudo são boas notícias. As produtoras japonesas enfrentam, no entanto, sempre um grande desafio: a exigente regulação de conteúdos da China, com revisões impostas pela Administração Nacional de Radio e Televisão (NRTA). Estas revisões, que podem prolongar-se por 50 dias, dificultam a distribuição e transmissão simultânea de anime, reduzindo significativamente os potenciais lucros e abrindo espaço para que a pirataria ganhe terreno.
Fonte: Anime Corner