
Título: Punchline
Adaptação: Original
Produtora: MAPPA
Géneros: Comédia, Slice of Life
Ficha Técnica: Disponível
Opening
PUNCH LINE – Shokotan ♥ Denpa Gumi
https://youtu.be/_Qaq2_nIK6g
Enredo
O que dizer do enredo de Punchline após o primeiro episódio? Bem, existem vários tipos de episódios introdutórios em anime: ligação entre o passado e o estado atual da narrativa, apresentação do humilde início do nosso protagonista, definição do grande vilão que ultimamente deve ser derrotado, entre tantas outras. Posso dizer, que Punchline não entra em nenhuma das categorias mais usuais e penso não conseguir descortinar, ainda, o grande enredo que pode envolver a série após apenas vinte minutos sem esmiuçar cada detalhe precioso, o que tiraria o impacto visual ao espetador.
O primeiro episódio começa com o que parece ser uma cena típica de um filme de ação dos anos 90: homens armados fazem reféns dos passageiros de um autocarro em movimento, dos quais faz parte o nosso protagonista Iridatsu Yuuta. Sem querer descrever o que acontece, Iridatsu descobre os seus poderes sobre-humanos que ativa quando vê, bem… cuecas de senhora e fica empolgado. Com esses poderes ajuda a inverter a situação, contudo vê-se desmaiado e acorda em estado etéreo.
Ao acordar é-lhe anunciado por uma entidade felina, Chiranosuke, que o seu corpo foi possuído e espírito foi expulso dele. Para voltar a reaver o seu corpo e entender o que se passa, Iridatsu precisa de encontrar um livro especial que, curiosamente se encontra no condomínio onde ele reside, Korai House. No início da procura Iridatsu fica a entender o “terror” do seu poder e o quanto a sua excitação por ver cuecas acaba por levar à destruição do mundo. Por favor Iridatsu, controla-te!
Ambiente
Agora sim liberdade para falar. A produção visual de Punchline é incrível, o que não é uma completa surpresa vindo do estúdio MAPPA (Zankyou no Terror e Shingeki no Bahamut), mas ainda assim é simplesmente fantástico ver um estúdio desenvolver uma obra original com tanta alegria e irreverência como se nota que eles fizeram nesta série. As cores assaltam-nos a visão e tomam-nos de emoções que são também provocadas pelos restantes efeitos visuais. Os movimentos e cenas de ação são lindos e fluidos e coreograficamente empolgantes. E depois há aqueles pequenos detalhes que apenas MAPPA produz com tanta naturalidade.
Detalhes como incluir a marca real de um computador pessoal ou a referência certa a um website e ainda, e sinto que é exclusivo a Punchline, a forma como cada quarto da Korai House é filmado. O plano de filmagem é uma surpresa e dá uma sensação de exploração na primeira pessoa que é muito gratificante ao espetador.
O design de personagens é de alta gama e é acompanhado de muito boa atuação vocal. A linguagem corporal aliada a uma boa voz, faz com que os momentos de comédia sejam facilmente respiráveis, é caso para manter um esgar e um olhar brilhante de intriga constante durante vinte e dois minutos.
Para rematar há que referir a banda sonora que mostra ser bastante diversificada e super bem escolhida. Os efeitos sonoros e a própria música ambiente, ajudam e muito a entrarmos na emoção certa para cada cena.
Quanto ao opening e ending nada a dizer, é ver até queimar as pestanas.
Potencial
Para concluir este ‘soco’ que foi o primeiro episódio de Punchline que nos deixa a lacrimejar por mais, há duas conclusões sobre o enredo que podemos tirar. Esta série é uma carta branca para o estúdio MAPPA se divertir e mostrar aos fãs a gama de possibilidades que o estúdio encerra. A segunda decorre da primeira conclusão, ou seja, Punchline parece tratar-se de uma mistura agradável de (anotem a receita): sobrenatural, super heróis (Batman + Sailoor Moon), comédia inesperada, a que se junta um extra picante de cuecas femininas, vários arco-íris e duas toneladas de dinamite. O rastilho foi aceso e aqui está o resultado, veremos até onde consegue chegar.
O ambiente tem um potencial incrível e só isso aguça a nossa curiosidade insana para ver mais. Contudo, apesar de ser o primeiro episódio, o enredo não está bem delineado. Tanto pode ser visto como a bomba que referi acima, como também pode ser comparado a um cartucho de caçadeira na medida que dispersa a sua energia e foco em várias direções, o que pode impossibilitar a obra de atingir o potencial que merece.
Iridatsu não pode ser o único a ficar empolgado por isso, dêem uma séria e divertida vista de olhos a PUNCHLINE.
Análises
Punchline
É uma carta branca para o estúdio MAPPA se divertir e mostrar aos fãs a gama de possibilidades que o estúdio encerra.
Os Pros
- Mappa revela mais uma vez a sua mestria numa obra original com uma produção visual espetacular e banda sonora "escolhida a dedo"
Os Contras
- Enredo
- Desenvolvimento de personagens