Anime e IA – 6 histórias que trabalham as inteligências artificiais

Akira Kurosawa, considerado um dos maiores nomes da história do cinema, dizia não se dar muito bem com tecnologias. O mesmo não pode ser dito sobre outros artistas no Japão.

As inteligências artificiais são um conceito relativamente antigo, datando da década de 1950. Como consequência, temos pelo menos meio século de produções audiovisuais que abordam a temática de uma forma ou de outra, explorando os potenciais dramáticos das IA em contraste com os humanos.

Considerando que o Japão sempre esteve à frente das maiores inovações tecnológicas, é fácil deduzir que algumas das melhores histórias sobre inteligências artificiais vêm do país. O anime, talvez o tipo de produção cultural mais famosa do Japão, tem um papel importante em refletir dramas ligados às IA.

Para esta lista, separamos 6 animes que trabalham com inteligências artificiais e o papel que essas tecnologias têm no mundo. Seja num contexto contemporâneo ou numa distopia, é certo que as IA têm muito a nos ensinar sobre a maneira como identificamos consciências e ações autónomas.

Anime e IA – 6 histórias que trabalham as inteligências artificiais

1. Ghost In The Shell
   
   A protagonista do anime Ghost In The Shell, Motoko Kusanagi, é provavelmente a AI mais famosa de todas as animações japonesas. Como heroína da sua própria história, somos capazes de acompanhar como ela experiencia um mundo pós-apocalíptico em que uma vida vale muito pouco.
   
   
2. Dr. Slump
   
   Criação da mente do génio por detrás de Dragon Ball, Akira Toriyama, Dr. Slump começou como um mangá, eventualmente ganhando uma adaptação em anime em 1981. Ao todo foram 243 episódios, exibidos até 1986. O que o coloca nessa lista é a estrela da animação: Arale, uma menina robô.
   
   O Dr. Slump existe numa época interessante, quando os conceitos de inteligências artificiais eram muito distintos do que observamos hoje em dia. Isso se reflete na caracterização de Arale, uma heroína desastrada e que causa muitas confusões, mas que ao fim de tudo tem um coração de ouro.
   
   
3. Pokémon
   
   Antes de explicarmos como Pokémon trabalha as inteligências artificiais, vale ressaltar a conexão entre as IA e os jogos eletrónicos. Informações publicadas pela ExpressVPN mostram que a união não é nova, datando dos primeiros computadores e seus usos em competições de xadrez contra humanos.
   
   Pokémon, sendo uma franquia de videojogos clássica, faz uso da IA no desenvolvimento dos jogos, mas também explora esses assuntos no anime. Mewtwo, uma das criaturas mais poderosas da franquia, é uma forma de vida sintética que luta para encontrar o seu lugar e identidade no mundo.
   
   
4. Chobits
   
   Questões relacionadas com a capacidade de inteligências artificiais expressarem emoções humanas, como o amor, estão no cerne de boa parte das narrativas que trabalham o assunto. Esse é o caso de Chobits e sua protagonista, Chi, um robô com o corpo de uma adolescente e amor por um rapaz humano.
   
   
5. Digimon Adventure
   
   Por definição, todos os monstrinhos da franquia Digimon são inteligências artificiais, com a sua forma física sendo somente uma maneira de expressar esse conceito. A primeira temporada do anime, Digimon Adventure, explora a relação entre essas IA e humanos de quem elas se aproximam.
   
   
6. Astro Boy
   
   Se existe um personagem dos animes capaz de tirar o título de Motoko como a IA mais famosa da história dos animes, esse personagem é Astro Boy. Criado em 1952, é também uma das primeiras representações de formas de vida sintéticas em uma animação japonesa, o que o torna alguém único.
   
   O anime de Astro Boy lida, entre outras coisas, com uma visão utópica sobre como formas de vida diferentes dos humanos poderiam interagir com o mundo: com gentileza, inocência e amor incondicional. De todas as representações de IA em animações japonesas, Astro Boy é a mais otimista.

Os animes, como parte de um tipo de mídia ficcional, têm um potencial infinito de explorar dilemas existentes ou imaginados, levando em conta os momentos sociais em que vivemos. Ou seja: trabalhos relacionados às IA, dentro e fora das telas, continuarão a ser produzidos e aclamados pelos fãs da arte.