Pokémon: The Origin – Análise

Originalmente foi criado no formato de jogo, lançado em 1996 para o Game Boy. No Japão, as versões originais são Pokémon Red e Green, sendo que no resto do mundo esta última foi substituída pela versão Blue.

Mais tarde, foi transformado em manga, intitulada por Pokémon Adventure. E, finalmente, este ano a verdadeira história viu a luz do dia, pelas mãos da famosa produtora Production I.G, em formato de animação.

Pokémon: The Origin é a adaptação para anime mais fiel até ao momento.

 

 

A História

O anime acompanha a jornada de Red. Nesta viagem, ele tem como principal objectivo completar a identificação de todos os 149 Pokémons existentes na Região de Kanto. Para tal, o Professor Oak fornece-lhe um equipamento electrónico, que ele mesmo criou, denominado por Pokédex. Esta funciona como uma enciclopédia, na qual é registada e guardada toda a informação relativa a cada Pokémon.

Para começar esta difícil aventura, Red tem que escolher o seu primeiro Pokémon. Após a sua escolha, Red é desafiado para a sua primeira luta contra o seu melhor amigo e maior rival, Green. A história desenrola-se a partir deste momento, visto que é aqui que Red se apercebe que os Pokémons não são apenas instrumentos, mas sim amigos e companheiros. Aqui o objectivo da aventura de Red é moldado, querendo este então tornar-se o melhor Treinador do mundo e completar a Pokédex.

 

 

Ambiente e Enredo

A animação não segue a história de Red na íntegra. Foi divida nos momentos mais importantes e memoráveis da sua viagem. Destes, fazem parte: a luta contra o primeiro ginásio, onde derrota o poderoso Onix de Takeshi. Red aprende o significado do quão poderoso e importante pode ser uma ligação entre o treinador e o seu Pokémon; O mistério da Pokémon Tower, localizada em Cion Town, também conhecida por Lavender Town; Altura em que Red e Green salvam os cientistas e Pokémons que se encontravam enclausurados no edifício da Corporação Silph. Estes foram presos por membros da Team Rocket, para construírem a Master Ball; E, por fim, a presença de Red na Liga Pokémon para se tornar o campeão do mundo.

 

 

O desenho e animação, de uma forma geral, têm uma qualidade acima de média e, para vos situar melhor, têm uma qualidade superior à da série atual (versão Pokémon X/Y), mas uma qualidade inferior à dos filmes. O ambiente possui imensas características dos jogos, bem visíveis nas roupas, no estilo clássico dos Pokémons, das cidades e nas poses indistinguíveis das personagens.

Para além disto, não existe opening ou ending, substituídos por uma referência brutal aos jogos: o retângulozinho de informações que víamos quando iniciávamos o jogo, onde éramos informados das horas de jogo, da quantidade de Pokémon que possuíamos e, claro, como ending aparece este mesmo rectângulo de informações para podermos realizar o save game.

Todavia, o clímax da nostalgia dá-se sem dúvida quando reconhecerem as músicas mais marcantes, transformadas de um 8 bits clássico para uma composição fenomenal, realizada por uma orquestra. Desde a música inesquecível de batalha à música calma do Pokémon Center, passando pela música assustadora e arrepiante da Pokémon Tower.

 

 

Juízo Final

Bem, concluindo, Pokémon: The Origin é uma compilação resumida dos momentos mais nostálgicos do jogo. O que me leva a deduzir que este anime foi criado com o objectivo principal de chegar até aos fãs que jogaram o jogo e apreciam o conteúdo original da obra.

Para quem não jogou, ou não conhece a história, vai ter alguma dificuldade em seguir a linha de eventos rápidos do anime. Não quer dizer que não o apreciem na mesma, mas sem dúvida que requer o mínimo de conhecimento das obras anteriores.

 

 

Agora, para quem jogou, alegrem-se, pois este é o Pokémon que sempre esperaram. Vão ser deliciados pelos imensos pormenores e referências visuais e auditivas que foram deixados ao longo dos 4 episódios.

Dito isto, tenho apenas um ponto negativo a referir, conseguem mostrar que são capazes de fazer um Pokémon verdadeiramente bom, mas quando o fazem deixam-nos apenas com um cheirinho. Quatro episódios não chegam para se colocarem todos os grandes momentos das aventuras de Red e Green. Material não falta, quem o consegue adaptar também não, por isso, quem sabe num futuro próximo poderemos contemplar uma animação que faça jús ao jogo.

Para quem ainda não viu esta produção, deixo-vos um curto trailer para vos aliciar um pouco.

 

 

E vocês, que acham? Esta história merecia ou não mais episódios?