Ainda o sol não se tinha fixado no céu azul claro, e já Ricardo se preparava para sair do acolhedor hotel. Como verdadeiro amante de animes, não foi de estranhar que a sua primeira visita do dia tenha recaído sobre o famoso distrito de Akihabara.
Local:
Akihabara – Caracterizada como o centro tecnológico de Tóquio, é uma cidade dentro do distrito de Chiyoda. Capital do maior centro económico-tecnológico do país, é igualmente o paraíso dos video-jogos, animes, e todo o merchandise à volta dos mesmos. Sendo considerado o ex-libris Otaku.

“No dia seguinte fomos a correr para o distrito de Akihabara, conhecido como o distrito da tecnologia, mas também ele sé da cultura Otaku.”
Akihabara: Uma cidade dedicada aos Otakus
A estupefação face às dimensões de todos os elementos daquela verdadeira área comercial otaku, fazia-se sentir até nos mais “pequenos” pormenores. A maioria das lojas era composta por vários andares. O merchandise era variado, séries nunca antes vistes ou pouco conhecidas por terras ocidentais, pousavam sobre as prateleiras das dezenas de lojas dedicadas à produção oficial e não oficial dos mais variados produtos e franquias.
“A maioria das lojas transbordava merchandise oficial e não oficial de todas as series imagináveis, especialmente Hello Kitty e Neon Genesis Evangelion (pois recentemente tinha saído o filme 2.0 de Evangelion). “
O contraste entre cultura ancestral e o extravagante moderno
O bizarro e extravagante podem muito bem caraterizar grande parte da cultura nipónica. Um verdadeiro país de contrastes, onde cultura e tradições ancestrais caminham lado a lado com a mais moderna, tecnológica, louca e extravagante cultura.
Neste bairro, Ricardo pode observar o que mais… diferente e original, o país tinha para oferecer. A indústria do sexo foi sem dúvida o que mais surpreendeu os visitantes portugueses.
“Todas as lojas tinham vários andares, mas o mais peculiar foi encontrarmos uma sex-shop de 7 andares!”
O recheio da loja era sem dúvida peculiar. Entre risos e muitas gargalhadas Ricardo tentou mostrar-nos toda a excentricidade, fetiches e curiosidades divertidas do imenso prédio ligado à indústria do prazer.
“Lá encontramos vários produtos bastante únicos, como vaginas portáteis das diferentes personagens de anime existentes!”
O merchandise verificava-se até em material sexual! Cosplays sensuais, os mais variados dildos e acessórios, todos eles ligados à indústria anime e visual novel.
“Bonecas para adultos ultra-realistas e de tamanho real… (a foto não esta muito boa porque foi tirada a socapa!).”
Apesar de ser estritamente proibido tirar fotos dentro do prédio, o nosso guia conseguiu deliciar-nos com alguns dos “achados” nipónicos do tabu que é a sexualidade e fetiches japoneses.
“E as míticas máquinas de venda automática de cuecas usadas!”
Nessa rua existiam também os famosos Maid-Café, com diversas “Maid” a promove-los. Infelizmente, Ricardo não foi autorizado a tirar-lhes foto e muito menos dentro do estabelecimento, deixando-nos, apenas, com um divertido registo e descrição de como era o seu interior.
Maid Café: trata-se de um tipo de café-cosplay, onde os empregados vestem-se segundo a moda vitoriana. Ligeiramente personalizados, os fatos seguem a base dos serventes do século XIX, com a diferença que são bastante mais curtos e de aspeto “moe”, uma total recriação dos animes onde famílias ricas eram retratadas.
“Cá fora, várias raparigas distrubuíam panfletos vestidas de “Maids”, então foi fácil encontrar um Maid bar para lanchar! Não pudemos tirar fotos lá dentro, mas tirámos num anúncio cá fora. Elas usavam bastantes peluches na roupa e carteiras de criança em forma de flores ou corações, ao contrário do que se vê no poster que é apenas o fato delas sem qualquer personalização! Fomos atendidos por raparigas muito fofinhas e todas elas com voz de personagens de anime, que nos faziam o típico ritual de “boing boing kyuun!”, para agradecer pela comida de uma forma “moe”. Também a comida era super fofinha, com formas de ursinhos e gatinhos!”
Conseguirá Akihabara ser ainda mais extravagante?
A resposta é: sim, consegue! Ricardo confidenciou-nos que basicamente todas as lojas tinham produtos Hentai e muito Ecchi, era inevitável cruzarem-se com material para “maiores de 18”, como se todo o bairro fosse um produto para Otakus mais velhos. Ao contrário de Portugal onde a maioria da comunidade se encontra a baixo da faixa dos 18, poderemos dizer que no Japão é exatamente o oposto, e isso repercute-se na quantidade de material e produtos disponíveis para os mesmos, que de longe supera o simples merchandise do mainstream nipónico.
“Outra coisa engraçada em Akihabara eram as lojas de anime e jogos com andares para maiores de 18 (geralmente na cave!). Se as lojas geralmente já estavam cheias de produtos, nestas secções havia posters em todo o lado a anunciar os próximos jogos e televisores e colunas de som a dar “hentai”. Sem dúvida que Akihabara tem muitos produtos deste género!”
Depois de um dia bastante divertido e, quem sabe um pouco constrangedor, damos por terminado o seguindo dia da nossa rubrica: Guia Viagem Japão | Segundo Dia, com Ricardo.
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