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O Túmulo dos Pirilampos – Análise

Quase ultrapassa a linha mais ténue que separa a ficção da realidade.

Renato Sousa por Renato Sousa
07/11/2014
em Análises, Anime, Filmes, Hotaru no Haka

“Hotaru no Haka”, assim é o seu nome original, é um dos poucos filmes made in Studio Ghibli que não é da autoria dos Miyazaki, mas sim de Isao Takahata. Inspirado no romance (com o mesmo nome) de Akiyuki Nosaka, este filme de 1988 não perde em nada quando comparado com os restantes projetos do Ghibli. A todos os que ainda não viram o filme, alerto desde já para a existência de alguns spoilers ao longo desta análise, inevitáveis devido às observações que têm mesmo de ser feitas.

 

O Túmulo dos Pirilampos – Sinopse

Com a Segunda Guerra Mundial a poucos dias de terminar, os Estados Unidos da América continuam a bombardear constantemente as várias regiões do Japão. Após o alerta de que um novo ataque se aproxima, Seita e Setsuko tomam um caminho diferente da mãe, rumo ao refúgio e à sobrevivência de mais uma investida norte-americana. Infelizmente para aqueles dois irmãos de 14 e 4 anos (Seita e Setsuko, respetivamente), a mãe tornou-se uma das vítimas mortais do bombardeamento. Com o pai a trabalhar para a Marinha Japonesa, Seita assume a responsabilidade de cuidar da irmã e de lutar pela sobrevivência de ambos em pleno clima de guerra.

 

O Túmulo dos Pirilampos - Studio Ghibli

 

Uma história impossível de esquecer!

Vi o filme há poucos dias atrás e confesso que ainda não consegui interioriza-lo totalmente, de forma a que deixe de assolar os meus pensamentos durante o dia. Caríssimos, esqueçam os finais felizes onde tudo bate certo, às vezes sem se perceber muito bem como. Esta não é uma longa-metragem desse género, mas sim uma obra extremamente realista, que aborda algumas situações verdadeiramente dramáticas que ocorrem durante as guerras.

Quem nunca passou por situações de fome e de falta de conforto, como é o meu caso e espero também que seja o vosso, não tem a mínima noção de como será, do quanto custa, e do que se sofre nestes ambientes. “O Túmulo dos Pirilampos“, ainda que não passe de uma obra ficcional, consegue sensibilizar o espectador e fazê-lo meditar sobre este caos pelo qual ninguém merece passar, muito menos as crianças e os adolescentes.

Seita tem apenas 14 anos, perde a mãe, o pai está longe, e o rapaz vê-se com a irmã de apenas 4 anos para cuidar. A certa altura, os dois são acolhidos por uma tia, que depois de perceber que já não consegue tirar mais nada deles e que só lhe estão a fazer mossa lá em casa, o tratamento muda por completo, imperando a arrogância e a insensatez. Naquela mesma casa, é visível como a guerra pode afetar o estado de espírito das pessoas e os seus comportamentos. A sensibilidade para com os mais frágeis e os mais necessitados simplesmente esvai-se. Mais do que nunca, a maior parte dos seres humanos assimilam a ideia do “cada um por si”. Os outros? Não fazem ideia de quem sejam …

Na verdade, os responsáveis por esta produção não se preocuparam muito com a guerra em si. Além dos bombardeamentos, pouco mais sobre isso se vê. Em “O Túmulo dos Pirilampos”, o grande foco são mesmo as guerras interiores que se criam, as ganâncias, e o mau estar nas relações entre pessoas. Situações com que estes miúdos inocentes têm que conviver e, mais do que tudo, tentar ultrapassar para sobreviverem.

A certa altura da trama, Seita decide abandonar a tia da qual não recebe o mínimo de carinho e de afeto, apesar dela ter total conhecimento do sofrimento que invadiu os irmãos nos últimos dias com a perda da mãe. O jovem “pega” então na irmã e os dois passam a viver numa cova, junto de um pequeno lago, onde pairam muitos pirilampos. Esta é talvez a segunda parte do filme mais cruel e dramática, pois qualquer espectador, ao ver aqueles dois ao abandono, sente compaixão e vontade de os ajudar.

Ironicamente, será também a mais agradável, confirmando-se a existência de um contraste de emoções. Digo isto pela forma como os dois pequenos encaram as suas vidas naquela fase. Para além de fazerem tudo em conjunto e à sua maneira, é deveras agradável assistir às peripécias que se criam quando os dois tentam arranjar a cave da melhor maneira para parecer uma casa, ir à apanha do arroz e de outros alimentos, criar instrumentos que os ajudem nas suas tarefas e lhes proporcionem entretenimento, etc, etc.

 

O Túmulo dos Pirilampos - Análise Filme
Seita & Setsuko

 

Em suma, no meio de tantas coisas más, o realizador ainda conseguiu inserir pequenos momentos agradáveis, o que causa outro impacto na sensibilização do espectador para com aqueles dois. Eles não merecem vidas cruéis como aquelas, não merecem as tarefas que a luta pela sobrevivência os obriga a fazer (Seita chega inclusive a roubar à noite, a ser apanhado e a levar uma sova valente) e, no entanto, ali estão eles, sem a real consciência da gravidade da situação, a aproveitarem a vida da melhor maneira possível. A inocência e a pureza do coração são incomensuravelmente belas. Porém, em casos como este, chegam também a ser incrivelmente dolorosas.

 

O Túmulo dos Pirilampos – Animação

Todos estes momentos, todas estas emoções, são acompanhadas por uma animação de boa qualidade. Não digo que seja de encher o olho, mas vai além do satisfatório, particularmente se for tido em conta o ano desta produção: 1988. Encontrar outras obras da época com este grafismo não será fácil. A animação em si não é muito exigente, pois não há cenas de grande ação ou repletas de ambientes fantasistas. Tudo é simples, tudo é idêntico ao nosso universo, como é pretendido num projeto do género.

 

O Túmulo dos Pirilampos – Banda Sonora

Relativamente à banda sonora, a dita cuja é repleta de melodias apropriadas aos momentos mais tristes e mais dramáticos. Afinal de contas, esta história está repleta de cenas assim. Com exceção do tema principal, as outras músicas não encantam, não deslumbram, mas têm qualidade e estão muito bem relacionadas com aquilo que se passa a cada momento, o que é de extrema importância.

 

Sobre o final do filme – GRANDES SPOILERS neste tópico!

Relativamente ao epílogo de “O Túmulo dos Pirilampos”, ele é incrivelmente doloroso, emocional (à semelhança de toda a história), e inesperado por não ter o final cor de rosa a que tanto estamos habituados. Quando acabei de o ver, interroguei-me do porquê de não ter chorado com ele. Do conhecimento que tenho, a maioria das pessoas que viu o filme não resistiu à força das lágrimas e eu sinto-me estúpido pela resistência do meu coração ao desfecho que Seita e Setsuko tiveram, quando a minha cabeça continua extremamente afetada por aquilo que viu. Numa das críticas que li, o seu autor dizia que em determinados momentos parecia levar com um martelo na cabeça, tal era o simbolismo presente na produção. Pois bem, eu acho que posso dizer o mesmo em relação ao sentimento causado pelo seu desfecho. É tão genuíno que facilmente choca e arrepia qualquer um. Incrível!

 

O Túmulo dos Pirilampos - Studio Ghibli

 

O Túmulo dos Pirilampos – Juízo Final

Depois de passar para este artigo aquilo que me é possível expressar por palavras em relação a “Hotaru no Haka”, chego à parte final desta análise e reforço aquilo em que se resume todo o meu texto. Ou seja, vejam o filme! Caríssimos, esta é (mais) uma daquelas obras que toda a gente deve ver. Para não variar, pertence ao Studio Ghibli e até foi um dos seus primeiros projetos.

Uma longa-metragem deste tipo deixa qualquer um abalado. A meditar um pouco sobre a sua vida e a dos outros. A olhar para o mundo com paixão e crueldade em simultâneo. “O Túmulo dos Pirilampos” representa um verdadeiro teste à sensibilidade de qualquer um. O filme é uma demonstração incrivelmente similar daquilo que é a Lei da Vida e os comportamentos do Ser Humano perante as circunstâncias mais adversas.

Só para terminar, fica o seguinte aparte. O comércio da animação japonesa em Portugal está muito pobre, embora tenha vindo a crescer aos poucos e poucos. Independentemente disso, este foi um daqueles filmes felizardos que há tempos foi legendado em português de Portugal e começou a ser vendido por cá. Automaticamente, o problema de só haver legendado em brasileiro ou em inglês deixa de existir e é menos um entrave para o visualizarem. Julgo que o áudio esteja em inglês (“Grave of the Fireflies“) e não em japonês para infelicidade de qualquer um, mas ainda assim vos digo: um dia destes, caso se cruzem com ele em alguma prateleira de comércio nacional, ele vale bem o investimento. Fica a dica, e segue-se o trailer de mais uma história com selo de recomendação ptAnime.

Atualização: Já depois da publicação deste artigo, o filme ficou disponível em Portugal com áudio japonês.

 

O Túmulo dos Pirilampos – Trailer

 

Análises

O Túmulo dos Pirilampos

90% Pontuação

O trabalho desenvolvido nesta produção, em torno da Lei da Vida e dos comportamentos do Ser Humano perante as circunstâncias mais adversas possíveis, levam-na a quase ultrapassar a linha mais ténue que separa a ficção da realidade.

Os Pros

  • Uma produção cujo enredo é capaz de deixar todo e qualquer espectador inquieto e desconfortável (no bom sentido!).
  • O excelente enquadramento da banda sonora com os vários acontecimentos da história.

Os Contras

  • Nada a apontar.

Análise

  • Pontuação Final 0%
Tags: AnálisesAnimeDramaFilmesHistóricoIsao TakahataStudio Ghibli
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Renato Sousa

Renato Sousa

Licenciado em Engenharia Informática. Adora ver Anime e Liderar este Projeto. Colecionador de DVDs, Blu-rays, Mangas, Livros e Videojogos. Viciado em Corrida.

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