Sabikui Bisco Episódio 12 - Opinião

Então não é que chegamos ao fim? Passou bem rápido não passou? A nostalgia já está a bater forte 🙁

Sabikui Bisco Episódio 12 – Opinião

Milagre da Multiplicação

Depois do cliffhanger illegal em que ficamos na última semana, o Bisco voltou a mostrar todo o seu esplendor. Mas desta vez com um elemento bónus: um braço de fada brilhante. Não, na verdade eles explicaram que o sangue mágico do braço do Bisco misturou-se com os cogumelos Sabikui que estavam dentro da cobra gigante que tinha dedos como pernas e tal… é complicado.

Basicamente ele teve um power up porque depois de vires do mortos de propósito para salvar o teu bro ficas acima da existência humana. E sim, agora toda a gente chama o Bisco de “Deus”. Mas quer dizer, quando o sujeito, por cada seta que ele atira, faz nascer cogumelos mágicos aos magotes, é basicamente um milagre da multiplicação (só que não é dos peixes, é dos cogumelos).

E se me permitem fazer um à parte, antes de continuarmos com a narrativa, devo dizer que achei a animação mais fraca neste episódio. Detetei inconsistências que normalmente não detetava e fiquei um pouco desapontada. Especialmente porque a malta costuma gastar o orçamento todo no último episódio, e em Sabikui Bisco parece que o último episódio foi feito um pouco mais à pressa. Contudo, a minha desilusão também pode estar relacionada com o facto de eu ter achado a animação do episódio 11 muito boa, e esta não ter vivido para as expectativas.

Fullmetal is that you?

Eu vou ser honesta: eu estou farta do Kurokawa. Acho que ele já teve o que tinha a dar, e agora tornou-se um pouco aborrecido. Já para não dizer que a final form dele é basicamente a/o Envy de Fullmetal Alchemist, só que vermelho e com apenas uma alma lá dentro (a alma do sacana do Kurokawa). E também não ajudou o facto da monstruosidade ter sido muito fácil de derrotar, ou pelo menos tive essa impressão.

A Pawoo deu-lhe uma cacetada na maior, mas apenas depois de ter tido a audácia de dar um beijo ao Bisco à frente do namorado dele (o Milo como é óbvio). Cá está, isto pode ser a minha fangirl interior a impedir-me de ver claramente as coisas, mas eu achei a dinâmica Pawoo x Bisco muito forçada. Para mim eles estavam melhor às turras e a lutarem até se cansarem (e era bem mais giro de se ver).

Se acham que eu estou a exagerar, convido-vos a verem a cena depois da batalha, em que o Milo deita a cabeça no colinho do Bisco a chorar, porque achava que tinha perdido o matulão dele enquanto o Bisco o abraça ao por do sol. Não sei, talvez o Bisco goste dos dois irmãos Nekoyanagi e talvez haja Bisco suficiente para os dois, sei lá.

Panda comedor-de-homens

No fim, tudo acaba bem, e os nossos meninos voltam às suas vidinhas normais. Gostei especialmente de ver os pais das crianças do deserto a regressarem para os filhos, depois do Kurokawa ter ido desta para melhor. Para além disso, ver o Milo de volta ao consultório foi surpreendentemente muito satisfatório, provavelmente porque a nostalgia já está a bater forte e ele fica bem a dar vacinas na veia da malta (faz parte da aesthetic )

Assim sendo, é claro que tinhamos que ir full circle e voltar às origens do posto fronteiriço. Desta vez os disfarces do Bisco e do Milo ainda são mais ridículos e óbvios, e mesmo assim o senhor do SEF não vê nada. Sim, porque o Milo já tem estatuto suficiente para ser wanted criminal. Até teve direito a um poster a condizer com o do Bisco (porque eles estão juntos até na malandragem). E lá vão eles, a monte no Actagawa para novas paragens, viver mais aventuras malucas e ver o que raio é que se passou com o corpo do Bisco. Mas isso não interessa, o que interessa é a jornada que aí vem! Agora, mal posso esperar para ver se vamos ter uma segunda temporada! Quem sabe? Entretanto eu vou lendo a light novel enquanto espero. Não consigo esperar!

Considerações finais…

No final do dia, Sabikui Bisco é um anime muito peculiar. Sem dúvida, os seus pontos fortes são o worldbuiding muito fora da caixa, e as suas personagens carismáticas, com interações que nos emocionam constantemente. Para além disso, não posso deixar de dizer que os diálogos do Milo e do Bisco são especialmente poéticos, quase um “hino do amor ao próximo”, para nos lembrar da importância das conexões humanas. Contudo, isto é mais do que o típico “power of friendship” que resolve tudo nos shonens. É algo mais profundo, sentido e lógico dentro das razões não racionais do coração. Para mim, Sabikui Bisco é isso mesmo: algo ilógico e desconcertante, mas que nos toca pelo facto de apelas às emoções reais dos nossos corações.

E antes de vos dizer adeus, fiquem com as piadas finais desta série!