30 Anos de Shin Megami Tensei - Franquia principal

Neste dia 30 de outubro, a franquia Shin Megami Tensei celebra os seus 30 anos desde o lançamento do primeiro jogo, em 1992. No decorrer dos próximos dias, falaremos um pouco desta franquia enorme, desde os seus começos aos títulos mais recentes, colocando tudo numa timeline concisa para o leitor poder jogar os jogos de maneira cronológica, se assim o desejar.

No artigo anterior, que podem ler aqui, falámos das origens desta série, incluindo dos dois títulos que acabaram por criar o multiverso de Shin Megami Tensei. Nesta segunda parte, falaremos das duas primeiras timelines da série.

É bom relembrar aos leitores que os jogos não têm uma timeline oficial. Isto é apenas a minha tentativa de colocar todas as peças num puzzle completo. O artigo evita spoilers quando possível, avisos serão colocados antes do spoiler.

30 Anos de Shin Megami Tensei – Franquia principal

1932 – Raidou Kuzunoha

Depois de o Universo ter sido alterado nos eventos de Megami Tensei II, o Universo deixou de ser singular e tornou-se num Multiverso. Nos próximos artigos falaremos do Shin Megami Tensei Universe, o universo principal da série. Comecemos então.

O ano é 1932, durante uma investigação de rotina pela Agência de Detetives Narumi, Shouhei Narumi e o seu aprendiz adolescente, Raidou Kuzunoha, respondem a uma chamada de ajuda de uma cliente. A cliente revela-se sendo Kaya Daidouji, a única filha da venerada e rica família Daidouji, que pede que os dois a matem. Antes de terem tempo de perguntarem o porquê, um grupo misterioso vestidos de armadura e capas vermelhas, os Yomi-Kugutsu, raptam Kaya e atacam Raidou e Narumi para impedirem uma perseguição.

Os eventos de Devil Summoner: Raidou Kuzunoha vs. The Soulless Army ocorrem aqui.

Spoilers

No final deste título, após lidarem com o exército zombie que são os Yomi-Kugutsu e o seu líder Sukuna-Hikona, os protagonistas conhecem um Raidou Kuzunoha do futuro. Na verdade, Raidou Kuzunoha é um título, não um nome. O nosso protagonista é o Raidou Kuzunoha XIV e este novo vilão é o Raidou Kuzunoha XL, do ano 20XX.

Este novo vilão acaba por possuir Kaya, numa tentativa de destruir Tóquio com a ajuda do exército Yomi-Kugutsu, evitando o Grande Cataclismo que aconteceu na sua timeline. Aparentemente, sacrificando Tóquio, impediria este evento de acontecer. Mas o nosso Raidou não concorda com o grande sacrifício de uma cidade inteira.

Após exorcizar Raidou XL e de o banir para o Mar das Almas, Raidou XIV promete proteger o mundo sob a ordem do Yatagarasu, uma presença divina, para que o Grande Cataclismo não aconteça.

Os eventos de Devil Summoner 2: Raidou Kuzunoha vs. King Abaddon ocorrem após os eventos do primeiro jogo, quando uma mulher chamada Akane Narita pede ajuda a Raidou e Narumi para encontrarem um homem chamado Dahn. Os dois são acompanhados pelo mentor de Raidou, o gato que fala Gouto.

A Separação da Timeline: SMT, Destroyed e Persona

Se o Grande Cataclismo acontecer e o mundo não acabar, entramos na SMT Timeline, que contém Shin Megami Tensei (199X, Final Neutro), Shin Megami Tensei NINE (2029), Shin Megami Tensei Imagine (20XX), o que seria o tempo do Raidou Kuzunoha XL e finalmente, Shin Megami Tensei II.

Se o Grande Cataclismo acontecer e o mundo acabar, entramos na Destroyed Timeline, que contém apenas Shin Megami Tensei III Nocturne HD Remaster – Chronicle (200X) e se o mundo for destruído novamente (SMT III Destruction Ending), Shin Megami Tensei V (20XX). Para os que se perguntam, Dante (Devil May Cry) só aparece na versão Maniax de SMT III e não na Chronicle, onde é substituído por Raidou Kuzunoha XIV.

A versão Maniax não é canónica, nos eventos de SMT, mas para os curiosos, a timeline desses eventos é: Devil May Cry 3, Shin Megami Tensei III Nocturne HD Remaster – Maniax, Devil May Cry, Devil May Cry: The Animated Series, Devil May Cry 2, Devil May Cry 4 e Devil May Cry V.

Se o Grande Cataclismo for evitado, entramos na Persona Timeline. Quatro jogos ocorrem nos anos 90, e eles são Shin Megami Tensei: Devil Summoner (199X), a sua sequela direta Devil Summoner: Soul Hackers (199X), Shin Megami Tensei: if… (199X) (onde a protagonista canónica é a Tamaki Uchida) e depois desses eventos, os demónios tornaram-se facetas humanas e o ser Philemon foi criado, começando os eventos de Shin Megami Tensei: Persona (sim, a versão da PSP é a canónica).

Em 1996, o primeiro Persona é centrado no Naoya “Naorin” Toudou e os seus colegas da Escola Secundária de St. Hermelin, em Mikage-cho. Hidehiko Uesugi convence os seus colegas a jogarem um jogo parecido com a “Bloody Mary” chamado simplesmente “Persona”.

Quando os estudantes jogam-no, os participantes acabam por desmaiar e conhecem Philemon, que lhes dá a habilidade de invocar reflexões das suas personalidades internalizadas, conhecidas como Personas.

Uns minutos depois, o protagonista e um pequeno grupo de colegas vão visitar Maki Sonomura, que está doente e hospitalizada. Durante a sua visita ao hospital, eles descobrem que a sua cidade muda e demónios invadiram as ruas.

A mãe de Maki, Setsuko Sonomura, que o culpado deste evento é o presidente da companhia SEBEC, onde ela trabalha como engenheira. O nome deste antagonista é Takahisa Kandori.

Após levarem Setsuko de volta à escola, o único sítio salvo dos demónios, as ações do protagonista decidem o decorrer da história. Se o protagonista escolher investigar os eventos que ocorreram na escola 8 anos atrás, o protagonista começa a Rota Snow Queen, que não é canónica. Se o protagonista perseguir Kandori e tentar para a invasão, entram na Rota SEBEC, a rota que continua os eventos desta timeline.

Depois de Shin Megami Tensei: Persona vem a sua duologia direta, Persona 2. Na sua ordem, Persona 2: Innocent Sin e Persona 2: Eternal Punishment, a sua história é tão enorme que teve de ser dividida em dois jogos, um tendo Tatsuya Suou e o outro Maya Amano como protagonistas. A história trata dum ser chamado Joker (não o que estão a pensar) que torna desejos em realidade e também sobre rumores que se materializam com a sua difusão. Ambos são canon e não faz muita diferença entre jogar a versão da PlayStation ou da PlayStation Portable por serem demasiado semelhantes, mas aconselho a versão da PSP.

E é nesta nota que acabamos esta segunda parte. No próximo artigo, começamos então a última parte da Persona Timeline onde não só se encontram os outros jogos de Persona, como também um jogo que pode ser inesperado. Não esquecendo que neste Dia das Bruxas poderemos todos nos mascarar de personagens desta franquia para mostrar o nosso afeto à Atlus.

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