A convenção do Arizona, Phoenix Comicon, anunciou a proibição de todas as armas prop durante o período da convenção “como resultado de recentes eventos”. O anúncio contém uma lista detalhada dos tipos de armas, produzidas como parte do cosplay, proibidas e os adereços ainda permitidos. O evento também implementou ainda segurança extra e técnicas de triagem aprimoradas, como scanner magnético e revista de mochilas.
A convenção oferece ainda reembolsos aos participantes da convenção caso tenham sido afetados pelas “mudanças de última hora”.
Convenção Bane Props em forma de arma – Cosplay
A proibição surgiu depois do Departamento de Polícia de Phoenix ter prendido um homem que alegadamente trouxe para a convenção armas de fogo. De acordo com a polícia, Matthew Sterling, de 31 anos, auto-intitulou-se de “The Punisher” e ameaçou matar agentes da polícia e o ator Jason David Frank de Mighty Morphin Power Rangers. Frank divulgou uma declaração sobre o incidente, afirmando que este não “conhece a pessoa que foi presa”.
A polícia afirmou que, quando Sterling foi preso, carregava consigo três armas de mão carregadas, uma espingarda carregada, uma faca de combate, um spray de pimenta e Shuriken.
Fonte: Anime News Network
Considerações pessoais:
Esta convenção realizou-se de 25 a 28 de maio. Poderão considerar esta notícia tardia, no entanto, e dados os recentes eventos espalhados pelo mundo ocidental, achamos por bem traduzir esta notícia e publicá-la. O objetivo? Uma sensibilização face aos perigos de uma segurança deficitária e quiçá pouco – muito pouco – preparada para convenções onde cosplay é cabeça de cartaz.
Como conseguirão as autoridades controlar e distinguir cosplayers de pessoas com intuitos perigosos? Se fosse cá em Portugal estaríamos preparados?
Deixa-nos a pensar, não acham?
Depois de ler esta notícia fiquei de facto reticente sobre o que deveria escrever sobre ela. Não quero com isto suscitar o medo nos participantes das convenções, ou criar qualquer tipo de onda anti-armas prop. Muito pelo contrário, sendo fã das mesmas gostaria que existisse regulação a proteger quem tem o trabalho – trabalhão! – para as produzir. Dar a segurança a todos os cosplayers de poderem trabalhar nas suas criações sem receio de serem barrados sem nenhum critério estudado.
Gostava de ver as convenções de cultura pop a transformarem-se em algo mais que “um festival temático” como retratadas em alguns jornais – para não dizer pior, mas prefiro não entrar por esses campos. Sonho pelo dia em que tudo seja tratado com o respeito que merece. Quem sabe um dia possamos ir a convenções sem pensarmos por milésimas de segundo: entraria aqui qualquer um armado e ninguém dava conta…