A Great Clash! The Straw Hat Crew vs. 100,000 Enemies
Independentemente daquilo que o título deste episódio vos possa levar a imaginar, a verdade é que não houve assim tanta luta quanto isso. Na verdade, estes momentos foram mesmo escassos devido à obrigatoriedade da série voltar ao passado para nos mostrar alguns acontecimentos importantes.
Galeria de Imagens: One Piece Episódio 554
Como tinha previsto na passada semana, o capítulo seguinte deveria revelar o plano estabelecido entre Jimbei e os Straw Hat Pirates. Pois bem, a primeira metade deste episódio foi precisamente para isso. Ou seja, para percebermos o que tinha sido combinado e o que falhou quando este foi posto em prática.
Acontece que as “negociações” não começaram lá muito bem. Jimbei queria fazer de Luffy o herói de Fishman Island para o povo da ilha recuperar a confiança nos humanos. No entanto, o nosso herói teimava em recusar assumir esse papel por ser um pirata. Porém, a partir do momento em que a negociação envolveu comida em favor de Luffy, este aceitou o plano sem hesitar por um segundo.
Na mesma cena, dá ainda para perceber que a definição de “herói” existente no dicionário de Luffy não é a mais acertada. O argumento que este utiliza é a prova disso. Aos olhos do protagonista da série, “pirata” e “herói” são conceitos não compatíveis. Quanto a vocês não sei, mas eu cá não concordo, pois o próprio Luffy tem vários traços característicos de ambas as partes.
Estabelecido o plano, ficou apenas a faltar resolver uma situação para se aumentar a probabilidade do mesmo ter sucesso. O salvamento de Zoro, Usopp e Brook. Ora, se este trio estivesse à espera que os seus companheiros chegassem ao Palácio de Ryugu bem que já tinham perdido a vida. A sorte deles foi mesmo a nova habilidade de Brook, que permitiu ao esqueleto encontrar Pappagu e receber dele uma ajuda preciosa no que toca à devolução das espadas de Zoro ao seu dono. Concluído este passo, vemos Zoro a cortar para aí metade do Palácio com os seus golpes. Seria interessante ver nos próximos capítulos o estado em que a mansão da realeza de Fishman Island ficou. Ao abandonarem o local, os três membros dos Straw Hat Pirates, juntamente com Pappagu, reencontram-se com os seus companheiros que estão a bordo do Sunny-Go!, ficando assim tudo preparado para o confronto com Hordy e restante tripulação.
De volta ao presente, o foco assenta sobre Shirahoshi. Chovem elogios para a Princesa, principalmente por parte de Jimbei, que destaca a coragem da jovem e a resistência à dor e ao sofrimento que esta teve durante tantos anos para poder cumprir a promessa que fez à mãe. A visada esvai-se em lágrimas perante tantas palavras reconfortantes. Note-se que estes atos de Shirahoshi, nos quais se inclui a ocultação do verdadeiro assassino da mãe, levaram à realização do maior desejo de Otohime e de Fisher Tiger. Isto é, o de bloquear a passagem para as gerações seguintes do ódio e ânsia de vingança que os Fishman desenvolveram para com os Humanos. Também nesta altura, vemos Nami entregar a Shirahoshi o papel que pode reunir pela primeira vez as duas raças.
Aquele momento de reunião entre Straw Hats, Jimbei e Shirahoshi acaba interrompido pelo regresso de Hordy Jones. Aparentemente, o golpe que levou de Luffy não o convenceu do poder dos seus adversários. Ou melhor, os 100 mil homens que tem ao seu dispor dão-lhe tanta confiança que Jones se decide a revelar os seus planos para o futuro.
Por um lado, até compreendo Hordy Jones. O antagonista tem 10 mil homens para cada um dos Straw Hats mais Jimbei. Aliás, muitos deles já se encontravam preparados e motivados para partirem para a ação. Todavia, Luffy decidiu intervir quando ouviu Hordy reclamar o título de Rei dos Piratas. O irmão de Portgas D. Ace fez uso do Haki, enquanto se dirigia ao Capitão dos New Fishman Pirates, arrumando logo ali com 50 mil adversários. A cara de Hordy após Luffy usar o Haki diz tudo. O terror e o medo expressos na sua face (ver última imagem da galeria) são mais do que perceptíveis, de maneira que estou curioso para ver a sua reação quando este recuperar a fala.
Os próprios companheiros de Luffy ficaram impressionados com as suas capacidades. Todos menos Zoro. O espadachim, ao dizer algo que pode ser traduzido em: “Era isto que eu precisava do meu Capitão, ou então teria de o deixar para trás.“, dá a entender que também desenvolveu o seu Haki.
Assim terminou mais um episódio de One Piece que ,como eu tinha dito na introdução, teve muito pouca ação. Felizmente, não foi por isso que deixou de ser interessante. Com o aproximar das lutas, o enredo e os diálogos tornam-se desde logo mais atrativos, que foi precisamente o que aconteceu neste capítulo.
Sem planos para percebermos e, aparentemente, sem grandes revelações programadas, o próximo episódio deverá trazer até nós excelentes combates proporcionados por estes dois grupos de piratas. Pessoalmente, sinto-me feliz por ter de volta os bons momentos de One Piece. É certo que assim custa mais esperar todas as semanas por 20 novos minutos de história. No entanto, antes isso do que não andar ansioso e desperdiçar a mesma quantidade de tempo com cenas aborrecidas e enfadonhas. Venha o número 555!