Pokémon Legends: Arceus – Análise ao Jogo

Pokémon Legends: Arceus não é jogo que os fãs esperavam, tendo conseguido surpreender ao reinventar a fórmula que os fãs da franquia estão tão habituados.  Oferecendo uma experiencia completamente nova sem perder a magia pela qual Pokémon é conhecido.

O jogo segue um protagonista dos tempos contemporâneos, misteriosamente transportado para a região de Sinnoh do passado através dos poderes do divino Arceus. Ao mesmo tempo que tentamos descobrir o porquê de termos sido transportados para o passado, partimos, também, numa aventura para completar a primeira Pokédex e desvendar os mistérios da antiga região de Hisui.

 

Pokémon Legends: Arceus
Plataformas	Nintendo Switch
Publicadora	Nintendo
Desenvolvedora	Game Freak
Género	RPG
Data de Lançamento	28 de janeiro de 2022

 

Graças à Nintendo Portugal vamos assim poder analisar e dar-vos a conhecer o mais recente jogo da maior franquia do mundo, Pokémon Legends: Arceus.

 

Pokémon Legends: Arceus – Análise ao Jogo

Não faz muito tempo desde o último lançamento de um jogo principal na franquia Pokémon, na realidade os jogos Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl foram lançados praticamente 3 meses antes do Arceus pelo que a minha sede por um jogo Pokémon novo ainda não era muita. Porém desta vez a Game Freak prometeu uma experiencia única e inovadora na franquia Pokémon ao reformular por completo a fórmula pelo qual os fãs já estão tão habituados.

Assim sendo, mesmo com apenas 3 meses de diferença entre os jogos a vontade de experimentar Pokémon Legends: Arceus e redescobrir Sinnoh através de um novo ponto de vista era enorme. A proposta foi bastante peculiar e arriscada ao apresentar novas mecânicas mais próximas a um jogo de Action RPG com Open Areas para explorar, porém com a dose certa de nostalgia pela franquia e região de Sinnoh para deixar qualquer fã deliciado do início ao fim.

 

 

Primeira impressão

Numa primeira impressão o jogo oferece uma experiência inovadora onde é possível explorar 5 áreas grandes com biomas distintos. Nestas áreas podemos tanto interagir com os Pokémon em tempo real, como com o ambiente para obter materiais indispensáveis para a mecânica de crafting presente no jogo. Sendo assim, possível notar uma inspiração em outros Action RPG de renome japonês.

Sendo que o jogo apresenta uma fórmula completamente nova, várias mecânicas que os fãs sempre gostaram na franquia Pokémon não se encontram presentes neste jogo. O jogo é bastante completo por si só, com bastantes horas de conteúdo, mas não deixei de sentir falta das clássicas batalhas contra treinadores, as lutar contra uma organização do mal e os desafios dos lideres de ginásio.

Embora sinta falta de algumas destas mecânicas tradicionais vale a pena salientar que esta foi sem dúvida a melhor experiência que a franquia ofereceu desde a transição para o 3D.

 

Nova Fórmula, Mesma Magia

Como anteriormente referido, Arceus segue um protagonista dos tempos contemporâneos, misteriosamente transportado para a região de Sinnoh do passado através dos poderes do divino Arceus. Somos assim levados a conhecer a região de Hisui onde a intervenção humana na região ainda é mínima, o que por sua vez representa um pequeno número de treinadores e vilas/cidades espalhadas pela região.

 

 

Vila Jubilife

O primeiro local ao qual o jogador é introduzido é a vila de Jubilife, local que funcionará como base de operações do personagem. A partir desta vila o jogador poderá partir em aventuras e explorar 5 áreas com biomas completamente diferentes, num sistema de progressão próximo ao famoso Monster Hunter Rise também para a Nintendo Switch.

Enquanto exploramos os biomas, a vila de Jubilife também se vai desenvolvendo com novos edifícios e lojas que o jogador poderá usufruir durante a sua aventura. Nesta vila é ainda possível fazer várias missões secundárias ao realizar tarefas a pedido dos vários NPC’s. Algumas destas missões secundárias podem ajudar a desbloquear edifícios ou funcionalidades para o jogador pelo que é importante ajudar os habitantes de Jubilife o máximo possível.

 

 

Áreas de exploração

Quando partimos numa aventura para explorar as diferentes áreas somos deparados com um vasto mundo por descobrir com certa liberdade, onde não existem as tradições “rotas” que o jogador é obrigado a seguir. Para além de um mundo bastante mais aberto, os Pokémon selvagens ganharam vida neste jogo onde é possível ver os mesmos a interagir com o ambiente.

 

 

Ao contrário dos jogos tradicionais, o jogador recebe uma maior liberdade de exploração e interação com os Pokémon selvagens. Quando chega a altura de apanhar Pokémon o jogador pode optar entre duas alternativas, tentar apanha-los com iscas e pokébolas sem iniciar combate ou optar por atirar um dos seus Pokémon e iniciar uma batalha um pouco mais tradicional.

Para além da interação com os Pokémon, o jogador é ainda encorajado a interagir com o ambiente de modo a obter materiais importantes para a mecânica de crafting presente no jogo. É a partir desta mecânica que o jogador poderá construir as suas pokébolas, poções e outro itens que possam ser importantes na exploração.

 

 

Combate

Embora o sistema de combate seja próximo ao dos jogos tradicionais Pokémon, o mesmo recebeu várias alterações. Primeiramente o jogador pode pela primeira vez se mover livremente durante as batalhas e até fugir das mesmas ao se afastar a qualquer momento.

 

 

Foram ainda introduzidos 2 estilos novos de combate, Agile e Strong Style moves. O Agile permite o jogador usar uma versão mais fraca de um ataque, porém recebe vantagem em poder atacar novamente mais cedo. Por outro lado o Strong Style permite o jogador utilizar uma versão mais forte de um ataque, com a desvantagem de perder turnos durante a batalha. Vale ainda a pena referir que os efeitos de Status foram completamente modificados neste jogo.

Enquanto o jogador explora as áreas de exploração deverá ainda ter cuidado com vários Pokémon fortes e agressivos com capacidade suficiente para acabar rapidamente com a equipa inteira do jogador se este não tiver cuidado.

 

 

Progressão

Pokémon Legends: Arceus apresenta também um sistema de progressão bastante diferente dos jogos mais tradicionais. Como anteriormente referido o jogador tem como base de operações a Vila de Jubilife e poderá avançar na história e explorar novas áreas ao realizar certas tarefas na Pokédex pedidas pelo professor.

No final de cada área de modo a poder avançar para a próxima o jogador terá que ter realizado duas tarefas. Primeiro é necessário um certo rank na sua Pokédex e segundo é necessário acalmar um feroz Pokémon Nobre numa batalha de ação em tempo real pouco convencional.

 

 

Ao avançar na história o jogador receberá vários “Ride Pokémon” que permitirão o mesmo explorar zonas anteriormente inacessíveis nas áreas anteriores.

Embora não haja treinadores espalhados pelas áreas de exploração, várias são as batalhas contra treinadores que acontecem ao longo da história. Batalhas estas que são bastante mais desafiantes que as dos jogos anteriores!

Por fim vale ainda a pena referir que o jogo apresenta bastante conteúdo pós créditos, onde será possível combater contra vários Pokémon Lendários e completar a Pokédex de modo a conseguir desafiar o mítico Arceus.

 

Onde o Jogo Falhou?

Como qualquer bom jogo existem vários pontos fracos em Pokémon Legends: Arceus. Sendo que o jogo apresenta uma fórmula completamente nova, várias mecânicas que os fãs sempre gostaram na franquia Pokémon não se encontram presentes neste jogo.

O jogo é bastante completo por si só, com bastantes horas de conteúdo, mas não deixei de sentir falta das clássicas batalhas contra treinadores, as lutar contra uma organização do mal e os desafios dos lideres de ginásio. Para além disto vários jogadores sentirão também que as funcionalidades multijogador do jogo pecam bastante, sendo apenas possível trocar Pokémon e apanhar itens que outros jogadores deixaram cair quando morrem no seu jogo.

 

 

Vale ainda a pena referir os gráficos do jogo que são um tema quente na comunidade Pokémon. Primeiramente não desgosto do estilo de arte escolhido para o jogo, ao tentar misturar arte tradicional japonesa com o estilo de arte tradicional japonês. Porém em alguns pontos principalmente no ambiente este estilo artístico pecou um pouco, embora valha a pena referir que a qualidade das animações e os modelos dos Pokémon e Personagens melhorou imenso em relação aos jogos anteriores.

Numa nota final embora não afete assim tanto a experiência do jogo, não podemos deixar de referir alguns problemas de performance e erros gráficos que o jogo apresenta. É possível notar ao longo do jogo notar em algumas circunstancias tanto lag como vários objetos a aparecerem e desaparecerem do nada enquanto exploramos a área.

 

Pokémon Legends: Arceus – Juízo Final

Com Pokémon Legends: Arceus a Game Freak ofereceu-nos uma proposta bastante peculiar e arriscada ao apresentar novas mecânicas mais próximas a um jogo de Action RPG com open areas para explorar, porém com a dose certa de nostalgia pela franquia e região de Sinnoh para deixar qualquer fã deliciado do início ao fim. Podemos pela primeira vez interagir tanto com os Pokémon em tempo real, como com o ambiente para obter materiais indispensáveis para a mecânica de crafting presente no jogo.

A Game Freak conseguiu, assim oferecer o jogo Pokémon que sonhávamos receber desde a transição da franquia para as consolas 3D. Porém faltou certas funcionalidades no mesmo e este não é o jogo certo para os fãs que gostam da franquia apenas pelo conteúdo multijogador que a mesma oferece. Pelo que este é o jogo ideal para qualquer fã que procura usufruir de uma boa aventura single-player.