Hitsugi no Chaika: Avenging Battle – Primeiras Impressões

Título: Hitsugi no Chaika: Avenging Battle
Adaptação: Manga
Produtora:  Bones, Kadokawa Shoten, flying DOG
Géneros: Shounen, Ação, Aventura, Fantasia

 

Hitsugi no Chaika: Avenging Battle | Opening

Iori Nomizu – Shikkoku wo Nuritsubuse 

 

Enredo

A jornada de Chaika Trabant para reunir os restos mortais do pai continua. Com a ajuda dos ex-sabotadores Toru Acura e Akari Acura, e o dragão Fredrika, percorrem o reino ao encontro dos Oito Heróis Imperiais, responsáveis pela morte e desmembramento do pai.

Esta produção representa a continuação direta da obra Hitsugi no Chaika, da temporada de primavera deste ano. As repercussões dos surpreendentes acontecimentos dos últimos episódios, são agora demonstradas. Muitas foram as dúvidas fermentadas na primeira parte da saga. Tanto a história da guerra entre o Concílio das Seis Nações e o Império Gaz como as próprias personagens representam, por si só, um grande mistério. Aos poucos, algumas das dúvidas são desvendadas e outras perpetuadas.

 

 

As diferenças e mudanças mais significativas vêm com os antagonistas da série: a equipa Gillette. A desfragmentação da divisão é, contudo, algo de extremo interesse na narrativa. Com uma premissa forte, mas um desenvolvimento pouco sustentado, os pequenos progressos e diferenças conseguem captar alguma atenção ao espetador.

 

 

Extremamente lineares, poucas ou nenhumas são as diferenças relativas às personagens. Chaika continua extremamente dependente, apesar da tentativa de implementação de uma espécie de “episódio-treino”, onde vemos a protagonista efetivamente melhorar e quase tornar-se útil. Dos restantes protagonistas nada mudou, vemos, inclusive, a repetição de momentos humorísticos e o recurso consecutivo à obsessão de Akari sobre o irmão.

Surgem as primeiras memórias de Chaika! Pela primeira vez na franquia, com a excepção do primeiro episódio, vemos “flashes” do passado do Imperador, intimamente ligados ao de Chaika, que incitam a dúvida em torno das “Chaikas”. Poderá haver esperança numa obra mediana e sem elementos surpreendentes ou capazes de se destacarem no elevado leque de animações disponíveis.

 

 

Ambiente

A qualidade técnica continua a ser de louvar. Todo o design e desenvolvimento cénico não possuem qualquer erro ou quebras de qualidade. Podemos dizer que como um todo é uma grande produção visual. Sem, contudo, trazer nada de novo ao género shounen, destaca-se a crescente caraterização bélica e a desenvoltura das batalhas. A interação entre os participantes é realmente superior, as coreografias denotam-se francamente melhoradas e a dinâmica acrescida.

 

 

O detalhe e originalidade da primeira produção perpetuam-se. A harmonia entre o retrato da época medieval e o universo mágico promovem um espetáculo de som e imagem bastante agradável. A forma singular e perfecionista com que tudo é explorado e desenhado continua a ser um marco quer de design como em questões narrativas.

 

 

Quanto à banda sonora, é reduzida mas dentro do espetável para a produção em questão. O trabalho dos Seiyuu é admirável e os openings continuam a ser atrativos e bem ao género shounen.

 

Potencial

O potencial desta obra é francamente discutível. Isto porque estamos a falar de uma obra mediana, onde por si só as expetativas são diminutas. A premissa poderá chegar para cativar alguns, o mistério é relativamente bem trabalhado e as batalhas são de franca qualidade. Contudo, tudo o resto fica pelo mediano, demasiados clichés revestidos por um ou outro pico narrativo que nada trazem de novo ao nosso reportório.

Se já assistiram à primeira parte da obra com certeza devem continuar, afinal de contas a premissa é boa e é impossível não se ficar curioso sobre a verdadeira história do Imperador Gaz e das Chaikas espalhadas pelo reino. Se não tiverem assistido e mesmo assim quiserem dar um oportunidade, convém realçar que têm obrigatoriamente de ver a primeira temporada sobre o risco de não entenderem nada desta.

 

Trailer Hitsugi no Chaika: Avenging Battle