Sonic Adventure | |
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Plataformas | Original – Sega Dreamcast DX: Director’s Cut – Nintendo GameCube, PlayStation 3, Xbox 360, PC |
Publicadora | Sega |
Desenvolvedora | Sonic Team |
Género | Aventura |
Data de Lançamento | 23 de dezembro de 1998 |
Durante os anos 90, a Sega era uma das maiores companhias de jogos, em parte graças ao grande sucesso da Mega Drive e dos jogos lançados para a consola na altura que incluíam a mascote da companhia, Sonic the Hedgehog.
Com esta popularidade toda por trás, havia o interesse de elevar a fasquia ainda mais e foi então que o co-criador de Sonic, Yuji Naka, começou a planear um novo jogo do ouriço azul, mas com uma grande diferença: o jogo seria em 3 dimensões.
Chamar-se-ia Sonic X-treme e seria lançado para a Sega Saturn, mas, devido a vários fatores, o projeto acabou por ser cancelado em 1997, levando ao fracasso da consola visto não haver nenhum jogo original de Sonic a ser lançado na altura.
Ainda assim, Naka queria desenvolver o jogo e começou a trabalhar numa nova ideia. Ao mesmo tempo, a Sega estava a trabalhar na sua nova consola, a Sega Dreamcast, algo que iria beneficiar a Sonic Team pois eles teriam a oportunidade de saber a capacidade da consola e até mesmo sugerir melhorias na performance.
Após vários meses de trabalho árduo, o jogo foi finalmente lançado para o público com o nome Sonic Adventure e apesar de um lançamento com bastantes bugs, as versões americana e europeia que se seguiram, foram lançadas com esses problemas arranjados.
Segue-se então a análise de Sonic Adventure.
Sonic Adventure – Análise ao Jogo
Sonic Adventure é um jogo desenvolvido pela Sonic Team que foi publicado pela Sega a 23 de dezembro de 1998 no Japão e um ano depois no resto do mundo.
Recebeu um porte para PC e Nintendo GameCube com o nome Sonic Adventure DX: Director’s Cut que trouxe melhorias gráficas, mas foi mal recebido pelos críticos por não ter resolvido os problemas do anterior e por trazer ainda mais problemas que o original não tinha.
A influência do 3D na jogabilidade
Desde o lançamento do seu primeiro jogo em 1991 que Sonic tem mantido a sua jogabilidade num espaço em 2 dimensões e, com a exceção de Sonic 3D Blast, Adventure foi o primeiro que arriscou num novo tipo de jogabilidade para a série principal.
Isto pode parecer um enorme risco ao início, mas a Sega conseguiu fazer um bom trabalho em implementar a jogabilidade familiar dos jogos clássicos de Sonic num ambiente 3D sem causar confusão ao jogador sobre como jogar.
Ainda assim, existe aquele sentimento que a jogabilidade pode tornar-se bastante repetitiva e, para isso, a Sega fez com que fosse possível jogar com 6 personagens, cada uma com o seu estilo de jogo próprio e missões para cumprir.
Esta ideia permite revisitar a mesma fase mais do que uma vez, mas sempre de uma forma completamente diferente e, ao mesmo tempo, trazer um pouco de variedade à franquia pois. embora iterações anteriores permitissem jogar com outros personagens, nunca mudavam a forma como se jogava.
Narrativa com vários pontos de vista diferentes
A história dos jogos originais de Sonic foi sempre bastante simples, em parte porque os jogos eram lançados para uma plataforma que não permitia contar uma narrativa complexa. Mesmo com esse obstáculo, os desenvolvedores conseguiram escrever uma boa narrativa para acompanhar a jogabilidade.
Em Sonic Adventure parece que a Sega foi numa direção diferente e apresentou seis pontos de vista diferente sobre os eventos que estão a decorrer no jogo. A história de cada personagem é boa e encaixa no tema de cada um, mas é ao juntar as seis que percebemos tudo o que se está a passar.
Uma pequena falha que o jogo tem na narrativa, e principalmente na jogabilidade, é a falta de indicação para onde o jogador tem que se encaminhar depois de completar cada fase, visto que, para ir para cada fase interage-se com um pequeno mundo aberto.
Mas a maior falha é sem dúvida a campanha com o Big the Cat. A história do Big pode ser de curta duração, mas não só a lacuna acima referida está muito presente como a jogabilidade é ridiculamente difícil de perceber ao início e isso leva a que esta secção demore o dobro do tempo.
Um jogo feito para a Dreamcast | Sonic Adventure – Análise ao Jogo
O desenvolvimento da Sega Dreamcast e de Sonic Adventure estiveram ligados desde o início e isso permitiu à Sega tomar certas decisões arriscadas na esperança de criar uma experiência nova para os jogadores.
Uma dessas decisões foi a banda sonora do jogo. Os jogos anteriores tinham um estilo de música electropop, mas para Sonic Adventure o compositor, Jun Senoue, preferiu utilizar um estilo mais funk e rock ‘n’ roll e isso eleva ainda mais a sensação de estamos a “viver” uma aventura.
Contrastando com a banda sonora temos a adição de voice acting. Metal Gear Solid foi o primeiro jogo a trazer essa experiência para o público e aplicou-a de forma muito boa, apesar de o Hideo Kojima não ter sido muito fã da dobragem inglesa do jogo.
Com Sonic Adventure, a implementação foi bastante fraca em especial o lip-synching, que está mau. Algumas das vozes estão bem feitas, mas ao mesmo tempo é muito fácil ouvir falas repetidas durante o jogo todo.
Ainda assim, para primeira vez, estas ideias correram bem e fizeram com que o jogo ganhasse a sua própria personalidade.
Veredito | Sonic Adventure – Análise ao Jogo
Jogar Sonic Adventure em 2021 é uma experiência interessante. Quando o jogo foi lançado em 1998, recebeu bastantes opiniões positivas graças à sua ideia original e arriscada, mas se este fosse lançado este ano seria bombardeado com análises negativas por causa dos seus gráficos estranhos e a sua jogabilidade difícil e incontrolável.
Sem sombra de dúvida que a versão DX não melhorou nada no jogo original, mas até mesmo em 2021 Sonic Adventure continua a ser um bom jogo, especialmente com os truques utilizados para criar certos efeitos visuais e a memorável banda sonora.
Para primeiro jogo 3D de Sonic, a Sega fez um excelente trabalho em apresentar uma ideia familiar num ambiente diferente, o qual continua a ser uma grande influência para os futuros jogos da franquia.
Análises
Sonic Adventure
Um clássico da Dreamcast que continua bom quando comparado aos jogos de plataforma dos dias de hoje.
Os Pros
- Jogabilidade divertida e diversificada
- Bons gráficos para o seu tempo
- Banda sonora excelente
Os Contras
- História do Big the Cat
- Voice acting medíocre
- Falta de indicação para onde ir