91 Days | Primeiras Impressões

Título: 91 Days
Adaptação: Original
Produtora: Shuka
Géneros: Ação, Drama, Suspense
Ficha Técnica: Disponível

 

91 Days | História

A série decorre em 1920, cinco anos após a aprovação da “National Prohibition Law”, na cidade Norte Americana de Lorel. Esta lei consiste na proibição de venda de bebidas alcoólicas, que possuam na sua constituição mais de 2.75% de álcool.

Nesta narrativa acompanhamos o protagonista Angelo Lagusa (também conhecido por “Avilio Bruno”), que tem como objetivo infiltrar-se numa família da máfia, de modo a executar vingança contra os assassinos que mataram os seus pais e irmão.

 

 

91 Days | Enredo

A raridade dos elementos da premissa é, por si só, um factor a ter em conta no momento de seleção por entre os títulos da temporada do verão de 2016. Porém, raridade não é sinónimo de qualidade e exemplos de tal facto não são escassos.

Por enquanto, pelos três episódios que já foram transmitidos, posso afirmar que 91 Days está bem encaminhado. Inicia com força suficiente para nos agarrar a atenção com uma progressão positiva, a ponto de nos levar a clicar no episódio seguinte. Ainda que o balanço seja otimista, e de modo a obtermos o melhor resultado possível, existem alguns aspetos a serem limados. Entre estes, destaco pelo menos dois que considero cruciais.

 

 

O primeiro ponto encontra-se na dificuldade sentida em acompanhar todos os nomes referentes às diferentes famílias da máfia, que nos vão sendo debitados. A forma como está estruturado o ritmo de desenvolvimento da narrativa, obriga-nos a avançar de evento para evento sem ter uma imagem mental de todas as famílias existentes, bem como as ligações de umas com as outras. A falta de solidificação desta informação deixa o espectador com a sensação de que está perdido. Ainda assim nota-se evolução neste parâmetro com o avançar dos episódios, pelo que estou confiante de que isto será cimentado a tempo para se atingir a compreensão total dos eventos.

 

 

O segundo ponto está, de certa forma, ligado ao anterior: personagens. Ao protagonista já lhe foi dado um bom nível de caracterização, logo quanto a este não me surge nenhum receio. No entanto, no que diz respeito ao restante plantel, ainda só vi três episódios e já estou em posição de defesa. Estamos a falar de uma época onde o carisma é o fuel que alimenta a personalidade das personagens, e isso não se está a fazer sentir (tirando uma ou outra exceção).

 

 

91 Days | Ambiente

A atmosfera ambiental está muito bem trabalhada. A decoração dos cenários, vestuário, maneirismos, arquitecturas, banda sonora, tudo está muito bem estudado e executado. Estes criam a atmosfera e harmonia necessárias para alocar o nosso cérebro naquela época.

Portanto, a nível de produção ambiental não existe grande incerteza. Todos os elementos que pedem atenção estão a recebê-la nas devidas quantidades e, a partir deste ponto, só se pode esperar progressão.

 

 

91 Days | Juízo Final

Com isto dito, resta-nos absorver o resto dos episódios para chegarmos à conclusão final. Se estes aspetos, que considero cruciais, forem limados, então estaremos perante uma boa narrativa de época (ainda que seja fictícia). Caso contrário, será apenas uma boa premissa preenchida por personagens vazias, que têm o exclusivo intuito de fazer progredir a narrativa de uma forma conveniente – mesmo que isto passe despercebido a um olhar menos experiente.

Se gostam de narrativas que abordam tempos mais remotos, neste caso os anos 20, ou se gostam de enredos onde o elemento Máfia é um dos principais, não vejo qualquer tipo de entrave para começarem já a ver. Em contrapartida, se nada disto é um fator aliciante, então aconselho a esperar pelo final.

Tal como disse, a raridade não é sinónimo de qualidade e, neste caso, ainda não tem força suficiente para agarrar um público com pouco estimo por estas temáticas.

 

91 Days | Trailer