Ajin | Primeiras Impressões

Título: Ajin
Adaptação: Manga
Produtora: Polygon Pictures
Géneros: Sci-Fi, Ação, Drama
Ficha Técnica: Disponível

 

Ajin | História

Kei é um estudante que possui um exagerado empenho em conseguir obter notas altas. Isto tudo para atingir o seu grande sonho: tornar-se num médico e humano de sucesso. Esta sua obsessão focada apenas nos estudos, desviou-o um pouco da realidade na qual está inserido, tornando-o mais máquina que humano.

Este vive num mundo onde Ajins são uma realidade. São designados assim todos o seres humanos que se revelam imortais, ainda que a quantidade conhecida desta espécie seja bem reduzida. Tudo indicava que Kei iria ter mais umas férias de verão como tantas outras, porém certos eventos relacionados com Ajins acabaram por lhe mudar completamente a vida.

 

 

Ajin | Enredo

Está aqui uma descrição bem sintetizada da narrativa. Preferi abordar a história desta forma, para não vos retirar a experiência do primeiro episódio. Até porque não considero que seja necessário que tenham conhecimento do evento que muda a vida dele, para discernirem se querem ou não ver a obra. Basicamente aqui existe apenas um ponto a considerar: gostam de obras com uma atmosfera Seinen? Então têm que pelo menos ver o primeiro episódio, chega perfeitamente para perceberem o que vão retirar daqui, e se o querem fazer.

 

 

A Polygon Pictures ficou conhecida por adaptar muito bem a narrativa de Sidonia no Kishi, e ao que tudo indica, este minucioso trabalho vai propagar-se nesta adaptação. Em pouco tempo temos uma cativante abordagem do protagonista, caracterizando-o através não só das suas ações, como também a partir das interações dos outros para com ele. Pequenos momentos foram suficientes para nos transmitir uma grande parte da informação, que por norma é realizada de forma exaustiva.

 

 

A caracterização da personagem não foi o único ponto em alta no enredo. O ritmo de exposição e desenvolvimento da narrativa está bem gerido nos mais variados aspetos. Mostram-nos o tema com clareza suficiente para entendermos aquele mundo, mantendo o mistério suficiente para que queiramos ver o próximo episódio.

 

 

Ajin | Ambiente

Chegamos ao departamento que com certeza será um grande “NÃO” para muita gente. Para quem não conhece os estúdios responsáveis pela adaptação isto poderá ser uma surpresa. Se é agradável ou não, acabará por ser decidido pelos olhos de quem a vê. Portanto, a Polygon Pictures é especialista em produção de anime com recurso à tecnologia 3D.

 

 

Todas as personagens são modeladas em CGI, animadas em 3D, e pintadas através de cellshading. Tudo isto está muito bem feito, mas ser bem feito não significa que vai de encontro aos gostos e olhares habituados à animação 2D, desenhada à mão. Entre estes departamentos, o único que está menos bem conseguido é a animação, uma vez que se encontra com um framerate desregulado, por isso é que apesar de tudo ser muito bonito, por vezes irão notar que os movimentos das personagens ficam mais lentos.

 

 

Os cenários são na sua maioria desenhados e pintados em 2D, dando origem a uma combinação bastante interessante. A música consegue captar a essência da narrativa, transmitindo toda a atmosfera negra e dramática que a obra vai ganhando.

 

 

Ajin | Juízo Final

Após a visualização do primeiro episódio, e mesmo que gostem da escrita, é possível (muito possível) que fiquem com um gosto familiar na boca. Porque na verdade, parte das camadas narrativas já foram lidas e vistas, tanto em manga como em anime. Por outro lado, esta é uma adaptação proveniente de uma manga que recebeu prémios bem conceituados, que por sua vez promovem a originalidade da escrita e da arte. O que me leva a crer que Ajin tem potencial para ir além das obras que já abordaram temas semelhantes.

Do ponto de vista da produção ambiental, só posso esperar que consigam limar o problema do framerate, sendo que podemos esperar do restantes departamentos uma boa coesão.

 

Ajn | Trailer