Balan Wonderworld é um jogo de ação e plataforma 3D desenvolvido pela Balan Company (nova divisão para jogos de ação da Square Enix) e pela Arzest com publicação pela Square Enix.
O jogo foi lançado dia 26 de Março para Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC via Steam.
A versão jogada para esta análise é a da PS4 disponibilizada para nós pela Ecoplay, portanto obrigada ao pessoal de lá!
Podem comprar o Balan Wonderworld na Humble Bundle através do nosso link.
Balan Wonderworld – Análise ao Jogo (PlayStation 4)
O Básico do Jogo
O Balan Wonderworld é um jogo que me surpreendeu mal o abri, visto ter suporte para 23 línguas diferentes, algo que não é visto em muitos jogos hoje em dia.
Para ser honesto, também é um pouco mais fácil visto que as personagens falam uma língua inventada, mas não deixa de ser agradável ter tanta escolha de língua.
A história revolve de volta do Balan Theatre, um local onde os nossos protagonistas, Leo Craig e Emma Cole, entram num momento de tristeza e conhecem o Maestro Balan, a personagem mascote do jogo.
Aparentemente, os nossos protagonistas perderam o balanço nos seus corações então o Maestro envia-os para o Wonderworld, um mundo onde eles irão ter uma enorme aventura e ajudar várias pessoas com o mesmo problema!
O jogo tem 12 mundos, cada um com 2 níveis normais e um boss no final, fazendo no total 36 níveis. O jogo também promete 80 fatos, cada um com um poder especial e único!
Mas não foi isso que me atraiu ao jogo ainda antes de o ter sacado… Yuji Naka, criador de Sonic the Hedgehog e NiGHTS into Dreams, é o diretor e um dos dois escritores do jogo, logo isso entusiasmou-me bastante. Naoto Ohshima, designer original de Sonic e Dr. Eggman é o artista principal de Balan, marcando um marco, visto que a última colaboração de Naka e Ohshima foi em Sonic Adventure, em 1998, jogo que já tem análise no ptAnime!
Isto é tudo muito bonito… até deixar de o ser…
Jogabilidade
Eu vou tentar marcar já o que acho que estragou o jogo logo no seu lançamento, porque… nossa senhora, vamos só avançar.
O jogo é controlado com o analógico para mover e qualquer botão para fazer uma ação. Sem fato esta ação é um simples salto, mas para certos fatos pode ser algo diferente.
O facto do jogo prometer 80 fatos em 12 mundos preocupou-me bastante e com razão. Eles totalmente foram com uma mentalidade de “quantidade acima de qualidade” o que lhes custou caro.
Para entenderem o que quero dizer, vou dar o exemplo do fato que mais odeio no jogo, o Box Fox. Este fato é um dos 8 presentes no quarto mundo de Balan.
Este mesmo fato deixa o usuário tornar-se numa caixa metálica que não só é invencível, mas pode dar dano a objetos quebráveis e aos inimigos do jogo, os Negati.
Vocês devem estar a pensar que este fato é ridiculamente bom, certo? Hahahaha, vocês estão completamente errados. A ação do fato é saltar. Como é que vocês se tornam numa caixa? Simples. É completamente aleatório quando é que o usuário se torna ou não numa caixa. Não só isso, mas quando são uma caixa, vocês não controlam o movimento da mesma, logo se estiverem perto do final duma plataforma prontos para saltar, a caixa é capaz de escorregar e fazer-vos cair. Super divertido! Só que não…
Existem demasiadas escolhas duvidosas que me fazem chorar por dentro sempre que me lembro que o Yuji Naka está por detrás deste jogo e que a Square Enix aprovou este jogo a ser vendido a full price! Sim! Se quiserem este jogo terão de pagar 60 euros! Ridículo!
Mas bem, agora que libertei os meus nervos, está na hora de falar das coisas que gostei do jogo, porque sim, este jogo tem pontos positivos.
Adoro o design de tudo. Personagens, fatos e níveis são lindos de se ver. Acima disso, acho super fofo o jogo ser baseado em teatro musical e nós termos não só monstros nos níveis, mas também cutscenes animadas pela Visual Works em que os personagens dançam felizes da vida.
O jogo tem uma história muito positiva e com uma moral excelente. Também gosto do elemento metroidvania em que certas estátuas do Balan (objetos que temos de colecionar para desbloquear mais níveis) só são possíveis de apanhar com fatos que se apanham noutros mundos, excelente ideia para explorar o uso dos fatos.
Eu gostaria muito de ver um Balan Wonderworld 2 com menos fatos e talvez um botão próprio para o salto e outro para as ações. Eu sei que o jogo é suposto ser para a família toda, mas ter só um botão é algo que é melhor deixar para Sonic the Hedgehog (1991).
Juízo Final | Balan Wonderworld – Análise ao Jogo (PlayStation 4)
O jogo tem bastante potencial, mas fica-se só por isso devido ao aspeto mais importante, a jogabilidade, ser demasiado frustrante demasiadas vezes. O que me dava coragem de passar muito tempo nos níveis era a banda sonora infalível de Ryo Yamazaki e Hironori Anazawa.
Não consigo falar o suficiente sobre o quanto eu quero uma sequela ao jogo, com menos conteúdo, melhor qualidade e talvez um preço mais justo. Eu estarei lá para o jogar!
Depois de falar com outro redator também consigo dar este conselho à equipa por detrás do jogo: “não há outro caminho sem ser para cima”.
Análises
Balan Wonderworld
Uma experiência semelhante ao de assistir a um teatro que falha drasticamente na jogabilidade e que traz muito para jogar mas com pouca qualidade.
Os Pros
- Fácil de jogar
- Alto nível de re-jogabilidade dos níveis
- Visuais e banda sonora incríveis
Os Contras
- Ridiculamente frustrante de se jogar
- Potencial desperdiçado
- O lema do desenvolvimento foi totalmente "quantidade acima de qualidade"