Se o sucesso e popularidade de Shirobako provou alguma coisa foi que, existe uma boa quantidade de fãs de anime interessados em conhecer todos os processos de produção dos seus animes favoritos. Com isto em mente, de seguida fica o registo de uma entrevista com Hiroshi Mizuno, o editor responsável pela Newtype. Nesta entrevista vão poder conhecer o olhar do jornalismo nipónico sobre a indústria atual e o que ele espera do ano de 2016.
Pergunta: Quais os estúdios que um japonês comum terá probabilidade de conhecer?
Mizuno: Deixando de lado a Studio Ghibli, é muito provável que exista muita gente que conheça a Toei Animation, graças à imensa popularidade de One Piece, Dragon Ball e Precure.
P: Grande parte dos estúdios de animação estão localizados em Tóquio, será que isto tem peso no marketing de cada estúdio?
M: Sem qualquer dúvida. Porém, ultimamente os estúdios começaram a criar raízes noutros locais. E mesmo estúdios novos começaram a surgir noutras localidades. Por exemplo, a Ufotable (Fate, God Eater) é sediada em Tokushima, a Kyoto Animation (K-On, Hibike Euphonium!) é sediada em Kyoto, a equipa da P.A Works que criou Shirobako, está com o seu estúdio principal localizado em Toyama. O facto de certos estúdios estarem em locais mais rurais, consegue levar essa local à revitalização, através de criação de emprego e claro, aumento de turismo. A Ufotable, por exemplo, todos os anos organiza um evento em Tokushima que atrai 80,000 pessoas. Isto é muito bom para o Japão, que luta arduamente contra a centralização que existe em Tóquio.
P: Quais são os estúdios que considera únicos na indústria contemporânea?
M: A Polygon Pictures é sem dúvida um deles. São os responsáveis pela produção de Sidonia no Kishi e de Ajin. Estão a usar técnicas de animação com recurso ao 3D de uma forma bem única, e acho que é um estúdio para o qual devemos direcionar a nossa atenção ao longo de 2016.
P: Como já tínhamos referido, recentemente começaram a abrir cada vez mais estúdios, quais aqueles que devemos estar atentos?
M: É verdade sim. Tivemos a abertura da Wit Studio que já nos trouxe Shingeki no Kyoujin, tivemos a equipa responsável pela criação de Anthem of the Heart, que é parte da A-1 Pictures. Estes dois andam a criar coisas bem interessantes. Estou muito curioso com o que poderá surgir da nova filial da Gainax, que abriu recentemente em Fukushima.
Fonte: Otaku USA