Ex-Presidente da Gainax sentenciado a 2.5 Anos de Prisão - Tomohiro Maki

Ex-Presidente da Gainax sentenciado a 2.5 Anos de Prisão – Tomohiro Maki

Aviso para leitores mais susceptíveis: este artigo contém descrições de assédio e abuso sexual.

O Bengo4.com, portal dedicado a assuntos jurídicos, reportou que o Tokyo District Court sentenciou Tomohiro Maki, ex-presidente da Gainax, a dois anos e meio de prisão por cometer actos indecentes com recurso a uma quase-coação das vítimas. Maki foi detido em Dezembro de 2019 por actos indecentes que cometera em Fevereiro de 2019 a uma aspirante a actriz de voz, que foi contratada pela companhia de produção do qual ele era gestor.

Maki tirou fotografias à vítima enquanto ela estava nua, reportadamente para a “preparar para os photoshoots realizados na indústria do entretenimento“. Além disso, Maki tocou na vítima de modos inapropriados, sendo que ele alegou que só a estava a massajar porque “os pés dela estavam inchados“.

Na altura, Maki ocupava o cargo de Director-Representante da Gainax International, uma agência de talentos afiliada ao estúdio Gainax. Maki ocupou o cargo de Director-Representante da Gainax em Outubro de 2019, depois dos crimes, mas antes da detenção. Ocupava ainda o cargo de Director no conselho da Gainax, desde 2015.

Tanto Maki, como outros membros do conselho, na altura da sua detenção, pediram a demissão em Dezembro de 2019. A Gainax apontou Yasuhiro Kamimura, Director-Representante da Groundworks, como sucessor de Maki, a 28 de Dezembro de 2019.

Em reacção à sentença aplicada a Maki, a vítima afirmou que era ingénua quando lhe foi dito que os photoshoots sem roupa, bem como as mensagem inapropriadas que as mulheres do dormitório da Gainax recebiam, eram tudo coisas necessárias para a sua promoção. A vítima, que na altura teria entre 17 a 19 anos, acrescentou que houve momentos em que ela rejeitou, mas que noutros tantos foi convencida a aceitar as propostas indecentes. Afirma, ainda, que passou o ano de 2019 com grande ansiedade, e que espera que mais ninguém no futuro tenha de sentir o que ela sentiu.

Kunitaka Kasai, advogado da vítima, pediu para que o anonimato seja respeitado e prometeu tomar medidas para proteger a honra e privacidade.

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