Depois da montanha russa de emoções dos últimos dois episódios, previa que este sexto adoptasse um ritmo mais tranquilo para podermos respirar. Fez isso, mas não largou o foco emocional a que já nos habituou, iluminando com outra luz a relação entre Mob e Reigen.
>>>ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!<<<
Mob Psycho 100 II – Opinião Episódio 6
O mestre ONE e/os guionistas da adaptação anime raramente deixam no ar grandes “verdades não-ditas”, optando por apresentar as personagens a lidar com isso no seu subconsciente, ou em conversa, ou ver essa verdade apontada por outra personagem.
Posto isto, não há muito para descortinar relativamente aos conteúdos do episódio e por isso quero apenas falar sobre vários aspectos que gostei, sem conjecturar muito.
Reigen – Concepção, Introspecção, Reinvenção
Rapidamente deu para entender que a personagem central do episódio seria Reigen. E, sinceramente, já estava na altura de saber algo mais sobre o mestre. O nosso ponto de vista sobre Reigen é o mesmo que Mob tem (ou tinha), no sentido em que não tínhamos real acesso aos seus pensamentos, a menos que estes estivessem associados a acções ou atitudes do nosso protagonista.
Começar com o Reigen a abandonar o seu lugar no mercado de trabalho onde as “ovelhas” operam, e dar os primeiros passos para a sua emancipação das expectativas sobre si depositadas (evidência deixada pelo e-mail da mãe), foi uma boa ideia e serviu logo como porta de entrada para a sua psique.
Intersectando com o arc de Mob neste episódio (do qual falarei mais abaixo), achei interessante que para poderem inverter o status quo, tenham colocado Reigen e Shigeo numa situação em quase tudo semelhante à do primeiro episódio da primeira temporada. A resolução, contudo, é bem diferente e define a narrativa deste episódio, com implicação para os seguintes.
A evolução de Mob tem sido sentida e documentada, tanto por mim, como pelas personagens e sobretudo por Reigen. Mesmo notando as mudanças no seu jovem protegé, o seu egocentrismo acabou por vir ao de cima na pior altura, resultando na separação que vimos.
O que surpreendeu foi a realização de como Reigen claramente precisava tanto de Mob, como Mob precisava dele ao início. Mas, ao contrário de Shigeo que desde day one se tentou integrar e melhorar, Reigen manteve ou seu percurso, sempre com ênfase no seu ego.
Foi o “crescimento” de Mob que o fez confrontar-se, pela primeira vez, com a sua realidade e foi bem elucidativo e triste ver espelhado no mestre a sua real solidão e pânico de uma possível falta de identidade.
Mas o Reigen não deixa de surpreender e, “invocando” o que nos foi mostrado no início do episódio, ver a sua capacidade para se reinventar e empenhar-se a 110% num novo objectivo é extraordinário e eu gostava de ter a mesma capacidade.
Claro que isto também é uma forma de adiar um problema enraizado, que sem dúvida será trazido novamente ao de cima, mas não deixa de ser notável a sua resiliência. Embora ele tente empurrar com a barriga na vã esperança de que Mob volte a cair e a precisar dele… Disso não gosto Reigen-sensei!
Mob – O Nosso “Minino” está tão Crescido
Depois de ver Mob cimentar o seu percurso emocional, após intensas batalhas ideológicas (e não só), foi muito bom ver o nosso protagonista a dar mais um passo em frente no seu objetivo de encontrar um lugar no mundo ao lado dos que o rodeiam.
Adorei que tivessem começado o segmento de Mob com ele a superar o seu recorde pessoal de flexões, não só porque é bom vê-lo no grind de melhoramento pessoal, como para poder ser retratado, sem margem para dúvida, o reconhecimento por parte dos demais da sua notável melhoria. Sim, fala-se de uma melhoria física, mas se virmos como tudo começou, aquele recorde representa bem mais que um “tricep definido”.
Apesar da dor no coração, outro aspecto que adorei foi a forma como apresentaram o quão inconveniente Reigen pode ser e o quanto a sua falta de percepção para lá do seu umbigo, ou noções pré estabelecidas sobre Mob, afectam o nosso protagonista e a sua relação com o mundo.
Enquanto que por um lado Reigen acolheu Mob quando ele mal sabia para onde se virar, encaminhando-o, dando-lhe um propósito e assinaláveis valores (como pudemos ver na primeira temporada), por outro o seu egocentrismo sempre falou alto e começámos a ver que a sua não mudança estava a embater num Mob em crescimento, algo que ele falhou em perceber, culminando no “divórcio” a que assistimos.
Mob está no bom caminho! Ele vai sem dúvida voltar para Reigen, mas com uma dinâmica de relação diferente, uma que espero ser de maior igualdade e de apoio emocional mútuo, ou tão perto disso quanto Reigen conseguir.
Fanboy Zone:
- Reigen – Exotic Salt Bae
- Meduxo Mob, meduxo… Mas tinha que ser dito e feito. Muito bem Shigeo!
- Tutorial Photoshop Parte 2:
- Crayon stalker…
- Rising & Falling.
- Não te preocupes Mob-kun, eu também não tenho ritmo.
- Gaming like a Boss!
Notas Finais:
Foi um episódio onde o positivismo acabou por imperar, apesar da separação (damn it) a que assistimos.
Sim, Reigen está a adiar um problema bem enraizado, mas a sua “teimosia” é impressionante e esta queda acabará por ser boa, quando contrastada com o seu reerguer que sem dúvida será amparado por Mob.
Talvez seja já no episódio #7, dada a forma como o desta semana terminou. Em que rede foste tu cair, as tuas capacidades de snifar “bullshit” estão enferrujadas…
Quanto ao nosso Shigeo, está muito bem e recomenda-se. Este confronto com o seu mestre era inevitável, mas em última instância fará bem a ambos.
Quero voltar a vê-los juntos o mais rapidamente possível, embora racionalmente isto seja o melhor para o enredo.
Depois da “tempestade” do episódio #5, a “brisa” veio e resultou num episódio #6 com bons momentos emocionais, mas, na sua generalidade, mais tranquilo que o que tivemos em capítulos recentes.
Venha agora o episódio #7!
E tu, que achaste destes episódios? Os teus olhos também derreteram com o episódio #6?
Deixa nos comentários a tua opinião!
Mob Psycho 100 II – Opinião Semanal
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