Gosick | Análise

Iniciou-se como Light Novel mas, devido ao seu grande sucesso, evoluiu para a manga (em 2008) até que chegou à “caixa” que mudou o mundo, em 2011. Agora em 2012, o ptAnime traz-vos esta série que já conquistou muitos espectadores. Apresento-vos Gosick.

 

Gosick | A História

Localizada entre a França, Suíça e Itália, encontra-se a pequena e imaginária nação de Sauville. Mais exactamente na base dos alpes fica a Academia de St. Marguerite, uma prestigiada e conceituada escola. Na primavera de 1924, Kazuya Kujo é transferido para lá, pelo seu excelente desempenho escolar. É rapidamente elucidado das mais variadas e assustadoras histórias de terror pela sua professora Cecile.

Infelizmente, a sua chegada é associada a uma delas, conhecida como “O Shinigami Que Chega na Primavera“. Curioso com elas, Kazuya vai até à biblioteca onde lê diversas lendas sobre barcos fantasma, alquimistas que transformam órgãos em ouro e lobos cinzentos que falam as línguas dos humanos. Nessa mesma página, encontra um cabelo loiro e, vendo um brilho dourado no topo da escadaria, decide subir.

Aí conhece Victorique. Com a sua facilidade em resolver mesmo os casos mais difíceis, os dois embarcam num navio para resolver o mistério do “Queen Berry“. Nele, o ambiente arcano em que se vêem envoltos só vai fazer com que se aproximem e comecem a construir uma amizade.

Juntos vão deparar-se com enigmas, conhecer pessoas, criar amigos e desenvolver eles próprios uma relação muito especial.

 

 

Gosick | Ambiente e Enredo

A história de Gosick passa-se em 1924, o que quer dizer que vamos poder ver aquelas paisagens fantásticas de campos enormes e de cidades com detalhe formidável, típicas da altura. A locomotiva ainda existe, os carros são em grande parte os Ford T ou mesmo a carruagem puxada a cavalo. Além disso, os costumes são muito bem retratados. Os homens andavam de fato e chapéu, com o seu respeitável bigode. As mulheres com as suas roupas bem detalhadas. A classe e o cavalheirismo ainda existiam.

A música que acompanha a acção é magnífica (assim como praticamente todas as músicas que acompanham a animação nipónica). As OST (Original Soundtrack) são dos compositores de bandas sonoras como “s-CRY-ed”, “Planetes”, “Gun Sword” e “Code Geass: Lelouch of the Rebellion“.

Os protagonistas vão nos proporcionar bons momentos, já que a cumplicidade entre os dois vai aumentando. Mistérios e perigos vão-se meter na sua relação (que não começa da melhor maneira) mas são esses mesmos perigos que também os vão unir.

A maldade também entra no enredo através de personagens como Albert de Blois que vai sempre querer usar Victorique como um instrumento.

 

 

Gosick | As Personagens

Esta animação não tem um grande número de personagens. Na verdade, de verdadeiro realce tem cerca de nove. Começando pelo protagonista Kazuya Kujo, ele pode ser caracterizado pelos bons valores e bondade. É um verdadeiro amigo, que nunca deixa outro para traz!

Victorique tem aparência de uma boneca e um cabelo estonteante. É uma pessoa inteligente, um pouco excêntrica, definitivamente sem papas na língua e é capaz de resolver os enigmas mais difíceis graças à sua fonte de conhecimento.

Depois temos também o Inspector Grevil. Retira todos os louros da resolução de crimes a Victorique, sendo ele o reconhecido pelas brilhantes conclusões. Outra característica que deve ser salientada é o seu penteado que bem, é… singular.

O anime conta também com outros personagens como Avril Bradley, uma estudante da Grã-Bretanha que rapidamente se aproxima de Kujo, Albert de Blois que é o líder do “Ministério do Oculto” e Cordelia Gallo.

 

 

Gosick | Juízo Final

Num jeito de conclusão, só vos quero dizer que este anime, apesar de não ter a fama dos nomes que nem vale a pena referir, é bastante bom. É ligeiramente confuso e deve ser visto com atenção, senão correm o risco de algum tempo depois se interrogarem “como é que isto aconteceu?!”. Nas partes em que a Victorique resolve os crimes, talvez precisem de voltar atrás e ver outra vez. É quase impossível não ficar embasbacado como pode chegar a conclusões brilhantes com poucas pistas e claro, porque o faz sempre de maneira muito dramática.

Gosick tem várias vertentes como as relações humanas, o mistério e o horror, os costumes da época de 1920 e ainda a guerra. A história começa bem e acaba ainda melhor. Um final que até a mim me arrepiou e me deixou com vontade de ver mais. Apesar de ter algum desejo de uma segunda temporada, tenho sempre o medo que arruínem o trabalho já feito. Na minha opinião, uma segunda temporada é perfeitamente viável mas, se Gosick terminar assim, termina bem.

Dou então por acabada esta análise. Digam se concordam ou discordam de algo e não se esqueçam de deixar a vossa opinião.

Deixo-vos aqui um trailer em japonês (não encontrei melhor). Mas melhor que ver este trailer é mesmo ver o primeiro episódio para tirarem as vossas próprias conclusões.