Título: Kiseijuu: Sei no Kakuritsu
Adaptação: Manga
Produtora: Madhouse
Géneros: Seinen, Horror, Sci-Fi
Kiseijuu Sei no Kakuritsu | Opening
“Let me Hear” – FEAR
https://www.youtube.com/watch?v=gPPfG-VAscQ
Kiseijuu Sei no Kakuritsu | Enredo
Izumi Shinichi, um jovem de 17 anos vive com os pais numa vizinhança localizada em Tóquio. Certa noite enquanto este dormia, um animal semelhante a uma minhoca invadiu o quarto dele, introduzindo-se na sua mão direita, tal como um parasita no seu conceito mais básico. Shinichi agiu incrivelmente rápido, usando o cabo dos auriculares para criar um nó apertado no braço, impedindo que o parasita viajasse pelo resto do corpo. Desta forma, a estranha minhoca ficou confinada ao espaço da mão direita, o que por sua vez impediu que o parasita se alimentasse do cérebro dele.
Assim sendo, Shinichi e o parasita começaram a partilhar o mesmo corpo, mas com duas partes intelectuais completamente independentes. Rapidamente descobrem que ele não é o único parasita a tomar posse de seres vivos terrestres, o que leva à eventual e obrigatória cooperação dos dois, de forma a sobreviverem.
A premissa mantêm-se intacta, o que por si só mostra um bom nível de adaptação e consequentemente um grande nível narrativo. Apesar dos acontecimentos estarem a ser um pouco trocados no que diz respeito à ordem em que tomam lugar, o enredo fluiu bastante bem dando-nos sempre as explicações necessárias para entendermos tudo que se passava no ecrã. A obra foi lançada já à alguns anos, e temporalmente falando, encontra-se num momento onde a a tecnologia estava um pouco desatualizada. A Madhouse decidiu colocar a história nos tempos modernos, inserindo, por exemplo: os smartphones. Isto poderia ter sido um entrave, no entanto, revelou-se um bom pormenor executado sem falhas.
O único ponto negativo que para já encontro neste aspeto, é a forma como introduziram os momentos iniciais e explicação mais aprofundada dos parasitas, que na manga nos é dada com muita mais clareza e pormenor, e no anime acabou por passar completamente ao lado. Porém, com certeza que tudo isto ganhará relevo com um desenrolar da ação.
Kiseijuu Sei no Kakuritsu | Ambiente
A manga ficou tanto tempo sem ser transformada em animação, que acabou por ser tonar um clássico e obra de culto no mundo do género Seinen. Sendo algo obscuro e com conteúdo ambiental mais pesado, ser a Madhouse a alojar e produzir esta adaptação, é por si só uma ótima notícia.
A animação flui muito bem em qualquer momento, no entanto, vejo-me obrigado a comentar e destacar a forma brilhante como foram adaptadas as transformações dos parasitas. Isto ajudou não só a manter a grande essência da obra, mas também deu uma maior credibilidade ao universo ficcional.
A escolha de banda sonora deixa-nos a torcer o nariz, pelo que Dubstep e Seinen não são elementos que funcionem bem juntos. Visto que um não ajuda o outro (bem pelo contrário), mostrou-se ser um aspeto técnico desfavorável na medida em que nos distrai da ação, impedindo o publico de se envolver por completo com a obra. Em contrapartida, o design do som, mais especificamente os sons criados para os parasitas, está bastante complexo e estranhamente bem pensado.
Kiseijuu Sei no Kakuritsu | Potencial
Tendo em conta este primeiro episódio, a premissa revelou-se bastante promissora, e consequentemente uma boa adaptação.
Tecnicamente não tenho nada de grave a apontar, excepto aquele problema do dubstep que poderá eventualmente ser ultrapassado. Mesmo assim, as restantes faixas que compõe a banda sonora são bastante boas e encaixam no tema.
Destaco também o bom trabalho da Madhouse a equilibrar a arte com o desenho nos momentos das personagens atingirem expressões mais exageradas.
Por fim e concluindo, é uma obra que recomendo não só ao fãs de Seinen, mas também aos apreciadores de obras mais obscuras com temáticas originais. Contudo, se ficção cientifica não for muito a vossa praia, aconselho a que se desviem um pouco desta obra, ou seja, não coloquem a prioridade nela, afinal não é o vosso objetivo.
Análises
Kiseijuu Sei no Kakuritsu
É uma obra que recomendo não só ao fãs de Seinen, mas também aos apreciadores de obras mais obscuras com temáticas originais.
Os Pros
- Produção Visual
- Personagens
- Enredo
- Conceito original e cativante da premissa.
Os Contras
- A banda sonora poderá não ser o mais adequado.