E chegou a altura de falar do episódio oito. Não acredito que já estamos na reta final de Kuzu no Honkai – dá até uma angústia.
Leitura Prévia: Kuzu no Honkai – Reflexão Episódios 6 e 7
Os episódios seis e sete foram relativamente mais calmos e eu esperava que agora o circo voltasse a pegar fogo. Contudo, o anime ainda não voltou a ser um poço de depressão e para ser sincera, este foi um dos melhores episódios do anime.
Primeiramente, gostei do facto de terem tentando fazer a Ecchan questionar a sua sexualidade. Não foi dada muita ênfase à questão, mas é uma situação rara de ver em animes. Que fique claro que eu não gosto da ruiva e que não quero saber se ela acaba bem ou não nesta história. Porém conseguiram dar-lhe uma utilidade na história que eu não esperava.
Como comentei na análise dos episódios anteriores, achei que a decisão de o Mugi e a Hana se confessarem aos professores foi sensata. Fez sentido e era o melhor a fazer tendo em conta o cenário.
Isto porque penso que ficou claro que o Mugi e a Hana já não se vêem da mesma maneira. No começo do anime, eles estavam juntos para se consolar. Mas agora eles olham um para o outro e não vêem as pessoas que amam, vêem-se um ao outro claramente. Não sei se podemos dizer que se estejam a começar a apaixonar, é difícil tirar conclusões antecipadas em Kuzu.
Quando a Hana se confessou para o seu amado, quase chorei. Acho que tento não me apegar a ela por saber a escória que tem dentro de si, mas senti o peso e a coragem dela. Mesmo tendo sido rejeitada, ela sentiu que fez o dever dela e que agora poderia ficar com o Mugi.
O problema é que enquanto a Hana foi rejeitada, o Mugi acabou na cama com a Akane. Fiquei extremamente chateada com isso. Primeiro porque já estava a shippar e a torcer que os dois fossem rejeitados e ficassem juntos – como se esta treta fosse ter um final feliz, enfim. Segundo porque o psicológico do Mugi é muito deturpado.
Ele ama a Akane porque é algo que ele não pode ter – ou achava que não podia. Fiquei completamente embasbacada quando ele lhe disse que sabia que ela era uma vadia, mas que queria ser o primeiro amor a sério dela. Sendo que momentos antes disse que não voltaria a deixar a Hana sozinha.
Apesar de não ter sido um episódio frenético, foi um episódio onde o desenvolvimento dos personagens ficou claro. Fiquei com o coração nas mãos pela Hana.
Kuzu levanta muitas questões éticas e muitas delas são situações reais. As personagens são muito humanas e é difícil ver o anime sem se apegar a estas.
[ Pontuação Final: 9/10 ]