No início da época de 2000, Onimusha foi uma saga de grande sucesso que vendeu milhões de cópias entre os diversos títulos e que os fãs destes clássicos mais anseiam que volte. No seu 18º aniversário após o lançamento original, a Capcom trouxe-nos Onimusha: Warlords de volta de forma remasterizada numa tentativa de procurar novamente o interesse na saga.
Onimusha: Warlords – Análise ao Jogo
Seguir um rumo diferente na história
O jogo abre com uma boa sequência cinemática em CGI que nos situa no ano de 1560 durante a Batalha de Okehazama, entre as forças de Oda Nobunaga e Imagawa Yoshimoto. No entanto ao contrário do que ocorreu na realidade, Nobunaga perde a batalha e morre tragicamente com uma flecha certeira.
Um ano após este trágico acontecimento, somos apresentados aos nossos protagonistas Samanosuke Akechi, um talentoso samurai, e Kaede, a companheira kunoichi. Samanosuke recebe uma carta urgente da sua prima Princesa Yuki do clã Saitō pedindo ajuda devido a acontecimentos estranhos no seu castelo, o desaparecimento dos servos e criadas sob suspeita que os culpados sejam monstros.
É com isto que somos levados até à área principal do jogo, o castelo de Inabayama (atualmente conhecido por Gifu) que está a ser atacado pelo Nobunaga Oda que havia falecido no ano anterior.
Ao chegar ao castelo os protagonistas assistem à Princesa Yuki sendo raptada por dois demónios, e é com esta premissa de salvar a Princesa que o jogo continua o seu desenvolvimento.
Um jogo de ação na clássica fórmula da Capcom
Para melhor ou pior, este remaster não fez muito para mudar o original, para além da adição de um modo de dificuldade fácil, melhor resolução e framerate. O jogo mantém-se largamente igual, o que pelo lado positivo é uma forma de experienciar um título clássico de consola de maneira muito semelhante à que foi vivida na altura.
Este hack-and-slash faz-nos sentir como se estivéssemos em 2001 com uma jogabilidade um pouco ultrapassada para os tempos modernos. À semelhança de Resident Evil com corredores claustrofóbicos e ângulos de câmara bloqueados, serão dos poucos pontos negativos que impactam a jogabilidade.
Meros minutos após o começo, Samanosuke encontra a Oni Gauntlet, uma luva que lhe permite colecionar as almas dos demónios que derrota. Esta luva e as almas que coleta são o que nos permite melhorar as armas e criar itens, no entanto, o foco deve ser em melhorar as armas.
Navegar o castelo de Inabayama é uma experiência divertida e a exploração é sempre recompensada, entre derrotar demónios e resolver puzzles existem diversos itens escondidos, como livros que nos preenchem as peças em falta da história à medida que avançamos. Um ótimo bónus de colecionar estes livros é também a possibilidade de abrir tesouros bloqueados com palavras-chave neles escondidas.
Combate que melhorou um género
Em comparação aos inúmeros jogos de ação atualmente, Onimusha tem um combate simplista com uma combinação de ataques rápidos, bloqueios e parrys, tudo tendo em conta o que inimigo está a promover uma jogabilidade reativa.
Existem também várias espadas, cada uma com movimentos diferentes entre os mais rápidos aos mais lentos e com ataques especiais, uma evolução da jogabilidade que reconhecemos em alguns jogos como, por exemplo, Devil May Cry.
No entanto, o combate tem uma mecânica escondida chamada Issen. Uma técnica que ativa em duas condições: atacar antes do inimigo e defender um ataque.
Ambas precisam de um timing extremamente preciso para ativar, mas se o conseguimos fazer com sucesso, os inimigos mais fracos morres com apenas um ataque e os mais fortes com dois, com o bónus adicional de mais almas serem absorvidas em comparação a uma derrota normal. Esta mecânica é extremamente satisfatória de aprender e dominar.
Veredito
Onimusha: Warlords por si só é uma ótima experiência, mas este remaster é um lançamento bastante despido. Fizeram um pequeno toque gráfico ao original da PlayStation 2 ao invés de pegar na versão Genma da Xbox, que já na sua altura foi essencialmente uma versão melhorada do mesmo jogo com novos elementos.
Apesar disso, o baixo preço do jogo é mais do que merecido (especialmente em promoção), embora seja um jogo curto por volta de 5 a 6 horas, incentiva jogar várias vezes com o novo modo de dificuldade após chegar ao final pela primeira vez, e combate deixa sempre a desejar por mais, é simplesmente divertido de jogar.
Para quem quiser experienciar um bom jogo de ação ou um pouco de história de videojogos recomendo vivamente, Onimusha foi um jogo que criou as bases para muitos dos bons jogos de ação que temos atualmente.
Análises
Onimusha: Warlords
Uma curta aventura clássica que continua imensamente divertida
Os Pros
- Ótimo pacing
- Combate satisfatório
- Novos controles
- Bom estilo visual
Os Contras
- Ângulos de câmara bloqueados
- Cutscenes que não podem ser passadas à frente
- Pode ser um pouco curto para alguns
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