Publicada pela primeira vez em 1975, a obra Shogun depressa se tornou um êxito por todo o planeta, chegando a ser adaptada para uma série de TV em 1980.
Shogun | Ficha Técnica
Título: Shōgun
Autor: James Clavell
Edição analisada: Nova Iorque: Dell, 2009
Idioma: Inglês
Número de páginas: 1152
Shogun | Sinopse
John Blackthorne, um navegador inglês, chega ao Japão quando o seu navio é arrastado por uma tempestade. Estamos em 1600, altura de grande conturbação política, sem um líder absoluto que una todo o território. O Cristianismo está bem presente na população nipónica e os Jesuítas controlam o comércio internacional via Nau do Trato, um “mal” visto como necessário pelos grandes senhores feudais. Blackthorne vê-se assim embrenhado numa teia política e religiosa, usando o seu conhecimento e astúcia não só para preservar a vida, como também para se tornar fundamental para os planos de um grande daimyō, Yoshi Toranaga. Toda Mariko, uma japonesa convertida ao Catolicismo com uma grande aptidão para línguas, serve como intérprete e professora de Blackthorne, os dois estabelecendo uma relação de grande proximidade.
Shogun | Opinião Pessoal
Nesta história, Clavell baseia-se em pessoas e situações que de facto existiram, a partir das quais tece uma narrativa ficcional que muito bem poderia ter sido a realidade. A personagem principal, “Blackthorne”, é baseada no navegador William Adams, o primeiro inglês a chegar ao Japão e tornar-se um dos poucos samurai estrangeiros. “Toranaga” é claramente uma representação de Tokugawa Ieyasu, e “Mariko” de Hosokawa Gracia. Também o jesuíta português João Rodrigues “Tçuzzu” (conhecido como “O Intérprete”) está presente nesta obra como o padre “Martin Alvito ‘Tsukku’”. Ao mesmo tempo que nos dá uma versão ficcional da realidade histórica, Clavell dá a conhecer vários aspetos da cultura japonesa e o leitor faz, pela perspetiva de “Blackthorne”, a descoberta da japaneseness, a essência do ser japonês.
Estas características fazem deste livro uma leitura emocionante e surpreendentemente fácil, apesar da grande extensão do livro. A escrita de Clavell consegue transportar o leitor para o Japão feudal e torná-lo numa parte ativa da narrativa. Para os amantes de História (e não só), é sem dúvida uma obra que não deve ficar por ler!
Análises
Shogun de James Clavell
Um "must" para amantes da história japonesa. Excelente integração de ficção em acontecimentos históricos reais, com um estilo de escrita cativante. Apenas peca por não ser mais longo e não desenvolver muito algumas personagens secundárias interessantes.
Os Pros
- Enredo
- Escrita
- Personagens
Os Contras
- Nada a assinalar