Sirius no Densetsu foi uma autêntica descoberta. Desta vez consegui ir mesmo ao “fundo do baú”, por assim dizer.
Após remexer bastante em artigos sobre filmes de anime pouco conhecidos – algo que faço com alguma frequência – fui automaticamente atraída para as imagens deste anime.
Assim que vi as personagens principais de “Legend of Sirius“, a minha primeira questão foi: “Isto é mesmo japonês, ou enganaram-se?”.
Porquê? Leiam este artigo para descobrir!
Sirius no Densetsu – Análise
Legend of Sirius – A origem
Hello Kitty e My Melody. Sim, leram bem os nomes. Mas, o que têm estas figurinhas a ver com “Legend of Sirius”, também conhecido como “The Sea Prince and the Fire Child”? A Sanrio Company, Lda.! Exatamente. A mesma empresa que deu vida a estas duas figuras, mundialmente conhecidas e adoradas pelo público em geral, criou este filme de animação, em 1981, através da sua marca Sanrio Films.
O primeiro filme da Sanrio Films saiu em 1977 e, desde então, a marca tem tido continuidade neste ramo (incluindo filmes sem ser de animação), apesar da pouca frequência de lançamentos. Alguns nomes mais conhecidos seriam “Ringing Bell”, “Kero Kero Keroppi” e, obviamente, filmes da Hello Kitty e My Melody.
“Legend of Sirius” foi baseada na história do entrepeneur Shintaro Tsuji, descrita por alguns críticos como uma releitura solta de Romeu e Julieta.
Legend of Sirius – O enredo
Neste filme temos então um mundo governado pelo Deus da Água e a Deusa do Fogo. Este mundo, que outrora foi um só, encontra-se, então, dividido graças à inveja do Deus dos Ventos.
É neste mundo que duas crianças, uma da água e outra do fogo, crescem e se conhecem. Como qualquer jovem, a atração para aquilo que é diferente e perigoso é quase inevitável e é então que Sirius e Malta se apaixonam, contrariando tudo aquilo que lhes havia sido ensinado nos respetivos mundos. Mas, como seria de esperar, este amor proibido acarreta uma série de questões e problemas, ao longo desta história e as provações que os dois jovens passam não são fáceis…
Em relação à animação, remeteu-me para a cena dos Centauros do filme “Fantasia” da Disney. Bastante similar, mas com mais falhas, menos perfeita. Havia bastantes partes em que a animação chegava mesmo a ser bastante mal acabada e fraca.
A banda sonora é típica destes filmes antigos: bastante pesada nas partes mais tenebrosas e muito leve nas cenas românticas. Fez-me mesmo recuar para filmes como “A Polegarzinha” ou “A Bela Adormecida”.
Sirius no Densetsu – Sirius e Malta
Apesar do título ser focado no jovem Sirius, a pequena Malta é também uma personagem principal neste filme. Talvez o livro foque mais no personagem Sirius e daí o título, mas não saberia dizer pois não o li.
Estes jovens conhecem-se e, sendo de mundos tão distintos, a curiosidade acaba por se tornar num amor desmedido.
Neste filme, vemos uma forma de amor bastante típica de contos de fadas e filmes antigos de princesas Disney.
Porém, assim como em Romeu e Julieta, um amor tão imenso traz sempre consequências, tanto aos enamorados como aos que os rodeiam. Como será que termina este romance?
Sirius no Densetsu – Análise
Juízo Final
Confesso que, quando vi o trailer, fiquei com boas expectativas. Talvez por isso tenha ficado desiludida com o filme. A história é bonita, mas a meu ver deixaram tudo demasiado simples e pouco trabalhado. Sirius no Densetsu tem cerca de 1h e 50 minutos, o que, na minha opinião, dava para explorar bastante mais do que aquilo que foi apresentado. Há tanto tempo morto ou preenchido com cenas banais, que nem se chega a criar empatia com os personagens.
Para mim, os pontos positivos deste filme foram a história e o final. A história porque, apesar de ser banal, é intensa e o final é forte, permitindo um misto de emoções nos últimos instantes.
Além disso, há uma questão que ficou no ar. Acho que há umas partes onde dão a entender que haja uns tabus, daqueles que os japoneses tendem a adorar (não vou fazer spoiler), mas não tenho a certeza se é mesmo isso, devido ao conceito de Deuses no filme.
Posto isto, deixo ao vosso critério verem ou não este filme. Mas, de uma coisa estou certa, o livro deve ser fantástico. Vou experimentar!